préface

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    Todas as crianças sabiam sobre sua condição, e por isso o chamavam de Aderyn, porque a palavra remetia a pássaro

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    Todas as crianças sabiam sobre sua condição, e por isso o chamavam de Aderyn, porque a palavra remetia a pássaro.

    Aderyn y corph do folclore galês que mencionava sobre um pássaro que levava a morte para onde ia.

    As outras crianças amavam dar esses apelidos toscos a ele, e às vezes até partiam para agressão física por julgar que sua condição paranormal era advinda de uma atividade demoníaca ou que ele fazia parte de uma seita bruxa, o que ele sempre negava.

    O pequeno Aderyn de 8 anos aceitou esse nome. Era bonito assim como seus olhos verdes, dizia a sua mãe, e seu amigo de escola, Dom Cardinale, dizia que não importava muito o significado daquele nome porque é a pessoa que traz o significado para seu próprio nome.

    Mas a mudança de apelido aconteceu mesmo assim. Mesmo que Aderyn fosse um belo nome.

    Aconteceu no seu aniversário de 9 anos, quando ele voltava para a casa. Na verdade, não era bem uma casa, e sim um ninho onde ele vivia com a sua mãe que era um pardal, assim como ele. O pequeno Aderyn havia passado o dia comemorando com Dom Cardinale aquele momento especial em sua vida atirando flechas em um alvo improvisado que foi pregado em uma árvore.

    Eles competiram para ver quem tinha a melhor pontaria e Aderyn saiu como vencedor. De fato, ele tinha olhos de águia e Dom foi inocente ao tentar competir contra o amigo.

    -Teve uma rodada que errei de propósito pra te ajudar,-riu Aderyn, colocando o arco nas costas.

    Dom balançou a mão e revirou os olhos.

    -Como você é humilde.

    Os dois voltaram para a casa-ninho de Aderyn rindo e contando histórias e folclores que haviam ouvido durante a semana na escola. O céu já estava semi-escuro quando finalmente chegaram a residência de Aderyn.

    -Você devia ter ouvido aquele...-Dom começou a comentar assim que chegaram até a árvore onde havia o ninho de Aderyn.-Ei, ouviu isso?

    Os dois pararam e ficaram em silêncio. Aderyn apurou seus sentidos mais do que humanos e captou gritos estridentes que vinham do topo da árvore.

    -Mãe?-ele sussurrou e em questão de segundos se transformou em um pardal preto.

    Aderyn disparou como uma bala até seu ninho e quase tombou quando encontrou sua mãe, um lindo pardal marrom, com uma flecha atravessada em seu peito e...morta.

    Ele berrou, mas seus berros eram de um pássaro e não mais de um garoto. Ele sobrevoou o ninho cinco, seis, quinhentas vezes até entender o que havia acontecido. A ideia de que ele havia acertado sua mãe com uma flecha não fazia sentido, já que ele e Dom estavam a quilômetros de distância do ninho.

    Sua mente girava em torno do autor daquele crime, e não demorou muito para que ele aparecesse.

    Há alguns metros, numa árvore vizinha, crianças estavam sentadas em galhos com arcos nas mãos enquanto riam da cena. Aderyn reconheceu todas como colegas de escola e a raiva que seu coração puro nunca foi capaz de sentir se acendeu só que em chamas incontroláveis.

    -Aderyn...agora esse nome fez todo o sentido,-uma das crianças debochou.

    Aderyn voltou ao chão e ignorou as perguntas de Dom que estava curioso para entender a situação. Sem aviso prévio, Aderyn deu um soco na árvore onde mora e arrancou das mãos do amigo as flechas e seguiu para onde as crianças estavam.

    Cada flecha derrubava uma criança dos galhos. Os berros se tornaram como um som de fundo para aquela cena horrenda de um massacre. Aderyn assistiu cada um de seus colegas gritar até que se calarem para sempre e sentiu a mudança acontecendo em si.

    A transição entre Aderyn, o indefeso, para algo a mais.

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