Capítulo 15

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Andamos devagar pelos corredores do hotel, nossas mãos dadas. Eu observo com atenção cada parede, cada cantinho, tentando adivinhar qual cômodo cada um era quando eu era condessa aqui. A brincadeira é divertida, mas bem difícil.

- E o restaurante? Tenho certeza de sei qual cômodo era. - Digo, cansada de perder.

- Certo. Vou te dar essa chance. - Ele sorri, obviamente duvidando de mim. Não o culpo, devido a minha baixa quantidade de acertos até agora. - Qual era?

- Porque não vamos até lá? - Paro, olhando pra ele. - Já deve ter fechado a essa hora.

- Sim, já fechou. - Ele olha para os dois lados do corredor. - Tudo bem, vamos lá.

Ele me guia pelos corredores e logo chegamos ao local, agora escuro, iluminado apenas pela luz da lua que vem pelas janelas e também dos postes localizados do lado de fora.

- Eu sei bem que lugar é esse. - Fico de frente pra ele, o puxando na direção do centro, onde há um bom espaço entre as mesas. - Foi aqui onde fizemos nosso baile em família. - Aproximo mais nossos corpos, colocando as mãos dele ao redor da minha cintura. - Nós dançamos com nossos filhos, fizemos um piquenique dentro de casa com todas as guloseimas possíveis, e esse acabou sendo um dos melhores dias da minha vida. - Sorrio, colocando meus braços ao redor do pescoço dele.

- Eu digo o mesmo. - Ele apoia a testa na minha. - Você acertou. - Sorri. - Foi aqui, mesmo.

- Eu nunca esqueceria o melhor dia da minha vida. Um dos melhores. - Beijo os lábios dele. - Graças a você, a nossa família e os Bridgertons eu pude ter vários melhores dias.

- Você também foi e continua sendo responsável pelos meus melhores dias. - Sorri. - Então porque não dançamos um pouco, pra relembrar.

- Claro. Até parece que leu meus pensamentos.

Sorrimos um para o outro e eu apoio minha cabeça no ombro dele. Nós não estamos dançando de verdade, estamos apenas abraçados e balançando de um lado para o outro. E a sensação que isso me causa, a paz... É incrível.

Fecho os olhos, lembrando daquele dia chuvoso que aconteceu há tanto tempo.

*

Olho pela janela, segurando Matthew em meus braços. A chuva repentina e duradoura acabou com nossos planos de ir para Londres. As crianças estavam tão empolgadas. Tudo estava preparado para nossa viagem mas, pouco tempo antes de sairmos, o céu, já nublado desde cedo, se abriu numa chuva torrencial.

Suspiro, saindo de perto da janela e indo até o quarto das crianças. John já está lá com os dois.

- Mãe! - William corre até mim assim que me vê. - Quando nós vamos visitar meus amigos?

- Está chovendo muito, filho. - Me abaixo para falar com ele e coloco Matthew no chão. Ele anda até o pai. - Não vamos poder ir hoje.

- Mas eu quero brincar! - Ele abaixa a cabeça. - A senhora e o papai disseram que a gente ia poder brincar.

- Você pode brincar com seus irmãos, William. - John tenta consolá-lo. - Eu já disse.

- Mas o Matt não sabe correr e a Izzy é uma chata. - Ele cruza os braços.

- Ei. Não pode falar assim da sua irmã. - Falo, firme. - Sei que as vezes ela não quer desgrudar de você, mas é porque ela te ama. Você é o irmão mais velho dela. - Suspiro, olhando na direção do meu marido, que dá de ombros. - Tudo bem. Que tal fazermos assim: nós vamos até a cozinha e pegamos tudo o que quisermos para fazer um piquenique, o que acha?

- Acho incrível! - Ele me abraça. - Mas... - Se afasta, com a testa franzida. - Está chovendo, mãe.

- Eu sei. - Sorrio. - Mas nós vamos dar um jeito. - Levanto e estendo a mão para ele que logo a pega. - Vamos lá, temos que escolher quais delícias vamos comer.

John pega Matthew no colo e segura a mão de Isabelle, então todos vamos até o andar de baixo preparar nosso piquenique dentro de casa.

*

Depois do nosso pequeno momento, voltamos para o quarto porque meus sapatos estão me matando.

John abre a porta da suíte e eu entro logo depois dele, tirando meu salto no mesmo instante. Encosto na parede ao lado da porta o acompanhando com os olhos enquanto tira o blazer e o joga sobre uma poltrona.

Ele senta no sofá e sorri quando vê que estou olhando na direção dele.

- O que foi? Hum? Se continuar me olhando assim vou me apaixonar ainda mais.

- Que bom, então. - Sorrio e ando até o sofá onde está sentado. - Quero você muito apaixonado por mim. - Sento ao lado dele.

- Eu não sei se é possível ficar ainda mais apaixonado, mas podemos sempre tentar. - Ele coloca meu cabelo atrás da orelha.

- O mesmo vale pra você. - Aproximo meu rosto do dele e o puxo pra mais perto. Beijo os lábios dele por um momento, depois sigo pela bochecha até chegar próximo ao ouvido. - Me ajuda a abrir o vestido? - Sussurro.

- O vestido? - Limpa a garganta. - Ajudo. Claro.

Me levanto e fico de costas pra ele, que também levanta. Sinto uma de suas mão ir até a minha cintura e a outra até o zíper, o abrindo com muita agilidade.

- Obrigada. - Fico de frente pra ele, então desço as mangas do vestido e o deixo cair no chão enquanto olho pro rosto de John.

- Cat, o que... - Ele para de falar quando seguro as mãos dele.

Quando seus olhos alcançam meu rosto eu sorrio, levando suas mãos ao meu corpo, subindo lentamente do quadril até a lateral dos meus seios. Então minhas próprias mão chegam ao peito dele, abrindo os botões da camisa.

- Eu sei que temos adiado esse momento há muito tempo. E não pense que você era o único que queria isso. - Abro o último botão e deslizo a ponta dos meus dedos pelo abdômen dele, me demorando um pouco quando o vejo fechar os olhos, então vou até os ombros, tirando a camisa por completo. - Eu fiquei louca durante esse tempo querendo te tocar de todas as formas, mas não acho que teríamos nenhuma oportunidade de aproveitarmos isso em Londres. Você entende?

Ele apenas assente, movendo os polegares sobre o tecido do meu sutiã. Dou um passo pra frente e junto nossos corpos, aproveitando o toque das nossas peles juntas. John sobe um das mãos até o meu rosto e encosta sua testa na minha.

- Por você eu esperaria por séculos se fosse preciso. Só preciso ter certeza de que vai me amar e estar do meu lado, o resto não importa.

- Eu vou sempre estar do seu lado, John. Agora e pra sempre. - Fico na ponta dos pés e passo meu braços ao redor do pescoço dele. - Eu te amo.

- Eu também te amo.

Sorrimos, então ele aproxima os lábios dos meus, primeiro num leve roçar, apenas apreciando o momento, mas logo depois os pressiona com força, aprofundando o beijo enquanto me ergue. Passo minhas pernas ao redor dele e sinto suas mãos segurando minhas coxas com firmeza enquanto me leva para o quarto a passos lentos.

Pouco tempo depois sinto o toque macio do colchão nas minhas costas e os beijos descendo pelo meu pescoço. Um gemido escapa dos meus lábios quando eles alcançam uma parte mais sensível da minha pele e eu fecho os olhos, aproveitando enquanto os lábios de John percorrem minha pele.

Ele sai de cima de mim e termina de se despir, depois faz o mesmo comigo. Quando ele está sobre mim de novo, com os dedos entrelaçados aos meus e a respiração pesada, diz:

- Nós dois, Cat. Agora e sempre. Seja nesse século ou em outro.

Sorrio, enquanto falo:

- Agora e sempre, Alec.

*

Agora e sempre? Quem tá comigo? kk 

Morrendo de amores por esses dois como sempre. Espero que vocês também. Me digam o que estão achando dessa fase da história. E não deixem de dar uma chance aos meus outros livros. Beijão! Até o próximo.

Era Uma Vez... Os StirlingWhere stories live. Discover now