Capitulo 27 - Dor

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Hector, como sempre fizera, apenas ignorou e pediu ao seu querido que também fizesse. Eles estavam terminando de falar com as pessoas que tinham ficado quando um Corolla encostou e desceram duas moças que imediatamente foram reconhecidas pelo cacheado.

- Bianca e Beatriz chegaram.

Elas eram muito semelhantes entre si e ainda mais com Bruna, que veio abraça-las. As moças tinham os olhos extremamente inchados e antes de falarem com todos entraram. Dentro da igreja elas choravam alto e amparadas pelo pai e irmã elas conseguiram se acalmar aos poucos.

- Muito obrigado pela ajuda, vou colocar as bolsas delas na van para te liberar. – Disse o empresário ao motorista, que diferente dos seus colegas, vestia um terno preto e uma fina gravata preta com uma blusa branca.

- Disponha senhor Wannec. Estamos todos nós a disposição de você e sua família. Só algo para acrescentar, as moças que estavam comigo pareciam mais aflitas que o normal, acredito que talvez seja necessário um calmante.

- Obrigado pela colocação. Farei o possível para mitigar a situação delas.

- Desejo meus pêsames e que possa servir novamente sua família em um momento mais feliz. – Disse o motorista dando um aperto de mão no seu chefe e se retirando com o veículo.

- Você disse que éramos sua família? – Perguntou o namorado que ouviu toda a conversa em silencio.

- É isso que todos vocês são pra mim.

- Eu te daria um baita beijo por isso, mas infelizmente seriamos expulsos a paulada se fizesse.

O loiro apenas abrasou seu pequeno e afagou o cabelo dele. Nada do mundo explicava a sensação do coração de Hector que precisava dar o mundo ao rapaz que estava entrelaçado em sua barriga derramando algumas lagrimas.

- Amor, me tira uma dúvida. – Interpelou Lucas. – Por que eles só te chamam de senhor Wannec?

- É a forma como a supervisora deles me chama, ela tem um certo medo de mim.

- Por que?

- Eu sou o único que posso manda-la embora.

- Espera, você é dono dessa empresa deles?

- Exatamente, gatinho, por isso eles mandam os melhores carros e melhores motoristas e tão rápido.

Agora era compreensível que os pilotos simplesmente faziam tudo que era solicitado, tendo em vista que eles precisavam mostrar serviço. O patrão tinha um comentário de ser um dos melhores clientes de se trabalhar, pois tentava dar o máximo de conforto, além de fama de gorjetas.

- Agora eu entendi. De fato o dinheiro ajuda em alguns momentos, mas mesmo sem isso tudo eu já seria imensamente grato por você está ao meu lado.

O casal voltou as vistas e foi conversar com Bruna sobre a informação trazida pelo motorista, a menina estava levando um copo de agua para Beatriz, a mais aflita delas. Talvez o remorso de terem perdido o tempo perto da mãe longe bateu naquela hora que a viram no caixão, pensava Lucas.

- Prima, o motorista orientou para que se pudéssemos dar um pouco de calmante, Hector tem um na bolsa.

- Mas acho que fazer elas dormirem não seria uma boa coisa. – Comentou a moça.

- Eu preparo numa dose onde elas ficarão apenas calmas, sem sentir sono, mas preciso da autorização para fazer. – Respondeu o empresário e teve sua proposta aceita.

Para despistar as meninas, fizeram dois copos de sucos e colocaram apenas duas gotas do calmante em cada recipiente. A dose serviria apenas para que a situação fosse mais controlada e que a pressão das moças não excedessem o aceitável.

- Você trouxe tudo em sua bolsa. – Comentou o namorado.

- Eu já vivi muitos velórios, sei mais ou menos o que precisa para ninguém passar mal. Talvez assumi um papel de ser o amigo sóbrio que cuida do grupo de bêbados.

O cacheado via uma dor em cada palavra do loiro e aproveitou que estavam escondido na cozinha da igreja deu um suave, salgado e rápido beijo no homem. Hector abraçou a cintura do rapaz e abraçou fortemente, fazendo ele encontrar com o peito cheiroso do homenzarrão.

- Você é muito mais que o homem que pediria a Deus. – Disse Lucas

- Você é exatamente tudo que pedi à Ele. Eu te amo garotinho que me ajudou a comprar roupas. – Falou Hector passando o polegar na bochecha do amado, onde caia uma lagrima.

- Por favor, não quero atrapalhar vocês, porque sei que o rapaz está chateado, mas posso pegar uma coisa aqui? – O pastor estava a porta e dera um baita susto nos meninos.

- Fique à vontade, essa cozinha é sua. – Deu abertura para o líder fazer o que precisava. Eles iam se retirando quando o senhor chamou-lhes a atenção novamente.

- Eu espero ser convidado para o casamento de vocês. Sei que não posso celebrar, mas é impossível ver essa forma de vocês se lidarem um com outro e não ter certeza que o amor é o mais divino. – Ele parou e pensou durante uns segundo. – Infelizmente algumas pessoas do passado escreveram palavras que hoje me mandam seguir uma regra, mas acho que como Cristo reformulou e completou o evangelho, nada mais lindo que um relacionamento saudável e bonito.

Agradeceram e se retiraram em silencio. De fatoesse pastor se demonstrava um aliado as causas muito surpreendente. Elesvoltaram ao afago dos parentes, que agora estavam todos dentro do templo.

Hector e Lucas (Romance Gay)Where stories live. Discover now