PRETTY EYES. | 𝙈𝙖𝙨𝙤𝙣 𝙏𝙝𝙖𝙢𝙚𝙨

1.7

Mason Thames.

 Acordo assustado, sentindo um peso sobre o meu peito. Olho para baixo e vejo que era Hanna apoiada sobre mim, dormindo.

 Permaneço imóvel por longos minutos vendo que ainda era noite, e perguntando quando foi a última vez que tive um sono tão pesado, e impressionado que não estou sentindo dores e vozes na cabeça como de costume.

 Finalmente me levanto e pego a ruiva cuidadosamente no colo e a coloco na cama, a cobrindo com um cobertor.

 Saio do seu quarto pela varanda, e vou para casa entrando pela janela, sem fazer barulhos na intenção de não acordar ninguém.

 Hanna morar na casa em frente a minha facilita muito.

 Coloco minha cabeça no travesseiro ainda em alerta, e por causa disso eu sabia que não dormiria mais, e que ficaria ligado pelo resto do dia.

 Pensar em como eu sou o único que não consegue ter um sono tranquilo, faz eu me odiar, e odiar o fato de que nem para dormir eu estou servindo. Será que tem algo de errado comigo? Insônia é algum tipo de pesadelo que eu estou produzindo para mim mesmo?

 Eu não quero ter que passar por isso, mas por que toda noite eu mesmo me assombro? Respiro fundo e tento não pensar em mais nada, forçando meus olhos para se fecharem.

 De repente por algo involuntário as lágrimas caem do meu rosto sem controle, e abafo o choro no travesseiro para não chamar atenção, e sinceramente eu não sabia o porquê de eu estar chorando.

 Devo ter chorado tanto que sinto meus olhos ardendo e provavelmente estão vermelhos, como eu posso estar tão feliz e tão triste em questão de pouco tempo? 

Hanna Hepner.

 O fato de eu odiar segundas feiras faz com que eu odeie qualquer coisa à minha volta.

 Nem vi as meninas hoje pela escola e nem Mason, e para ser sincera eu queria ver ele e entregar o moletom que ele esqueceu ontem de novo.

 Depois que eu acordei hoje pela manhã na minha cama, me fez forçar a memória para lembrar de qualquer coisa da noite anterior mas só lembro de ter apagado de sono.

 A primeira aula estava acabando e eu geralmente tenho essa aula com Mason, mas ele não apareceu, o que não é novidade mas me faz ter curiosidade.

 Eu não sou de matar aulas mas algo dentro de mim diz que eu tenho que encontrar Thames, sem saber o real motivo, eu só tenho que fazer isso.

 Passei pelo pátio central, o campo de futebol, algumas salas vagas e no refeitório com muito cuidado para que os inspetores não me vejam vagando pela escola durante o horário de aula. Adivinha? nem sinal do ruivo.

 Minha última esperança é a biblioteca, e como está perto do intervalo a biblioteca fica vazia, até a balconista sai para beber um pouco de vinho enquanto todos não estão vendo e assistindo às aulas.

 Andei por todas as partes do ambiente mas não acho por ele, até ouvir uma respiração pesada e entre soluços.

 Vou até o canto de uma das prateleiras e vejo Mason sentado escondido, sua cabeça estava apoiada no joelho e suas costas subiam e desciam muito rápido.

— Mason? - me aproximo do ruivo.

— O que está fazendo aqui? - ele se esforça para poder falar.

— Procurando por você. - digo e coloco uma das mãos atrás das suas costas massageando o local. - e você? o que faz aqui?

— Não é da sua conta.

— Eu não ligo se é da minha conta ou não, eu só quero saber o que você está fazendo aqui. - ele permanece em silêncio. - por favor Thames fala comigo.

— É só uma crise idiota de ansiedade. - ele diz sério se recuperando. - Pode voltar para a aula, eu vou ficar bem.

— Eu não vou te deixar aqui sozinho.

— Você vai estar matando aula, sabe disso né?

— Eu não ligo. - as palavras fogem da minha boca e Mason finalmente me olha desde que cheguei.

— Hanna, eu não quero que você me ajude. - seus olhos deprimidos estavam quase me fazendo chorar. - Eu quero ficar sozinho agora.

— Eu vou ficar. - Acolho o garoto em meus braços e ele se afasta. - Deixa eu cuidar de você..

— Ruivinha..

— Por favor. - tento acolher em meus braços de novo e ele finalmente cede.

 Ficamos em silêncio enquanto eu acariciava a cabeça do Mason, ele respirava com mais calma e as lágrimas não escorrem mais.

 Thames descansou um pouco em meus braços e pude sentir ele me abraçar de volta, por mais que ele relutasse.

— Se sente melhor? - digo baixo e Mason me encara.

— Por que está fazendo isso? - ele pergunta limpando os olhos.

— Eu não podia te deixar desse jeito. 

— Obrigado. - essa é a única coisa que Mason consegue digerir.

— Eu trouxe o seu moletom, está na minha mochila..

— Pode ficar com ele. 

— Está falando sério?

— Estou.. você estava certa. - o garoto se levanta e depois oferece a mão para me ajudar a levantar, e assim faço. - Ele fica melhor em você.

— Cliquem em votar por favor! 🥇—