Brasilia Amarela

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Chamas. Brilhantes e mortais, mas certamente não rápidas o suficiente. Lorena começara a rezar para os deuses nos quais ela nem sequer acreditava nesse momento. Mas acho que estamos indo rápido demais. Não se perguntam com Lorena Perroud, uma ocultista recruta da Ordo Realitas foi parar entre a vida e a morte?


Tudo começou horas antes, na base da Ordem. Um time de agentes havia sido convocado para uma missão até então não revelada, e o grupo ia chegando aos poucos. Diogo Montana foi o primeiro a chegar, e passou seu tempo de espera no arcade junto a Katarina Becker e Himiko, suas companheiras de equipe que chegaram logo em seguida.


Lorena Perroud, uma jovem baixinha e com lindos cabelos ruivos curtinhos, andava tranquilamente na rua em direção a base, enquanto buscava inspiração para terminar sua coleção se roupas. Preciso mostrar esses esboços para Diogo, pensou ela. 


Infelizmente, quando virou a esquina, percebeu que, também virando na esquina oposta, estava Guilherme Khali. Ele a alcançou na porta do bar e logo começou a enche-la com o mesmo papo das últimas 3 semanas: "Saia da ordem por causa disso" ou "É muito perigoso por causa daquilo", seria mais fácil para ambos se daqueles meses de treinamento para entrar na ordem não houvesse nascido uma amizade entre os dois.

Lorena apenas o ignorou, igual fez nas últimas 3 semanas entre a última missão, que por pouco não matou todos eles, e agora. A verdade é que esse time, que nem nome tinha ainda, parecia invencível. A moça caminhou até a parte de trás do bar em busca de café, e não achou nenhum. Que tipo de bar não tem café? Pensou em voz alta. E que tipo de bar deveria ter café? Perguntou Diogo lá do arcade com um tom brincalhão. Ela apenas revirou os olhos e abriu um sorriso.


Pouco tempo depois Maya, uma mulher alta e forte com cabelos avermelhados, apareceu na porta do bar e o time estava completo. Eles entraram pela geladeira e foram se encontrar com Vanessa, para que ela passasse os detalhes da missão. Lorena se pôs do lado de Diogo e começou a caminhar. Já na área subterrânea do quartel, Vanessa explicou que havia um gangue, as Serpentes do Mar, que era suspeita de estar envolvida com o paranormal. Os relatórios do C.H.R.I.S. apontaram que havia um artefato contrabandeado em um armazém no Porto de uma cidade litorânea chamada Santos.


— Essa não é a cidade daquele cantor lá do skate? — perguntou Diogo 

— O chorinho — respondeu Katarina 

— Tem aquela música "pelados em santos" — completou Maya


Em meio a toda essa empolgação haviam duas figuras que não compartilhavam da mesma alegria. Serpentes do Mar, esse nome desperta em Lorena memorias desagradáveis. Mas seria a mesma gangue de 2 anos atrás?


— Ei Lorena — Guilherme chamou ela de novo. Se viesse com o mesmo papo de antes, ela iria perder a cabeça — se você não vai sair, tudo bem. Mas eu já me envolvi com esses caras um tempo atrás, em uma missão. São perigosos, naquele dia nós perdemos 2 pessoas, e uma entrou em depressão clinica. Toma cuidado ta bem? 

— Ta bom. Você conhece essa gangue? Lembra de algo ou um símbolo deles?

Por mais que fosse uma pergunta estranha, guilherme confiava que Lorena sempre tinha suas razões. Ele lembrou de um símbolo, de uma serpente cercada por ondas do mar e descreveu para a ruiva, que ficou em um mórbido silencio.

Vingança de Anubis - Ordem Paranormal RPGTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang