Capítulo IX - Parte Cinco

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— O que diabos aconteceu?! — Um James nervoso assistiu a Lagusa tomar controle da outra carroça de repente, com Allister e Sonne se pendurando atrás. E... Aquilo no chão era o Capitão da milícia gritando?

— Não dá pra dizer daqui, mas parece que deu merda — Um Korle ainda muito lesado apontou. — É, eu acho que a gente vai mesmo morrer dessa vez.

E então o capitão caído parecia se levantar, mudando de cor mais uma vez, e agarrando algo que veio até sua mão como se fosse mágica.

James não precisou ver mais que isso, já corria em desespero, apressando-se a pôr o baixinho para dentro da carroça, e seguindo para a coordenadoria dos cavalos. Valerie também subiu, ficando ao lado do corpo apagado de Simon, e logo, o veículo recém-saído de uma perseguição, voltara a se mexer.

— Porcaria! — O médico exclamou. — O que deu errado dessa vez?

— A resposta tá vindo na nossa direção! — Korle replicou, se apoiando na beirada do respaldo traseiro enquanto avistava a carroça controlada pelo contrabandista tomar mesmo rumo que a deles.

A madeira fez um estalo, com as rodas do veículo se sacudindo e pedaços ameaçando cair, naquele momento se Valerie não tivesse segurado o baixinho, certamente este teria sido jogado para fora com tamanho salto que a carroça dera ao passar por um buraco.

Simon, rencostado, e com o pouco de consciência que ainda tinha, abriu os olhos com a gritaria, tendo vislumbre de uma situação frenética que não se lembrava de ter entrado. Korle dizia coisas sem nexo, sendo aparado por Valerie, que havia surgido sabe-se lá de onde, e eles estavam em movimento de novo, sendo que a perseguição já devia ter acabado...

No meio de tantas coisas atípicas acontecendo, se focou na figura ao longe que vinha correndo, abrindo a boca para reconhecer:

— O Cartan tá vermelho?

Os meninos ao seu lado rapidamente viraram a cabeça, e Simon pôde jurar que viu a pele de Valrie ficar uns três tons mais pálida.

— N-não pode ser... — O rapaz do Norte balbuciou.

— Ei, falando desse jeito parece que já viu isso acontecer antes. Isso é coisa ruim, não é?

Se virando desta vez para James com suor frio escorrendo por sua face, o adoslecente de olhos verdes tentou gritar: — A g-gente... O deserto!

— O quê?!

— Precisamos entrar no deserto de areia! Seguir em frente! Precisamos encontrar Geiro!

— Precisamos entrar no deserto de areia! Seguir em frente! Precisamos encontrar Geiro!

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Lagusa chicoteava as rédeas em sua mão com um semblante sombrio em sua face. Seu ataque realmente não seria o suficiente para parar o Mesno, mas só o fato de causar uma baita dor nele, o reconfortava. Estalando a língua no céu da boca, o cascavel limpou os lábios, ainda sentindo o gosto de sangue transbordar em sua boca. Talvez na próxima devese achar um esconderijo para seu veneno que não machucasse tanto.

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