A Equação Anti-vida de um Luthor - Parte I

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Valeu a pena a espera?

Boa leitura!

— trouxe a gente pra cá, você lembrou. — Lillian estava surpresa quando sentiu em seus pés descalços a grama alta.

O lago estava à sua frente e percebeu que pela primeira vez o jardim que Kara um dia cuidou já não estava mais com rosas brilhantes e a grama aparada, Kara também notou isso e as árvores estavam com as folhas caídas.

Mas uma vez temeu sobre o tempo em que permaneceu longe e o quão impactante isso foi na vida da mulher que estava ao seu lado.

— é o meu lar, mamãe. — Kara olhou pra mansão e respirou fundo.

Ela também parecia estar um pouco menos cuidada do que antes.

Lillian era rigorosa demais com a aparência das coisas. Desde a ausência de um chinelo no banho ou um corte de cabelo desajustado. Kara encarou a sua mãe analisando profundamente a forma que ela se portava diante de si.

— Você fala... — Lillian encarou sua criança e isso deixou Kara bastante confusa.

— Eu não falava? — Ainda existia coisas que ela não conseguia se lembrar.

Lillian percebeu isso e Kara prometeu para si que se permitiria pensar em todas as situações corriqueiras, mas sentia que estava faltando alguém ali.

Lillian sorriu com a ingenuidade que a menina possuía, ela estava se referindo a palavra mãe, que saia da boca de Kara com uma facilidade nunca vista antes e era uma enorme surpresa bastante gostosa para Lillian ouvir.

— Vem, vamos procurar uma roupa pra você. — e guiou a menina para dentro da casa esforçando a sua mente para saber se tinha alguém ali ou não. — Espero que a senhora Adelaide não esteja aqui.

Kara franziu o cenho confusa.

— Eu não entendi. — respondeu, ainda seguindo Lillian.

— Vovó Bondade, querida. — usou o apelido carinhoso que seus filhos deram.

— Eu sinto saudades dela. — um suspiro.

— Você consegue se lembrar dela?

— Um pouco, mamãe. — Entraram no quarto de Kara e pela primeira vez Lillian esqueceu das noites em que entrou ali com uma garrafa de uísque de seu marido falecido e chorou até que não houvesse mais lágrimas em seu rosto ou fôlego em seu pulmão, mas Kara percebeu a cama amarrotada, o cheiro de sua mãe ali e o odor de álcool que exalava em cada canto da sua cama. Kara sabia que deveriam tocar naquele assunto o quanto antes, porque sabia que se fosse esperar por brechas, Lillian jamais permitiria. — Eu não bebo, bebidas alcoólicas não surtem efeito em mim...

Lillian paralisou enquanto procurava uma roupa confortável para a filha, sentiu as mãos tremer, mas ignorou o coração disparado dentro do peito.

Mas Kara não.

— Quanto tempo eu estive... — Pensou, não tinha uma maneira mais leve de dizer aquilo. — Mãe, quanto tempo eu estive morta?

— Você não estava morta! — Lillian levantou a voz em um tom, Kara percebeu que aquela foi a primeira vez que a mulher se alterou, não foi como se ela tivesse gritado, mas uma oitava a mais em uma voz tão educada fazia a diferença. — Desculpe, querida.

Estendeu um par de moletom e um conjunto de roupa íntima que ainda restavam por ali da mesma e apontou para o banheiro, Kara olhou o seu corpo. Estava sujo e molhada, não tanto quanto aqueles idiotas haviam a deixado, mas ela precisava se livrar daquele cheiro esquisito que encontrava em seu corpo.

The Luthor's - Supercorp Where stories live. Discover now