Imagines Seleção Brasileira

Antony

Eu estava terminando meu turno no hospital de Manchester quando um homem entra com uma criança pequena desesperado.

— Por favor, me ajuda — ele disse desesperado

— Calma, o que está acontecendo — falei tentando o acalmar

— Meu filho, ele tá com febre e vomitando muito, não sei o que pode ser, entrei em desespero

— Calma, você veio ao lugar certo. Bella, pode  colocar ele no soro por favor? Vou vestir meu jaleco — disse à infermeira

— Sim, senhora

Corri pra minha sala para colocar o jaleco novamente. Pelo visto meu turno não acabaria tão cedo. Inclusive, já era pro outro pediatra ter chegado.

— Bom, eu sou a doutora, Sn, você é...?

— Antony dos Santos — Pera, é o jogador da seleção?

— Ótimo, posso falar português com você — dei um sorrisinho e ele retribuiu

— Brasileira também?

— E com muito orgulho!

— Hm... mas então, o que ele tem? — perguntou enquanto eu examinava o garoto

— Ele parece estar com uma virose e, em decorrência disso, teve febre e vomitou

— Nossa, fiquei desesperado, não sabia o que fazer, o que ele tinha... sou um péssimo pai

—Ei, calma, pais de primeira viagem costumam ser assim mesmo, fez bem em trazê-lo aqui. Não se preocupe, fez o correto. Qual o nome desse príncipe? — disse fazendo um carinho na bochecha do menor que sorriu

— Lorenzo... e desculpa a pergunta, mas também é mãe?

— Era...

— Era?

— Infelizmente ele morreu de leucemia há 2 anos

— Nossa... S-sinto muito, desculpa

— Não precisa se desculpar, você fica mais conformadoo quando percebe que isso era o melhor pra ele — dei um sorrisinho — Mas isso não vem ao caso, hm... ele vai ficar em observação durante essa noite, amanhã pela manhã ele com certeza poderá voltar para casa

— Certo... muito obrigado, doutura Sn, nem sei como te agradecer

— Nada, só faço o meu trabalho. Vai ficar com ele durante a noite?

— Vou sim

— E a mãe dele?

— Ela... ela foi embora assim que teve ele, foi seguir carreira e me deixou cuidando sozinho de uma criança, por isso vim pra cá, sozinho e no desespero...

— Sinto muito, mas mesmo que não fosse sozinho fez o certo, automedicação é um perigo

— Tem razão — ele deu uma risada anasalada e eu também

— Doutora, o outro pediatra já chegou

— Ah, obrigada, mas acho que vou passar essa noite com esse príncipe aqui — disse acariciando Lorenzo

— Não precisa, sei que deve estar cansada, ele pode ser atendido por outro médico

— Ele veio e eu estava no turno, não saio daqui enquanto eu mesma me certificar de que ele está bem — ele sorriu com minha resposta — Bom, essa noite o hospital terá 2 pediatras então

Fiquei conversando com Antony quase a noite toda, já que Lorenzo era meu único paciente e nos conhecemos bastante. Ele é um homem muito bom, um ótimo pai, e muito atrente também.

De manhã consegui dar alta ao Lorenzo.

— Obrigado por ter cuidado de mim, tia Sn, você deve ser uma ótima mamãe

— Muito obrigada, pequeno! Você é um ótimo filho, seu papai deve ter muito orgulho de você — dei um beijo em sua testa e olhei para Antony — Se cuidem e qualquer coisa não hesite em me ligar

— Pode deixar e, hm... o que acha de saírmos?

— Tipo, um encontro?

— Tipo um encontro, claro, se não for encômodo

— Claro que não

— Sábado?

— Pra mim está ótimo — eu dei um sorriso pra ele e cada um seguiu seu caminho

1 ano depois...

1 ano se passou desde que conheci Antony e nesse meio tempo fomos gostando cada vez mais um do outro até começarmos a namorar.

Ele é um namorado incrível, além de, claro, um pai perfeito. Com isso, eu e Lorenzo ficamos muito próximos, e ele até começou a me chamar de mãe.

— Mamãe, hoje a gente vai assistir o jogo do papai no estádio? — disse levantando no meu colo enquanto eu estava sentada no sofá

— Vamos sim

— Então vamos nos arrumar, mamãe — disse descendo e correndo para o seu quarto — Vamos logo, o papai já está lá!

— Vamos, mas ó — ele se virou para mim — é pra comportar viu, não é pra sair em direção ao seu pai quando ele fizer um gol, isso pode o prejudicar

— Prometo, prometido — disse cruzando seu mindinho com o meu

— Te amo, sabia?

— Também te amo, muito — o beijei e o apertei muito

Eu amo esse garoto!

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