intensidade

16 1 0
                                    


me abrace e vai sentir o frio;

deite ao meu lado, sem remorso,

seja meu mar, meu rio,

seja meu erro, meu acerto.


se jogue de uma montanha;

voe, sem medo,

se jogue de uma montanha,

e caia, sem se machucar.


sinta-me como um inverno;

me faça sentir o seu calor,

me dê um sentimento interno,

de sangue em pulsação.


deixe-me mostrar coisas lindas;

segure a minha mão forte,

se aventure em jornadas minhas,

sem se machucar, sem corte.


guarde meus segredos;

me conte histórias assustadoras,

solte seus cabelos,

diga-me o seu último perdão.


sorria com malícia;

olhe com um olhar assassino,

sussurre palavras sem carícia,

prenda-me em seu abraço.


nunca irei saber seus segredos;

nunca irei saber suas intenções,

me toque com seus dedos,

me mostre seus medos.


seja meu furacão;

seja minha tempestade,

seja o meu Sol depois,

seja a mentira, a verdade.


me corrija em meus erros;

me acerte em palavras,

me mostre a luz,

seja Lua em noites claras.


no fim, me diz palavras de ternura;

vá embora levando meu cheiro,

deixe-me sentir seu abraço,

leve o gosto de meus lábios.


corra na chuva;

olhe para trás e verá eu,

aos prantos, com cabelo molhado,

e sentando na calçada.

olhando seus últimos passos.

Todos os meus poemas.Where stories live. Discover now