Capítulo 10

256 24 0
                                    

Jhenifer

Cedo acordei e dispiei pra praia, peguei o carro do meu pai e fui sozinha mesmo. Não gosto de dirigir e muito menos sozinha, mas tenho que aprender a me virar e fazer minhas parada sem ajuda de ninguém. "Puta só, ladrão só", é o que minha mãe sempre diz.

Ontem eu refleti mais sobre tudo, me liguei que essa parada de andar com amiguinha pra tudo enquanto é canto não dá coisa boa, pô. Abri minha mente com as guria que eu ando, só pq não quero ir pra baile todo final de semana ou brotar em qualquer resenha que elas inventa aí eu passo por ser chata, criança ou até pau mandado de mãe e pai.

Toda vez que falo de arrumar serviço elas diz que eu não preciso pq tenho dois irmão que têm grana e que pode me dar tudo o que eu pedir, meu pai também é envolvido, pra ser mais clara... Ele é "gerente do preto". Eu não preciso trabalhar, realmente. Mas mano, eu sempre tenho que pedir dinheiro pra comprar qualquer bagulho.

Conversei com Priscila e ela disse que realmente eu tô certa, não é pq posso ter tudo o que eu quiser sem nem fazer nada que eu não preciso correr atrás do meu. Tô ligada que ela é a única que fala as coisa pro meu bem, num fica dizendo pra eu largar Caíque e muito menos que eu tenho que sair mais.

Não digo que vou me afastar das outras, mas vou parar de falar da minha vida pra elas. Quero focar nos estudos, na minha saúde e no meu relacionamento. Não acho que fui besta ou tô aceitando esculacho de macho, mas se eu gosto dele não me custa nada dar uma segunda chance, mas se ele vacilar de novo, aí eu sinto muito meu patrão, mas ele vai vazar da minha vida! Nós passou por uns dias difícil, não tava se entendendo bem, mas foi só uma fase, faltava conversa e maturidade da minha parte.

Bateu mó fome e eu fui pra um restaurante que tinha lá perto, tava lotado então eu preferi comer numa barraquinha do lado de fora.

--- Olha o queijo assado! - ouvi o moço passar falando alto e assobiei pra ele, chamando com a mão. Ele veio andando rápido pra perto de mim todo sorridente. - opa, minha princesa. Vai querer quantos?

Jhenifer: Quero dois. Tá quanto em?

--- Tá oito. - pegou os espetos e me entregou.

Jhenifer: Tá aqui ó. - dei o dinheiro pra ele. - valeu aí.

--- Eu que agradeço! - sorriu e saiu andando.

Terminei de comer e joguei as parada no lixo, indo lavar minha boca numa pia que tinha ali. Encontrei uma moça vendendo descolorante e comprei também, passei no meu corpo e fui andando pela praia. Tinha umas pessoa jogando altinha e eu fui logo chegando perto.

Jhenifer: Ei, posso jogar com vocês?

--- Pode, pô. Chega mais.

Fiquei jogando com eles e de vez em quando ia chegando mais alguém. Foi da hora, me diverti pra caramba e ainda peguei uma onda com a prancha de um mano lá. Final da tarde observei o sol se pôr, tirei foto e fui pra casa. Quando cheguei minha mãe tava sozinha, contei pra ela como foi o meu dia e perguntei se eu podia dar um rolê na praça, ela deixou aí fui tomar banho.

Quando tava terminando de me arrumar Priscila me ligou perguntando se eu tava em casa, disse que tava indo pra praça e ela disse que ia me esperar lá pra nós ir jogar vôlei. Mandei mensagem pra Caíque perguntando onde ele tava, ele disse que tava no ônibus vindo pra casa, só avisei que ia pra praça e joguei o celular em cima da cama.

Eu, o Morro e ElaWhere stories live. Discover now