Rainbow in You Heart (Dio X Ozzy)

Capítulo IV:

Osbourne encontrava-se sem graça e bravo perto de Dio depois do episódio do camarim, Ronald não teve mais coragem de interagir com o colega. Somente se viam em palco e em áreas comuns do hotel, mas desta vez seria diferente, a banda toda sairia para jantar, aproveitariam que estariam no último destino da turnê.

Geezer, o baixista, e Toni, o guitarrista, já sabiam sobre o que houve no camarim com Ronald e John, mas o resto dos conhecidos deles não tinha conhecimento sobre o episódio. Encarar esse jantar juntos seria difícil.

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Eram seis e quarenta e cinco, Ronnie estava nervoso o suficiente para estar suando, o jantar estava marcado para sete horas e ele ainda estava no banheiro fazendo sua higiene bucal, já havia saído do banho e secado seus cabelos.

Dio demorou mais quinze minutos para estar pronto, queria parecer bom e impecável. Saiu do hotel e caminhou um pouco até poder pedir um táxi, entrou e indicou o caminho.

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- Porra, Toni! Quando nos chamou para jantar, eu não imaginei que fosse em uma boate. - O baterista, Bill, reclamou irritado com o guitarrista quando o grupo todo se encontrou na porta.

- Eu achei até que uma boa ideia. - O baixista falou.

- Até trouxe uns negocinhos para mim, imaginei que fosse rolar algo assim. - Osbourne disse.

- Eu só os trouxe aqui porque pensei que gostariam da ideia. - Disse Anthony.

Neste mesmo momento Ronald chegou dentro de um táxi, pagou o motorista e rapidamente saiu, se encontrou logo com os companheiros de banda e abraçou cada um, menos Ozzy, que ele decidiu cumprimentar com um aperto de mãos e um sorriso seco.

- Já que estamos os cinco aqui, por que não entramos logo? - John sugeriu sem muita animação, mas tentando demonstrar alguma.

Na realidade, John estava nervoso e desconfortável perto de Ronald, ele não gostava de pensar na maneira que olhava o garoto, possuía medo de assumir que havia gostado do oral que havia recebido de Dio. Ozzy não era homossexual, e nunca seria, não que ele não gostasse deles, ele apoiava, mas não queria ser parte, por isto escondia seus sentimentos por Ronnie, era algo confuso.

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- Essa música é boa! - Iommi Exclamou, estava claramente bêbado, o barulho no luagar era alto, a música tocada ao vivo não podia nem ser escutada com clareza.

- Verdade! - Butler concordou pegando mais uma das batatas palitos que estavam no cesto ao centro da mesa.

- Eu não acho isso tudo. - Ward disse enquanto bebia mais de seu uísque, contrariando os amigos.

- Acho que vou dar um pulinho no terraço para dar uma fumada e ver a vista. - Dio falou alto, fazendo os quatro amigos que ele acompanhava escutarem e entenderem a fala do mais velho.

Ronnie não estava se sentindo muito bem naquela mesa, Ozzy estava ali. Estar perto de Osbourne ainda era difícil para ele, tentar controlar seus sentimentos e se manter calmo eram grandes desafios. O norte-americano se esforçou para subir as escadas até o terraço do local.

Ao chegar ao topo, notou que o local estava vazio, a brisa fria e leve ventilava, ele pôde ver algumas casas e prédios, também carros transitando pela rua. Acendeu um cigarro com seu isqueiro e começou a fumar, tragando e depois assoprando a fumaça no ar.

Ronald fumou cerca de cinco cigarros até escutar passos confusos e pesados, provavelmente vindo de botas pesadas de couro, estavam violentamente pisando o piso metálico da escada, alguém estava se aproximando.

- Ei, cara! - Ron pôde escutar uma voz rouca e masculina, era Ozzy! O mais velho ficou arrepiado e nervoso. - Me dê um cigarro também! - O loiro pediu, dando continuidade a sua fala, estava parcialmente tomado pelo torpor do álcool.

- Claro, Osbourne. - Dio pegou seu isqueiro e um cigarro e tratou de entregar na mão do colega, que logo acendeu e deixou o isqueiro em cima da grade protetora instalada no local.

Os dois homens passaram um tempo fumando em silêncio, Ozzy sorria.

- Ei, a lua está linda, olhe, Ronald! - John apontou para a lua, estava brilhante e cercada por algumas nuvens.

- Está mesmo. - O outro concordou, soprando mais fumaça no ar.

- O céu estava bonito hoje mais cedo, você viu? - Osbourne disse animado.

- Vi, estava mesmo.

Os dois passaram algum tempo conversando sobre céu, estrelas, sol e lua até o mais novo sugerir outro assunto.

- Ronnie, se lembra daquele dia? - Ozzy falou nervoso e inquieto.

- Qual? - Indagou o mais velho.

- O do camarim. Você não precisa ter vergonha. Aliás, aquilo foi ótimo. - O inglês disse pausadamente, eram as palavras que Dio precisava ouvir.

- Ótimo!? - Ron Exclamou em dúvida.

- Bom, é... Não desta forma. - Osbourne escondeu seu rosto enquanto falava. - Na verdade, desta forma mesmo. - Completou envergonhado com o rosto escondido.

- Isso quer dizer que você... Gostou? - O estadunidense perguntou envergonhado.

- Sim, Ronald, confesso que gostei. Eu tenho estado completamente caído por você ultimamente, obcecado. Você é tão doce e bonito. - O inglês disse enquanto deixava seu medo de lado.

- Mas Ozzy, você tem uma esposa e várias groupies para você, pode ter quem quiser, por que quer me ter? - Dio andou para trás quando Ozzy se aproximou para o abraçar.

- Porque nenhuma delas é tão atenciosa e bonita como você, Ronald, nenhuma faz um oral tão bom e beija tão bem. Nenhuma delas tem o que você tem. - O mais novo respondeu.

- Isto não está certo, Ozzy! Não pode ser real, não está certo! - O mais velho protestou.

- Você está dizendo-me que meus sentimentos não estão certos, Ronald? Isso é cruel! - Exclamou John.

- Não, Ozzy, eu também tenho sentimentos por você, mas você pode ter qualquer um, não precisa de mim. - Ronnie começou a chorar levemente, algumas lágrimas escorriam por suas bochechas, cobriu o rosto.

- Não fale assim, eu quero só você, desde que te conheci as coisas viraram de ponta-cabeca para mim. - Osbourne abraçou o colega que estava fragilizado, o acolhendo em seus braços e dando conforto.

- Você realmente me quer? - Dio sussurrou no ouvido de John.

- É claro. - John respondeu baixo.

Os dois ficaram abraçados enquanto balançavam suavemente de um lado para o outro, escutando um pouco da música que era tocada no pavimento inferior.