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PERDIDA NO OLHAR DO OCEANO
Ei vocês! - Elas conseguiram ouvir uma voz familiar a chamaram, que logo viraram para trás para ver quem era. Seus olhos levantam para ver o rosto flácido e cabelos loiros de Tommy, o homem estava montado em seu cavalo. - Querem uma carona?
- Como três pessoas conseguiriam caber em um cavalo? - A moça pergunta genuinamente, quase um pouco sarcástica.
- Podemos tentar...
- Pode ir você, Maria. - Claire anunciou. A maioria das vezes ela chama sua mãe pelo nome, ambas acostumadas com isso.
- Eu já te falei para parar de chamar sua mãe assim. - O mais velho briga, fazendo a mais nova revirar os olhos com força, quase rompendo os ligamentos do globo ocular. Ela mostra o mostra o dedo do meio sem hesitar, fazendo Tommy olhar para ela com uma certa raiva.
Assim, a Miller que adquiria esse sobrenome por seu marido, subiu no cavalo. Envolvendo suas mãos no ombro do mesmo, e sem olhar para trás, ele começou a cavalgar no cavalo. Porém, a mulher virou-se para trás, dando um olhar de preocupação para a filha que semicerrava os olhos com a luz do luar aconchegante. No fim, Claire de qualquer maneira não se importava.
Sozinha, começou a andar novamente, chegando no topo do pequeno morro. Conseguindo ver o chão agora plano, e no final dele sua querida casa... Que talvez não mais seria sua.
[...]
Ao chegar na porta de sua casa, luzes da varanda batendo em seus cabelos loiros que estavam presos, piso de madeira rangendo a cada passo, vozes conseguindo ser ouvidas não muito de longe. Ao entrar, seus olhos azuis encontravam os de Jesse. Que se levantou com dificuldade para ir até a garota.
Jesse cujo sobrenome nem o mesmo sabe, havia se machucado a algumas semanas atrás, quebrando sua perna esquerda ao cair de um lugar alto, tendo que ser tratado na cidade de Jackson. Sentindo o calor de seus braços envolvendo em sua cintura, o cheiro do poeira vindo de suas roupas surradas inalando suas narinas. O abraço do asiático consiste em saudade, vindo mais de ele do que por a jovem Miller.
- Você está bem? - Pergunta á seu irmão de consideração com preocupação.
- Agora consigo mexer minha bunda. - Jesse solta uma pequena risada nasal. - Uma enfermeira de Jackson conseguiu lidar bem com a minha perna fodida.
- Falando sobre Jackson... - Maria pigarreou e suspirou antes de terminar sua fala. - Querida, você já se decidiu?
- Tudo bem, eu vou. - Ela diz como se não ouvesse outra opção.
Sua mãe fica feliz e da um pequeno sorriso em troca, enquanto Tommy olha para seu relógio.
- Então começa arrumar suas coisas e amanhã eu estarei aqui de manhã para ajudar vocês.
- Como assim "vocês"? - Ela pergunta com uma expressão confusa.
- Jesse já estava um tempo querendo se mudar para lá, só estava esperando por você. - Maria explica.
- Ah... - Claire olha para o chão sem saber o que dizer, Jesse realmente ficou aqui só por sua causa?
- Eu não queria ficar sem alguém me perturbando todo dia! - O único não loiro da sala responde sentado no velho sofá ao ouvir a conversa.
[...]
Por volta de sete horas da manhã, a Miller mais nova ainda estava com os olhos querendo se fechar de sono, a briza fria batendo em sua pele a fazendo colocar uma jaqueta. Sua mochila já estava pronta, e ainda tinham duas bolsas com suas roupas para levar. Jesse teve ajuda de Maria para arrumar suas coisas pois ainda estava se recuperando.
O loiro mais velho chegou antes dos mais novos tomarem café da manhã, e sem querer perder a hora, o mesmo disse para eles comerem em Jackson. Claire não gostou da idéia mas mesmo assim teve que se contentar com a situação. Com sua égua, Kira, Claire começou a se ajeitar com sua mochila nas costas e as bolsas e seu colo, tentando ter cuidado para não deixá-las cair. Maria que havia dormido na velha casa foi andando com o cavalo de Jesse, já que o mesmo ainda não estava totalmente recuperado para comandar seu cavalo, tendo que ir junto á Tommy. Os dois se davam muito bem, eles tinham piadas parecidas e um jeito parecido de pensar.
Claire não sabia se tinha feito uma boa opção. Ela tinha ficado com esse pensamento a viagem toda, principalmente vendo a porta da casa se fechar sabendo que nunca mais seria aberta.
Já havia se passando umas três horas quando podia ver- se casas brilhantes com luzes. Aquilo era Jackson. Tommy gritou para abrirem os portões ao chegar enfrente ao lugar, sendo possível ver a entrada do lugar. Lojas, bares, casas, cachorros, crianças, pessoas felizes... Talvez não tinha sido má ideia ter vindo morar aqui.
