Capítulo 52

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Olá, meus amores! Tudo bem? Espero que sim.❤️ Vamos desenrolar mais um capítulo?🤭

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Joana*****

Quando não queremos ou não conseguimos romper laços, algumas situações se arrastam e com o tempo se tornam difíceis. Por mais complicado e doloroso que seja, é necessário romper os laços, soltar a corda, desatar o nó. Porque, quanto mais lutamos contra isso, mais tempo levamos para entender o quanto é necessário seguir em frente. Aliviar as dores, entender o momento de chorar, lavar a alma e seguir. Rever a vida, os conceitos...abrir mão. É, algumas vezes temos que abrir mão sim. Entender que deixar ir não é perder, mas é olhar adiante, pensar no novo, nas possibilidades. Se permitir. Encontrar um novo caminho. Reconstruir-se. Quantas vezes forem necessárias.

Douglas foi minha primeira grande paixão. Eu tive um namorado antes dele, e alguns ficantes. Me apaixonei, mas não foi tão intenso quanto o que eu senti por ele. Acredito que na realidade o que eu senti por Douglas foi uma daquelas paixões platônicas e passageiras, daquelas que a gente sente enquanto não tem, mas quando acontece, algo estraga, desanda e o encanto acaba. Não sei muito bem explicar o que aconteceu, só sei que eu o queria muito, era doida por ele. Começamos a namorar e quando aconteceu foi bom, depois foi ficando turbulento, depois monótono, até que acabou. E antes que ficasse pior, foi melhor terminar. E sim, nossa relação entrou num processo de toxidade muito ruim. Ciúmes infundados da parte dele, muita desconfiança, brigas desnecessárias e no fim a descoberta de uma traição. E a grande paixão deixou de fazer sentido para mim naquele exato momento.

Foi doloroso, porém entendi que a vida é assim, nem todo mundo vai agir com você com a mesma lealdade. Não vou dizer que está tudo bem, porque não, não está tudo bem. Traição dói, machuca, então não dá para normalizar. Não é uma questão de ser radical, até porque eu o perdoei, só que isso não significa continuar na relação.

Pessoas entram e saem das nossas vidas o tempo todo. Algumas deixam marcas boas e outras ruins. Entendi também que nós seres humanos não somos totalmente bons, também não significa que somos ruins por isso. Todos temos dentro de nós um lado ruim e que precisamos lutar diariamente para não deixar aflorar esse lado negro que temos dentro de nós.

Fiquei de visitar a Jacke, mas acabei me atrasando com alguns contratempos e tive que adiar minha visita. Minha amiga andava preocupada comigo, e não tirava sua razão, esse término me deixou um pouco mal, apesar de saber que foi necessário, no fundo a gente nunca quer que acabe assim, não desta forma. Nos questionamos, no início é difícil entender. Algo que foi tão intenso acabou de uma forma inesperada e turbulenta. Como diz Vinicius de Moraes "que seja eterno enquanto dure", e durou pouco nosso amor.

— Amiga, sinto muito, mas não conseguirei ir na sua casa hoje. Eu queria muito ver minha pequena, no entanto terei que deixar para amanhã. — Senti que ela ficou triste, mas infelizmente eu tive que resolver algumas coisas para minha mãe e não foi mesmo possível.

— Poxa, que pena! Mas está tudo bem? Aconteceu algo? — perguntou preocupada

— Não é nada com que precise se preocupar, pode ficar tranquila.

— Tem certeza, amiga? Sabe que pode confiar em mim, não é?

— Sim, eu sei. Realmente não deu, eu tive que resolver algumas coisas para minha mãe, não se preocupe.

— Ok. Então te aguardo amanhã. Se cuida! — Quando desliguei o telefone eu fiquei pensando no quanto eu era sortuda por ter amizades como a da Jacke.


****Jaqueline*****


— O que foi amor?

Barreiras de um coração (Spin-off de Uma nova Chance ao amor)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora