- Entendi - falou pensativo

- Vou almoçar - avisei - Quando chegar do almoço só pegar com a dona Carla as coisas que precisa fazer

- Tá bom - falou e saímos da minha sala

- Lara Narrando -

A minha recuperação estava muito boa, palavras dos meus médicos, eu ainda esquecia algumas palavras e trocava outras mas no geral a única questão é a parte motora que ainda estou reaprendendo a maioria dos movimentos.

- Tá bonita - escutei a voz do Guilherme e olhei para ele que descia as escadas

- A Tata me levou no salão - contei - Ela me maquiou pra ficarmos em casa e a Ana pintou a minha unha

- Um dia de meninas - falou e eu assenti - Cadê ela?

- Na cozinha - falei olhando pra ele - Você vai dormir aqui? - perguntei e ele negou

- Só vim almoçar e aproveitei pra jogar uma água no corpo - explicou - Mas já vou voltar para o escritório

- Me leva? - pedi e ele arqueou a sobrancelha

- Por que? - perguntou confuso mas acabou rindo - E eu ainda pergunto

- Vai levar? - perguntei e ele suspirou

- Tem certeza? - perguntou e eu assenti - Se ele tiver ocupado não vai conseguir te dar atenção

- Eu venho embora - falei simples

- Não vai ficar chateada? - perguntou e neguei com a cabeça - Eu vou avisar a minha madrinha

- Tá bom - falei e ele saiu da sala, me apoiei no braço do sofá e consegui me levantar, respirei fundo e ouvi a voz da minha irmã

- Se ela precisar vir embora ou quiser vir me liga que eu vou buscá-la - Tata falou séria - Não é pra largar a garota sozinha lá

- Ela vai se agarrar no namoradinho - Gui riu - Nem vai se lembrar de mim

- Vou sim - falei e peguei a minha bolsa - Ainda mais se alguma menina se jogar em você

- Mais fácil se jogar no seu namorado - mal terminou de falar e eu arregalei os olhos - As meninas que tem a minha idade me olham como concorrente e as mais não me interessa

- Se jogar no meu rado? - perguntei irritada - Vamos logo

- Sem briga - Tata falou mas acabou rindo

- Vamos - segurei a mão do Gui e puxei ele

- Calma - falou rindo

- Sem briga - Tata reforçou rindo e saímos

- Muita mulher olha pra ele lá? - perguntei curiosa

- Sim - confirmou e abriu a porta do carro

- Bonitas? - perguntei baixo e ele me ajudou a entrar no carro

- Muito - falou e eu bati irritada no braço dele - Aí! O que foi?

- Que ódio - falei e ele riu

- Tem que bater nele e não em mim - falou óbvio

- Tanto faz - resmunguei e ele negou com a cabeça

- Maluca - cantarolou e fechou a porta

Não demoramos muito para chegar ao escritório, ele não era longe da minha casa e o trânsito ajudou. Ele deixou o carro no estacionamento e nós subimos no elevador.

- Vem - segurou a minha mão e saímos do elevador, ele cumprimentou algumas pessoas pelo caminho e ao me dar conta estava parada em frente uma mesa que tinha uma senhora sentada - Oi, dona Carla

Apricity Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon