13- Ideia

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Vi as pernas do Rafa ficarem bambas e por um momento achei que ele fosse desmaiar , Rafael segurou na mesa e ainda me encarando começou a respirar fundo. Fui até ele oferecendo ajuda, passei por de baixo do seu braço de forma que o mesmo ficava sobre mim e o meu braço ficaria em em sua cintura, o sustentei por alguns segundos até que se sentasse em sua mesa .

- Você é real. - foram suas primeiras palavras direcionadas a mim. - Mas você não é a minha Duda ou é? A minha Duda nunca faria isso, nunca enganaria tantas pessoas, pessoas que ela amava tanto .

-Não ,eu não sou sua Duda.- Respondi enquanto sentava na cadeira em frente a sua mesa.

-Se não é minha Duda como soube que a mensagem era para você?

-Havia um Rafa no meu mundo , quero dizer na minha dimensão. Ele foi meu melhor amigo por muito tempo e costumávamos fazer isso quando éramos pequenos; sempre que escrevíamos um bilhete eu assinava DD , como se fosse Duda e ele assinava RB , como Rafael Bettencourt .Eu insistia em assinar DD mesmo...

- Eu insistindo para você assinar ME , de Maria Eduarda - Rafa me interrompeu como fazíamos quando éramos crianças, quando um sempre terminava a frase do outro.

Rafael saiu da sua cadeira e veio até a mim mais rápido do que eu estava esperando e me abraçou, me tirando da cadeira e me levantando em seus braços e me rodando.

-Eu estava com tanta saudade você não faz ideia . - O rapaz falou até me colocar no chão novamente e se desculpar. Perdão eu me excedi, sei que já falou que não é a minha Duda mas vocês são tão parecidas que é impossível... Eu tenho tantas perguntas.

- Pode começar eu já estou acostumando.-Falei enquanto o doutor Bettencourt se distanciava.

- Você veio no avião que ninguém sabe a procedência não é?

- Hurrum.

- Eureka! O Felipe estava certo .

- Espera aí, que Felipe o primo do Pança? Quantos pessoas sabem de mim? - Perguntei.

- O Pança te viu entrando na casa dos seus pais quer dizer dos pais da Duda, o Felipe eu acabei comentando sobre ter te visto no cemitério.

- Ai, isso está começando a ficar preocupante. - Falei franzindo a testa.

Conversamos durante uma hora mais ou menos, até que a atendente ligou para sala e falou que a paciente das 4:30 já havia chegado.

Rafa me passou seu telefone pessoal e pediu para que eu ligasse se precisasse de alguma coisa.

Despedi-me dele com um beijo no rosto e agradeci por tudo.

- A desculpa é que eu não tenho dinheiro para pagar consulta, é culpa da burocracia sabe ? eles não costumam dar emprego para quem não têm documentos ou para emigrantes de outras dimensões.

Rafa sorriu e correndo da sua mesa até à porta como costumava fazer quando éramos adolescente selou minha testa.

Eu ainda estava no elevador quando me toquei do que havia feito. O que foi aquele beijo na bochecha do Rafa? Eu nem o conheço, pareceu que ele era o Rafael que sempre conheci, o que cresceu comigo, o quê eu dormia no mesmo quarto que ele seja na minha casa ou na dele , todo final de semana; não tinhamos malícia, eu não me tocava que estava dormindo no quarto de um rapaz tendo 15 anos até que minha prima thayane me ligou à 23:45 e achou estranho quando ouviu a voz do Rafa na ligação, quando falei que iria dormir na casa do Rafael por que iríamos jogar videogame a noite inteira. Minha prima me alertou que eu nunca iria arranjar namorado se algum garoto soubesse que eu ficava dormindo no quarto de um garoto. É incrível como o pecado não existe até que alguém aponta seu erro. O fato é que aquele não é o meu amigo Rafael aquele é um completo desconhecido que parece com o meu ex amigo Rafael.

Vortex 3:33     -Segunda Chance +18Onde histórias criam vida. Descubra agora