Consequências

Único

Uma fic curtinha sobre um headcannon meu, espero que gostem. ;>

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As batalhas mortais ocorridas no reino em que Yuno nasceu haviam tido um fim depois de muitas horas, e finalmente todos puderam voltar para as próprias casas e voltar a viver normalmente, e com Asta não fora diferente.

Durante um crepúsculo quente para clover, o grisalho se encontrava soterrado por água quase fervente, dos pés até os ombros, o líquido era incrivelmente relaxante e levava para longe qualquer tensão muscular que um corpo pudesse sentir. Com os braços cruzados sobre a borda, do que parecia ser uma piscina, e a cabeça se apoiando ali, ele estava praticamente caindo nos prazeres de um sono acolhedor, culpava o dia que teve pela situação em que estava, com a escuridão reinando sobre a visão, respirando lentamente e com avisos constantes de que queria dormir saindo da boca.

Todavia, não poderia ficar ali por muito mais tempo, se não ficaria com a pele toda enrugada, e, também, tinha quase certeza que acabaria dormindo ali. Com isso em mente, levou uma das mãos ao rosto e esfregou o olho direito, logo, levou aquela mesma mão a cabeça, tinha algo estranho ali, poderia facilmente pensar que era algum caroço, ou como chamavam, "um galo", entretanto, aquilo era pontudo, isso fez os olhos dele se abrirem rapidamente e mostrarem mais de si mesmos do que o normal.

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⎯⎯ Tem algo errado... ⎯⎯ Nero sussurou para si mesma, dos que estavam ao lado, apenas Liebe escutou, enquanto Vanessa estava praticamente desmaiada.

⎯⎯ Como assim?

⎯⎯ Está tudo muito quieto. ⎯⎯ Respondeu, se virando para ter uma melhor visão do local.

⎯⎯ Graças a Deus.

⎯⎯ Algo não está certo, e eu tenho certe-

Um grito estridente ecoou pelo lugar, estava sendo abafado por algo, mas ainda sim era alto, e todos que ali estavam sabiam de onde vinha, exceto a mulher de cabelos rosas, que nem se deu ao trabalho de mover um único músculo.

⎯⎯ Eu sabia..!

Com rapidez os dois seres ainda conscientes naquela sala foram em direção ao cômodo de onde o berro veio.

⎯⎯ Asta, abre essa porta ou eu mesma abro! ⎯⎯ Secre avisou, dando socos fracos na porta de madeira.

⎯⎯ NÃO DÁ!!

⎯⎯ Por que não?

⎯⎯ Porque.... Não!

⎯⎯ Tenha santa paciência. ⎯⎯ O demônio reclamou, se aproximando da porta com a intenção de tirá-la do caminho, e assim foi feito, com um chute, não muito forte pois a porta não estava trancada como achavam que estava. Sem a porta para impedir o conhecimento sobre oque acontecia dentro do cômodo, foi possível ver Asta, desprovido de roupas, teria sido uma visão interresante para outra pessoa, mas para aqueles dois era vergonhosa. ⎯⎯ Eita...

⎯⎯ SEUS PERVERTIDOS!! ⎯⎯ O acinzentado esbravejou, depois de a porta voltar ao lugar com brutalidade, em causa da rapidez da morena que não tardou de impedir a si mesma de observar tal cena.

⎯⎯ VOCÊ NÃO NOS AVISOU SEU IDIOTA!

⎯⎯ EU DISSE PRA NÃO ENTRAR, CACETE!!

⎯⎯ Coloque logo uma toalha ou algo assim. ⎯⎯ A garota pássaro pediu, ainda com as bochechas um tanto rosadas.

⎯⎯ Tá.

Pouco depois a porta foi aberta novamente, desta vez pelo garoto dos olhos verdes, que pôs uma calça marrom claro, logo, todos os três estavam no banheiro.

⎯⎯ Então, por que estava gritando?

⎯⎯ Por isso. ⎯⎯ O garoto levou uma das mãos até a boca e puxou o lábio superior para cima, dando uma melhor visão sobre um dente que estava mais afiado que o normal.

⎯⎯ Não vejo nada de errado.

⎯⎯ Calma... ⎯⎯ A menina do vestido de penas disse, se aproximando do outro, para uma melhor análise ela começou a empurrar os lábios do amigo, vendo que não era apenas um dente que ficou afiado derrepente, Asta pedia para ser solto, mas ninguém conseguia entender. ⎯⎯ Acho que sei oque pode ser... Deixe-me ver uma coisa.

Ainda que estivesse um tanto apressada, os dedos da menina se mechiam com delicadeza, passeando por fios claros de cabelo, até que sentiu algo pontudo, com uma melhor visão ela pode saber oque eram, dois pequenos chifres, um era virado para cima e o outro apontava para frente, os dois eram um pouco distantes um do outro, ao redor alguns fios tinham as raízes negras.

⎯⎯ Ala, viro corno, foi? ⎯⎯ O albino questionou com um tom de deboche, agora estando ao lado da única garota presente.

⎯⎯ 'COMÉ QUI' É, DESGRAÇA?!

⎯⎯ Calem a boca. ⎯⎯ Mandou, virando a cabeça do acinzentado, notando mais dois chifres iguais aos que estavam do outro lado.

⎯⎯ Dois de cada lado... Caralho, te passaram a perna em dobro!

⎯⎯ OLHA AQUI, SEU-

⎯⎯ Tem mais um. ⎯⎯ A garota pássaro revelou, o tal ficava no centro da cabeça e apontava para cima, ainda que parecesse um tanto torcido para trás.

⎯⎯ Bem no meio.... Porra você é cheio dos segredos né! Primeiro descubro que tu levo dois chifre e agora que você é um unicórnio, me pergunto qual será a próxima.

⎯⎯ O que isso significa, Nero? ⎯⎯ Perguntou, tentando ignorar o irmão adotivo.

⎯⎯ Você deveria saber. ⎯⎯ A Swallowtail respondeu, após soltar a cabeça do garoto que a fez uma pergunta, o qual olhou para ela confuso. ⎯⎯ Você fez um contrato com esse demônio, isso é magia proibida, e ela trás consequências, no seu caso foram esses chifres e as presas, sorte sua que não virou um pássaro como eu.

Eram informações um tanto reveladoras, ela estava certa, o garoto deveria saber desde o começo, ele sabia, mas no momento aquilo não lhe veio em mente e a surpresa resolveu soltar a voz antes de pensar um pouco.

⎯⎯ Bem, como eu poderia me tornar o mago imperador sendo um pássaro, não é? ⎯⎯ Disse, tentando destrair a amiga, que parecia meio melancólica.

⎯⎯ Seria o mais aclamado entre as cacatuas.