A chegada

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Aqui estou eu...
Um simples viajante pelo oceano negro do cosmos.
Me aproximando de um planeta rochoso de coloração azul claro, e azul escuro em algumas partes.
Começo a me infiltrar na atmosfera. Os sensores atmosféricos mostram uma temperatura de exatos zero graus e não relatam radiação significativamente perigosa, embora a atmosfera pareça ter altas doses de amônia e metano, que são gases tóxicos.
Será eu louco apenas ao pensar em pisar-lá? Apenas permitir este pensamento de infiltrar em minha mente da mesma forma que eu infiltrei na atmosfera, já me categoriza como um insano? Pois eu digo, que a insanidade já está presente no homem, pelo menos em doses baixas, tão baixas quanto a presença de gases não tóxicos.
De qualquer maneira, estou em uma viagem que fará meus pensamentos se transformarem ações. Se uma ideia tem chance, por mais que remota de dar certo, eu a farei!
Então continuei a descer o nariz da nave e a coloquei em solo, em uma área mais plana, afinal, o planeta em sua maior parte tem formacões rochosas, deixando o solo nada regular. Coloquei meu traje espacial e abri a escotilha de saída, e lá eu vi, montanhas, e as formações rochosas são sempre de formatos muito diferentes entre si, o que mais me chamava atenção era um arco, de cerca de cinquenta metros de extensão e trinta metros de altura. Resolvi entrar por debaixo dele, e pude admirar a enorme estrutura, como se fosse uma obra de arte esculpida pelo maior dos arquitetos. Mas não, tal obra não teve nenhuma interferência humana, mas...será ela, obra de espécies cuja nossa ciência e imaginação ainda não alcançaram? Este foi meu pensamento quando caí em uma vala de cerca de um metro de profundidade. E percebi... não estava em terreno rochoso comum, e sim sobre metal, mais precisamente sobre cobre, e nele estavam o que pareciam caminhos, ou talvez...símbolos escritos sob o solos. Minha imaginação parece tomar conta de meus pensamentos agora . "Ora! São apenas formações!"eu pensava, mas então encontrei uma espessa placa de prata, com inscrições douradas. Era um desenho de um círculo e o desenho de um ângulo no centro dele e em baixo, o número trinta. Ao lado, o número cento e cinquenta mil. O que seriam estas inscrições e qual o seu autor? Meus pensamentos vagueiam pelas possibilidades. Voltei para a minha pequena nave e retirei o desconfortável traje. Me pus a sentar na cadeira e comecei a pensar, uma possível resposta do que se trata o objeto. Fechei os olhos e assim permaneci por pelo menos vinte minutos, mas que se passaram extremamente rápido, tendo em vista que os meus pensamentos ocuparam todo este tempo. Então rapidamente abri os olhos e tive uma luz. Tal como um homem que passou anos no calabouço e depois finalmente tem o corpo banhado pela luz do sol. Assim foi a minha genuína sensação de clareza. Peguei a placa e logo após abri o mapa astronômico e ampliei para a galáxia atual (galáxia do cometa). Seguro a placa sobre o mapa, como se ela estivesse em cima do visor. A minha teoria é que o ângulo serve para indicar uma direção de algum lugar e os números a medida em graus e a distância. Sim, é um mapa se minha teoria estiver correta. Então tal localização está a cento e
cinquenta mil anos luz de distância. E a 30 graus, com base no centro da galáxia.
Como a minha viagem não tem um compromisso com um destino final, eu irei seguir o suposto mapa, como um marinheiro, sobre os mares, atrás de um tesouro.

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⏰ Last updated: Apr 09, 2023 ⏰

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