O Poema

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A toupeira parou frente a Thomas, ajeitando os óculos, e sorriu daquele modo estranho deles. O rapaz ficou parado, deixando-se ser observado.

– Ah, sim, sim! É ele! – Ele exclamou com sua voz velha e arrastada. – Cabelos ruivos e olhos verdes como esmeraldas. – Thomas sentiu que reconhecia aquelas palavras de algum lugar. – E, de algum modo... Tão parecido com ele...

Thomas se surpreendeu. Todos diziam que ele se parecia com sua mãe, mas só. O garoto esperou que a toupeira explicasse aquilo melhor, mas ela só sorriu, se curvando com dificuldade com o cajado em mãos.

– Seja bem vindo ao Grande Reino, jovem guerreiro de San Iak. – Ele disse e Thomas sentiu suas bochechas se esquentarem. – Por favor, sinta-se à vontade em nossa humilde toca.

Thomas abriu a boca, sem saber o que falar. Ele curvou a cabeça do mesmo modo que o outro havia feito, tentando ser educado.

– Vovô ele precisa de ajuda. – Édna se pronunciou no silêncio. – Ele não acredita ser o guerreiro, vovô. – Thomas não sabia se ficava grato ou envergonhado por deixar Édna tomar as rédeas. – Mas a pedra de Maes me levou até ele!

– Ah, Ôm'tsem-ê? – A toupeira mais velha perguntou, sem desviar os olhos do garoto. Seus olhos eram gentis. – Não conhece o poder da verdade da pedra, meu jovem?

– Thomas não sabe de nada sobre o Grande Reino.

Eu posso responder, muito obrigado!, Thomas revirou os olhos, mas continuou calado, já que a garota estava falando por ele.

– Hum, que estranho... – Vovô murmurou para si mesmo e inclinou a cabeça para o lado. – Pelo menos sabe sobre os poemas?

Thomas se surpreendeu ao ouvir aquela palavra. É claro, aquele poema de seus sonhos. Teria finalmente ele encontrado respostas para aquele mistério? Ele esperou, mas pela Édna decidiu ficar calada dessa vez.

– Não... Hum, senhor... – Ele adicionou por educação. – Eu nunca ouvi de nada desse lugar ou sobre o cristal... Mas o poema...

– Sim? – Vovô se inclinou, mostrando interesse.

– Eu tive sonhos com um poema, mas eu não me lembro bem dele.

– Podemos cuidar disso! – O outro disse, fazendo movimentos rápidos com a mão. – Venha, venha. – Ele se voltou para Édna e disse alguma coisa em uma língua desconhecida. Thomas jurava que era a mesma que ele tinha ouvido a garotinha com a cobra falar. Devia de ser a linguagem daquele lugar.

Édna desceu pelo corredor à frente deles, enquanto Thomas seguia a toupeira mais velha, tendo de se abaixar para fazer tal coisa.

O pequeno corredor, assim como o resto da toca, Thomas notou, era iluminado com aquelas flores brilhantes que ele tinha visto antes, banhando as paredes com uma cor dourada. E no fim do corredor havia uma saleta pequena, com a parede em forma de meia lua, com duas aberturas para a esquerda e para a direita. Uma daquelas flores, muito maior e arredondada, iluminava a saleta do teto como um sol em miniatura; e, em baixo dela, um altar, com potes de incenso e uma grande ampulheta bem no centro; areia fina caia lentamente do vidro de cima para o de baixo.

A toupeira branca parou na frente do pequeno altar, ficando de frente para o humano. Havia algo naquela visão, do ser branco em baixo da luz dourada e ao lado do altar que parecia quase sagrado e Thomas se sentiu um tanto nervoso.

– Meu jovem... Você é o guerreiro com toda a certeza! – Ele falou aquilo de modo tão decidido que Thomas se sentiu desconfortável, quase sem jeito, como se estivesse, mesmo que sem intenção, enganando o outro. – Mas talvez não saiba disso... Embora tal coisa não faça sentido... Ou faça...?

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⏰ Cập nhật Lần cuối: Mar 13 ⏰

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A Saga do Destino livro 1 - A Chave ElementalNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ