— O que diabos aconteceu?! — Um James nervoso assistiu a Lagusa tomar controle da outra carroça de repente, com Allister e Sonne se pendurando atrás. E... Aquilo no chão era o Capitão da milícia gritando?
— Não dá pra dizer daqui, mas parece que deu merda — Um Korle ainda muito lesado apontou. — É, eu acho que a gente vai mesmo morrer dessa vez.
E então o capitão caído parecia se levantar, mudando de cor mais uma vez, e agarrando algo que veio até sua mão como se fosse mágica.
James não precisou ver mais que isso, já corria em desespero, apressando-se a pôr o baixinho para dentro da carroça, e seguindo para a coordenadoria dos cavalos. Valerie também subiu, ficando ao lado do corpo apagado de Simon, e logo, o veículo recém-saído de uma perseguição, voltara a se mexer.
— Porcaria! — O médico exclamou. — O que deu errado dessa vez?
— A resposta tá vindo na nossa direção! — Korle replicou, se apoiando na beirada do respaldo traseiro enquanto avistava a carroça controlada pelo contrabandista tomar mesmo rumo que a deles.
A madeira fez um estalo, com as rodas do veículo se sacudindo e pedaços ameaçando cair, naquele momento se Valerie não tivesse segurado o baixinho, certamente este teria sido jogado para fora com tamanho salto que a carroça dera ao passar por um buraco.
Simon, rencostado, e com o pouco de consciência que ainda tinha, abriu os olhos com a gritaria, tendo vislumbre de uma situação frenética que não se lembrava de ter entrado. Korle dizia coisas sem nexo, sendo aparado por Valerie, que havia surgido sabe-se lá de onde, e eles estavam em movimento de novo, sendo que a perseguição já devia ter acabado...
No meio de tantas coisas atípicas acontecendo, se focou na figura ao longe que vinha correndo, abrindo a boca para reconhecer:
— O Cartan tá vermelho?
Os meninos ao seu lado rapidamente viraram a cabeça, e Simon pôde jurar que viu a pele de Valrie ficar uns três tons mais pálida.
— N-não pode ser... — O rapaz do Norte balbuciou.
— Ei, falando desse jeito parece que já viu isso acontecer antes. Isso é coisa ruim, não é?
Se virando desta vez para James com suor frio escorrendo por sua face, o adoslecente de olhos verdes tentou gritar: — A g-gente... O deserto!
— O quê?!
— Precisamos entrar no deserto de areia! Seguir em frente! Precisamos encontrar Geiro!
Lagusa chicoteava as rédeas em sua mão com um semblante sombrio em sua face. Seu ataque realmente não seria o suficiente para parar o Mesno, mas só o fato de causar uma baita dor nele, o reconfortava. Estalando a língua no céu da boca, o cascavel limpou os lábios, ainda sentindo o gosto de sangue transbordar em sua boca. Talvez na próxima devese achar um esconderijo para seu veneno que não machucasse tanto.
ESTÁ A LER
Polise
Fantasy"O céu começou a escurecer. O portão Sul estava aberto, o palco estava vazio, sem nenhum sinal de vida. O escuro tomou conta, as folhas das árvores começaram a chacoalhar com violência, não havia uma tocha acesa. O vento uivou quando a lua começou a...