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POV C.C

Acordei desnorteada não fazia a mínima ideia de onde eu estava, minha cabeça doía e eu sentia meu corpo mais pesado que o normal

Abri meus olhos devagar e senti aquela luz forte queimá-lo intensamente acabei soltando uma reclamação rouca já que sentia me garganta tão seca

Assim que minha visão se acostumou com a claridade do local vi três par de olhos me observando atentamente

E sim, me senti incomodada, pareciam loucos observando outra louca acordando

-Estas bien mi hija?-

Escutei a voz grave de meu pai e o encarei, afinal né, apontei diretamente a minha garganta tentando fazer que eles entendessem que ela estava seca

-acho que ela está com sede querido-

O enfermeiro que lá estava logo começou a se mover pegando um copo de água que estava na mesa e levando até a mim

Agradeci sinalizando com a cabeça e bebi aquela água que estava no copo, como se estivesse a anos sem beber um gole de água

Minha mãe me encarava surpresa, é pra quem quase não bebia água fazer isso é impressionante

As lembranças de antes do apagão vieram a minha cabeça, os batimentos do meu coração aumentando rapidamente o aparelho parecia que ia parar a qualquer hora

E quando ia começar a tirar todas aquela coisas do meu corpo, senti os braços fortes de meu pai me prenderem em um abraço de urso, podemos dizer que reconfortante

Meus olhos logo encheram de lágrimas novamente, não sei como ainda consigo chorar de tanto que eu já chorei

-P-papa-

-Ela já esta fazendo a cirurgia querida e parece que está tudo dando certo.. por enquanto-

Eu senti um alívio encher meu peito, parecia que eu tinha tomado uns três chá de camomila acompanhamento com uns remédios pra dormir

-posso vê-la?-

-quando a cirurgia acabar e se os cabellos permitir sim-

-quero sair daqui-

-precisa ficar mais algumas horas em observação senhorita-

-algumas horas?-

-sim, até que podemos ter a certeza que a senhora não corre nenhum risco-

Bufei irritada, não precisava de tudo aquilo, eu estou bem não é? Pelo menos eu me vejo assim

-pela sua cara de indignação vejo que está falando mentalmente para si mesma que está bem, mas a senhora está fraca e com os sentimentos absurdos que está sentindo pode acabar ocorrendo novamente, o seu corpo pode não aguentar sua fragilidade emocional e a física ao mesmo tempo, então você vai ficar aqui por mais algumas horinhas até ficar "forte" novamente"-

Ele me olhou sorrindo de orelha a orelha e eu consegui ficar ainda mais indignada quanto deboche

Bufei novamente e ele se retirou da sala e meus pais me encaravam prendendo o riso e eu continuei bufando

O garoto voltou com uma bandeija cheia de comida de hospital, eu resolvi comer e seguir com as regras então mais rápido eu sairia dali

Depois de comer, acabei tirando um cochilo e acordei com meus pais me chamando

-oi?-

-vamos ver a jauregui querida-

Levantei em um pulo, a ansiedade logo entrando em minhas veias segui os passos lentos dos meus pais

Encontrei os jaureguis em frente a sala de cirurgia, eles acenaram com as mãos para mim

Senti meu coração bater a mil por hora, parecia que a qualquer momento ele poderia parar e quando a porta da sala foi aberta

Alívio preencheu meu peito novamente eu me sentia em paz naquele local, com aquela pessoa de quem eu nunca devia ter me afastado, daqueles braços onde eu me sentia segura e daquele carinho que tanto me fazia falta

Corri para perto da cama, as lágrimas banharam novamente meus olhos e eu encarei o corpo pálido a minha frente, aquilo seria minha culpa? Eu deveria me sentir culpada?

Porque eu sentia meu coração apertar e a culpa ir tomando ele rapidamente

Segurei a mão da minha "amiga" devo dizer?

Chorei tanto que solucei, meus pais assim que ouviram meus soluços resolveram nos deixar a sós na sala

-lolo...-

-me perdoa..-

Olhei novamente seu rosto pálido e percebi finalmente, que era ali que eu devia estar, com aquele ser que marcou minha vida de tantas formas boas e eu enfim..

Fiquei tão presa que nem vi quando os batimentos cardíacos da garota aceleraram, a máquina apitava freneticamente

Eu logo me preocupei e sai da sala alvoroçada

-POR FAVOR UM MEDICO!-

Os meus pais e de Lauren me olharam com preocupação e entraram na sala e o médico logo em seguida

Ele há observou e depois o aparelho por alguns minutos e chegou a uma conclusão-

-Está tudo normal, Lauren escuta tudo a sua volta, afinal ela só está sedada pelos medicamentos, talvez seja um leve alteração nos seus sentimentos e isso aconteceu-

-então não tem nada haver com a cirurgia doutor?-

-não senhora jauregui, Lauren está totalmente fora de perigo-

Suspiros aliviados foram escutados pelo quarto e eu só conseguia chorar baixinho

Observei todos se retirando e ficando apenas eu e Lauren novamente

Encarei a garota novamente e chorei forte, tentando fazer com que aquela culpa saísse do meu peito

Mas nada parecia adiantar

Me aproximei da garota e beijei sua testa

-me perdoa Lern..-


invisível
invisível
Deus é mais
Deus é mais

best frinds (camren gp)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ