SOL QUE TANTO ARDE

3.3K 38 2
                                    

                                                                

                                                                                 ༺♡༻ 

➴Olá, que bom que está aqui! Aproveite muito a leitura, eu escrevi com bastante carinho.

➴Será apenas uma one-shot, não algo grande. Leia com calma e sinta tudo.

➴Houve vários indicativos de que é sobre bdsm e petplay. Portanto, se não gosta da temática não é necessário comentários azedos.

➴Boa leitura, hihi.

                                                                                 ༺♡༻

 O verão nunca deixa de ser piedoso, me certifiquei do clima e vi que fazem exatamente 32 graus. As cortinas das casas abertas e as crianças com regatas correndo pelo parque são como objetos característicos dessa caminhada que faço a um tempo, nunca perde a graça. Os senhores jogando dominó desta vez estão sem seus bonés, talvez para refrescar um pouco a cabeça, já que estão sempre irritadiços. Passo pela terceira rua dobrando a esquina na qual já sei que dona Amélia vai estar sentada em sua cadeira esverdeada com um misto de verde grama e verde escuro, seu gato alaranjado que ganhou uma cicatriz no meio do rosto já no chão. Nunca ousei perguntar o motivo dessa conquista, pequenos animais costumam ter grandes histórias para contar.

Sinto muitíssimo, mas sempre fica para outra hora, o fim do meu caminho é mais importante que qualquer obstáculo. Preciso cuidar de uma coisa.

A pequena senhora me dá um sorriso e eu lhe devolvo outro, é como se ela soubesse para onde vou todas as vezes.

– Hoje está mais calor que o normal criança – ela diz ainda sorrindo – compre alguma coisa fresca para ela!

– Claro que já providenciei dona Amélia, tenho que cuidar de minhas mulheres de qualquer forma. – uma piscadela para ela entender como uma brincadeira – Aqui está.– digo entregando um copo com suco natural de manga que comprei para ela e pego com a mão um outro copo que está reservado para um outro alguém.

Um ano que faço essa pequena caminhada e encontro a senhora sentada no seu canto. Pegamos afinidade e tento cuidar dela quando posso. E realmente é uma pequena caminhada, pois meu trabalho fica três ruas distantes daqui e em dias específicos passo na biblioteca da cidade para me certificar de algo.

O terno está simplesmente me matando, mas não quis tirar, sei que ela gosta de me ver assim, tal qual gosto de ver ela arrumada para mim. É como uma moeda de troca, nós gostamos de nos agradar de todas as formas. Um dos nossos pequenos acordos, não exatamente referente a aparência, mas sim pelo cuidado que tivemos um com o outro. Isso se chama zelo e importância.

– Oh! Obrigada meu filho, não esperava essa surpresa.

– A mocinha merece todas as surpresas do mundo, até logo.

Me despeço e sinto minhas veias pulsando quando vejo a curva para a próxima rua que dá para a principal, onde tem várias lojas concentradas em um pequeno comércio de estilo italiano. Começo a ver um rastro da mesa marrom feita de um carvalho escuro especialmente talhado nesse formato retangular, segundo as fontes que recebi de uma ratinha. Esse é o espaço para as ofertas do dia. Minha casa está cheia dessas tralhas que ela adora, sempre compro um livro para roubar-lhe um pouco de tempo no horário do serviço.

Mais alguns passos e afasto com uma mão as raízes de uma das dezenas de plantas que aqui coincidem, onde estão localizadas dentro de dezenas de varais que tem tudo a ver com uma biblioteca. Outra coisa que minha casa ganhou, filhas plantas para um pai de planta. Nunca pensei que sim, mas sim; as pessoas que nos relacionamos costumam trazer consigo uma leva de novidades emocionais, mas na maior parte visível das coisas, materiais também. Tenho filhas suculentas agora.

𓍯DIA DE VERÃO (𝒃𝒅𝒔𝒎)Where stories live. Discover now