DESDE MUITO NOVA, MAUDE PADILHA SABIA que a possibilidade de se tornar uma renomada jogadora de handebol, eram completamente nulas. Mesmo que seus pais tenham a apoiado praticar o esporte quando estava num momento muito intenso de perdas, aquilo não...
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Richarlison ainda guardava no fundo de sua mente, a imagem de Maude desolada em seus braços, buscando amparo. E bem, ele não pensou duas vezes antes de se oferecer como um suporte que ela logo se agarrou, acalmando-se após longas horas naquele estado pouco crítico.
Não forçou papo, fez perguntas desnecessárias e nada do tipo. Somente ficou ali, quieto, respeitando o momento da mulher. Maude o agradeceu mentalmente por aquilo, tendo em vista que mal conseguia abrir sua boca para elaborar alguma frase coesa.
Pensando rápido, o jogador mandou uma mensagem para aqueles que estariam indo na resenha em sua casa, desmarcando e dizendo que houve um contratempo de última hora. E, após aquilo, seguiram o caminho até a casa dele em silêncio total. Maude ainda dava algumas fungadas pelo choro recente, e a forma que Richarlison encontrou de passar confiança, foi segurando a mão da mulher até que estivessem em sua casa.
Tentou esconder o que estava sentindo, e tentou encontrar uma justificativa para sua preocupação, mas não havia o que esconder e nem mentir. Sentia algo por Maude, algo que ia além do que algo passageiro. Ele sentia a necessidade de, além de protegê-la, tê-la por perto.
Os passos seguintes foram realizados em um silêncio avassalador. Quando perceberam, já estavam na sala da casa de Richarlison, vendo alguma bobeira desinteressante na televisão. O jogador tinha seu braço em volta do pescoço da mulher, assim como ela estava praticamente deitada no peitoral do mesmo, quieta e só aproveitando aquele momento. Os cachorros, Layla e Acerola, dormiam ao lado da atleta no sofá, sentindo aquele clima pesado.
─── Meu pai nem quis me ouvir direito. ─── Maude disse, após longos minutos em silêncio. ─── Acho que ele estava bêbado. ─── Ela engoliu o bolo que estava preso em sua garganta. ─── E também acho que já passou da hora de eu sair daquela casa.
─── Ele já te bateu alguma vez?
─── Não. ─── Murmurou. ─── Eu nunca dei trabalho para chegar ao ponto dele me bater. Mas nós temos pensamentos muito diferentes, e eu percebo que agora essas ideias estão ficando mais desiguais do que eram antes. Com o casamento do Matheus, ele só liga pra ele.
