-Puta que pariu. - Ouvi Priscila  falar .

-Fiquem  tranquilos , lembrem-se somos médicos  transportando  uma paciente    , Victor entrega  a papelada e pronto. - Falei  tentando me convencer que seria fácil assim mas eu sabia que a probabilidade de dar merda era muito grande. 

Assim que estacionamos  Victor deu sua carteira de motorista e a papelada do hospital feita por mim e  enquanto  um  policial olhava os documentos   o outro policial revistava o porta-malas  do carro que tinha apenas roupas e  uma cadeira de rodas ,   alguns remédios  e soro enquanto isso Victor falava:

-Somos médicos e estamos  transportando uma paciente  que a família pediu a transferência  para outro hospital. 

-Ok , tenho certeza que não vão  achar ruim se eu ligar para o  hospital que a paciente estava  e para o hospital que a paciente irá. 

Todos  que estavam  no meu carro com exceção  de Évora estávam em pé do lado de fora do carro com os documentos (falsificados) nas mãos depois de  ter levado uma revista do policial que agora bagunçava nossas malas .

Revirei os olhos pensando que seriamos presos  pois não lembramos de rakiar os computadores do hospital  então  Priscila chamou  o policial e falou colocando a mão em seu ombro:

-Você já checou  os hospitais  e está tudo certo, se alguém  aparecer aqui com uma história parecida você vai deixa-los passar sem problemas , agora sorria parecendo está se divertindo com nossa conversa e nos despache.

E minutos depois estávamos dentro do aeroporto com Victor fazendo a pergunta que não saía da minha cabeça: 

- Como você fez aquilo?

-Foi a parte boa dos experimentos  que fizeram comigo. - Falou Priscila com uma peruca vermelha. 

- Que foda você tem super poderes. - Victor falou esfuziante.

- Eu sei que isso foi fantástico mas  , a febre da Évora está piorando e os dois médicos da equipe estão no último carro. 

- Pega na bolsa de emergência que o china fez para ela  eu coloco o remedio no soro. 

- O Lee é coreano. -Expliquei. -Mil perdões por achar que eles tem tudo a mesma cara ,mas vamos procurar um lugar calmo e longe de câmeras para fazermos isso antes que a policia venha perguntar o que está acontecendo. -  Priscila falou  olhando para os lados procurando por uma saída onde não tivessem câmeras . 

Não demorou muito  e  para voltarmos para  dentro do aeroporto e  recebi  uma mensagem :

-Chegamos. 

- Yes ! o número sete chegou  . - Falei empurrando a cadeira de rodas até a escada rolante e indo para o café que havíamos   combinado.

Nos cumprimentamos quando chegamos  no café e perguntei:

-Como foi la fora?

- Tivemos a sorte de não parar na blitz . - Rafael respondeu desviando o olhar olhando para Priscila e perguntando :  -Quanto tempo a Duda vai ficar catatônica desse jeito? 

- Eu não sei,   ouvi  alguns médicos falarem que fiquei assim por semanas. - Priscila respondeu enquanto tomava um cappuccino  e comia um sanduíche. - Que delícia esse sanduíche Pança , posso experimentar  um hamburguer com uma coca de garrafa? coca de garrafa é tudo de bom ; tipo desde que eu cheguei nesse inferno de lugar só comi comida de hospital.  - Priscila falou olhando para a Coca-Cola na vitrine da cafeteira e depois voltou a olhar para o Rafael e falou . -  O processo foi diferente ela pode voltar mais rápido ou não. 

-Sinceramente eu não sabia se Priscila Colon era apenas muito sincera ou se havia ficado louca , mas acho que não se deve tirar a esperança de uma pessoa. 

O tempo passou e comecei ficar preocupado com duas coisas: com a febre da Évora voltando e a demora do Lee , MV e Sany.

- Não querendo deixar ninguém mais nervoso do quê o necessário mas Évora precisa da bolsa de sangue que está no avião, sem falar que se ela entrar em convulsão aqui dificilmente sairemos do aeroporto e se sairmos vai ser direto para o hospital. - Falei beirando o desespero.

 -O avião já está na pista acho melhor entrarmos no avião e eu preparo a medicação dela. - Márcio falou e quando começamos a pagar a conta da cafeteria para irmos para sala de embarque vimos ao longe  Sany , Lee e MV vindo em nossa direção. Continuamos andando como se nada tivesse acontecido e fomos em direção a sala de embarque e depois ao avião mesmo sabendo que iríamos ter que esperar até dá horário do mesmo levantar o voo.

Lee , Sany e Márcio fizeram todo procedimento para tentar salvar Évora mais seu organismo não estava reagindo como esperávamos; eu fiquei segurando a mão da minha noiva até o piloto pedir para todos ficar em seus assentos e apertarem os cintos.

Quando avisaram que podíamos abrir os cintos fiquei novamente de pé acariciando seu cabelo ruivo impacientemente, lembro que estávamos em cima do oceano quando Évora que estava ligada a um aparelho que detectáva seus batimentos cardíacos começou a mostrar  os batimentos bem fracos e de repente para meu desespero ela se foi.

Eu desesperado segurava a sua mão e pedia para ela voltar . Sany rapidamente pegou o desfibrilador enquanto Lee me jogou para a outra fileira do pequeno avião que estávamos , enquanto Sony usava o desfibrilador em Évora Márcio me segurava enquanto eu chorava copiosamente e felizmente depois a quarta tentativa  minha noiva voltou e pude respirar aliviado.












Vortex 3:33     -Segunda Chance +18Where stories live. Discover now