-VINNIE HACKER.
Estar em uma situação como essa, era totalmente fora da minha realidade.
Achei que tinha criado para ser sozinho, afinal, foi sempre assim. Eu e eu.
Meu pai foi a pior pessoa que eu já conheci...Arrogante, rude, machista, fascista...Não sabia respeitar as leis da própria máfia e vivia como um demônio a solta pelas ruas.
Matou companheiros de trabalho como se fossem cascas de ovos.
Não me ensinou nada além de matar. Não me agradecia quando ia a alguma reunião ou missão no lugar dele. Era um pessoa desprezível.
Vi ele matando amigos dele na minha frente...Vi ele matar mulheres, crianças e animais. Sempre com uma frieza inimaginável. Era o próprio diabo.
Não vi minha mãe ir embora, mas senti a dor de ser abandonado. Senti a dor física de ser deixado de lado, de ser tratado com nada.
Por tempos, acreditei que amor e doçura não existisse. Pureza era mito, e qualquer opinião contrária a minha, era descartada quando vinha de alguém que recebeu tudo isso.
Bom...Eu acreditava nisso antes de tê-la em meus braços.
Moraria em seu abraço e me aconchegaria em seu cheiro, era só ela me dar liberdade para isso. O que para mim, parecia mentira...
Como alguém tão adorável, amaria alguém como eu? Frio.
Eu faria de tudo para ter o amor dela, mas iria no tempo que ela decidisse. Ela escolheria se me amaria ou não.
Eu aceitaria qualquer coisa vindo dela, apenas para tê-la por perto.
—Tem mesmo que ir?— Helena repetiu a frase, que me atingiu mais uma vez como uma facada.
—Quer ir comigo?— Questionei enquanto guardava minha roupas na pequena mochila que havia trazido.
—Óbvio que quero, mas não é disso que estou falando, estou falando da missão em si.— Os braços cruzados da garota a minha frente, demonstrava preocupação e ansiedade, o que me fez ficar um pouco surpreso. Alguém se preocupa comigo.
—Não se preocupe, não vou me jogar na frente de um tiro...Não mais.— Cheguei perto dela e segurei seus braços, acariciando a pela macia.
—Não mais, Vincent?— Ela sorriu e eu também.
—É...Não é como se eu me importasse em morrer.— Dei de ombros e ela negou com a cabeça.
—Eu me importo, então, volte vivo!— Falou e eu me aproximei dela, desfazendo os braços cruzados e abraçando ela por cima de seus ombros.
Ela retribuiu o abraço na mesma intensidade e apertou forte minha cintura, acariciou minhas costas e deixou um beijo em meu peito.
—Que boiola, ein?— Sussurrou e eu a soltei imediatamente, fechando a cara e a gargalhada da garota tomou conta do quarto.
—Idiota.— Falei voltando a minha bolsa e a colocando nas costas. —É bom parar de rir e começar a pegar suas coisas também!— Observei ela ainda gargalhando, e começando a pegar as coisas sem parar de rir. —Já acabou a graça Williams, para de rir.— Cruzei os braços tentando me manter sério e ela só assentiu tentando segurar a risada, mas foi em vão.
-HELENA WILLIAMS.
Se despedir da minha mãe foi doloroso e imaginar ter que encarar meu pai novamente, era ainda mais.
—Quero dormir.— Reclamei me sentando na poltrona do jatinho.
—Você quer dormir toda hora, não é de agora.— Hacker falou e eu o encarei, ele só sorriu se sentando ao meu lado.
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SEXY- V.H
FanficVincent Hacker e Robert Williams, dois donos de gangues diferentes, decidem se tornarem aliados, mas Hacker não imaginava as estratégias que Robert usava. Helena aparecer em sua vida não estava nos planos, mas as coisas se intensificaram quando foi...
