Capítulo 22

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Com a chegada do inverno, a temperatura teve uma queda brusca. No quinto dia os campos, as montanhas, as árvores secas e sem folhagens e todo o reino já estavam totalmente cobertos de neve, como Darah previra.

Apesar do frio congelante, a multidão de fadas vibrava ao longe, sob uma das montanhas mais altas. Estavam a uma boa distância da academia, atrás e mais ao longe do Morro Araxá, e quase todos os professores e funcionários estavam presentes, alguns com expressões impassíveis e outros com expressões quase tão ansiosas quanto às dos alunos.

A princesa ajeitou a capa de veludo de cor azul que usava por cima da nova farda de luta: um colete leve de ferro sob a blusa azul de mangas compridas, calças grossas e meias de lã aqueciam seus pés dentro das botas de couro curtume que iam até a altura do joelho. A garota inspirava e expirava cautelosamente, uma nuvem espessa se formava sempre que fazia o último.

Darah montava guarda à frente de uma caverna em uma das montanhas rochosas mais baixas, parado ao seu lado a uma distância de dois metros estava Lee Hi, uma fada da água que conseguia manipular as duas cineses do elemento.

A batalha começara há dez minutos e Arabelle e Lionel tinham sido convocados por Avery (que usara telepatia) para o lado oeste, onde uma pequena batalha se iniciara.

Escondidos em um ponto estratégico e com os próprios cheiros e sons ocultados e bloqueados por técnicas que Darah fizera, as duas únicas fadas que vigiavam a caverna trabalhavam em silêncio: enquanto Darah concentrava-se na matéria tentando localizar Edgar pelo amplo espaço coberto de neve, Lee Hi vigiava o local – seus olhos puxados movendo-se agilmente a qualquer mínimo barulho.

À frente, na colina que separava uma montanha da montanha a qual Darah e Lee estavam escondidos, Avery e mais dois colegas lutavam contra seis fadas. A uma distância razoável da líder, Arabelle curava uma fada do grupo enquanto Lionel fazia uma defesa ao redor dos três.

Avery lançava uma onda de fogo nos inimigos, mas seus ataques eram bloqueados por uma fada da água, ela, então, empunhou as duas espadas de lâminas curtas feita de aço damasco e começou a lutar contra o adversário, um terceiranista. As duas fadas ao seu lado se encontravam em desvantagem lutando contra as outras quatro fadas restantes do time rival.

Arabelle já havia curado o colega de equipe quando mirou uma flecha no adversário da líder, a ponta da flecha feita do mesmo material das espadas gêmeas de Avery acertou a coxa direita do garoto. A segunda flecha acertou o ombro. O garoto caiu e... adormeceu. O pó sonolento que Arabelle adicionara nas pontas de algumas flechas antes de ser convocada por Avery funcionara.

À frente do pequeno grupo de Avery, no meio da montanha, em uma extensa rocha, um trio de fadas do grupo de Avery lutavam contra cinco fadas do Grupo Cinco. Os primeiros, em desvantagem. Duas do trio de fadas caíram. Arabelle e Lionel então deslocaram-se para lá o mais rápido que o frio congelante permitiu.

Avery, o colega que Arabelle curara e as outras duas fadas ainda lutavam contra os quatro adversários que continuavam em pé. Clarões vermelhos, marrons, brancos e azuis voavam de um lado para o outro, os dois últimos se sobressaindo.

Mais acima, Sebastian e um quartanista avançavam com dificuldade em direção ao topo da montanha com pesados flocos de neve caindo sob suas capas azuis.

— Algum sinal dele? — perguntou Lee.

— Não! — Dito isso, Darah forçou-se a se concentrar ainda mais em sua própria tarefa: encontrar Edgar. O garoto escondera-se bem: ocultou o próprio cheiro, som, e até mesmo a própria matéria. Darah adicionou isso à lista mental das técnicas de alto nível de complexidade que Edgar conseguia fazer.

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