Cap. 7

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Caroline nunca tinha pensado em como era ficar muito tempo com seu amigo, geralmente era sempre no trabalho ou nas investigações (que foram muitas), até lembrou dos tempos de faculdade quando eles se conheceram. Carol fazia Psicologia e Mike marketing o que em si é completamente diferente do que ele trabalha atualmente. Agora estavam ali sentados no sofá, já que Victor havia finalmente dormido e a cacheada o colocou em seu quarto.
— Não sei se quer falar sobre isso agora, mas eu sinto que esse caso pode mexer muito com você.- Mike falou, olhando a amiga que retribuía o olhar, mas com uma expressão meio séria.
— Eu acho que já tá' mexendo comigo- Disse meio cabisbaixa— Nunca contei pra ninguém mas eu e o Kai meio que já namoramos.
— Como assim?
— Calma Mike, deixa eu te explicar, tá bom?
O rapaz assentiu, ainda surpreso com a revelação.
— Acho que deveria ter pelo menos uns 15 ou 16 anos, quando o conheci. Lembro que pra mim ele era o garoto mais bonito.
{Flashback on - Carol POV}
Eu estava no meu terceiro dia de aula, quando ouvi alguns cochichos de algumas garotas brancas, elas sempre caçoavam de mim por estar estudando numa escola particular. Mesmo que meus pais tivessem muito dinheiro e condições pra pagar, parecia que nunca era o suficiente para que o bullying e o racismo parar. Um dia aquilo tomou conta de mim e eu simplesmente comecei a ter uma crise no meio do pátio, não conseguia respirar, era como se eu estivesse morrendo ou sei lá, na época não sabia que tinha transtornos do pânico, até que um garoto me viu ali no canto sentada e em desespero. Ele era o único que parecia preocupado comigo, se abaixou e olhou diretamente no meu rosto.
— O que está acontecendo? Aquelas pessoas estão incomodando você?- Aquele olhar apreensivo e empático me chamou atenção. Apenas assenti porque não conseguia formular palavras.
— Tenta respirar, tá bom, comigo.- O garoto disse ainda me olhando, mas os olhares das pessoas não ajudavam muito— O QUE ESTÃO FAZENDO AQUI AINDA? SAIAM!- Ele gritou com os alunos que se assustaram com a voz impotente dele e saíram correndo dali, mas o rosto dele se suavizou.— Agora olha pra mim, tá bom? Que.. cor é a minha camisa?
— É... é preta- Respondo, com a respiração descompassada ainda.
— Tá bom, hmmm.. que cor é o meu cabelo?
— Cara..melo?
Ele soltou uma risada fofa.
— Tipo isso, agora me diz o que você vê.
— Eu.. vejo você, e as paredes e..- Olho pra cima.— O céu.
— É isso aí!
Comecei a me acalmar aos poucos. Quando estava mais calma, como um agradecimento o abracei rápido.
— Ah, desculpa! Eu..- Disse mas fui interrompida por outro abraço.
— Tá tudo bem!- Ele se afastou um pouquinho.— Me chamo Kai e você?
— Caroline
{Flashback off}
— Depois disso nós viramos bons amigos até que começamos nos envolver mas de repente tudo mudou- Ela falou desviando o olhar.
— Se não quiser contar, tudo bem, eu te entendo- Mike abraçou a amiga, de modo que a cabeça dela ficasse encostada em seu peito.
— Obrigada Mike, muito obrigada.
[Kai's House]
Estavam todos muito felizes com a volta de Nora, inclusive a notícia que ele era tio o deixou radiante, até demais, então como uma forma de receber sua irmã de volta, Kai teve uma "brilhante ideia".
— Onde vão?- Samuel pergunta olhando os irmãos.
— Apenas nos divertir um pouco- Anderson puxou Nora para fora de casa, sem antes de pegar uma faca e uma arma e deu a arma à loira.
— O que vamos fazer Kai?
— Você vai ver- Disse e começou a andar na frente e a mulher vai atrás, até que chegaram à um pub, onde viram um homem bêbado saindo, seria a chance perfeita. O homem foi em direção ao rapaz embriagado e colocou a mão no peito dele.
— Será que eu poderia te levar pra casa? Fica aqui perto.
— Eu não quero ir pra casa- Ele estava quase caindo de bêbado— Você é gatinho.
— Muito obrigado- Kai disse dando um beijo no pescoço do outro. E começou a conduzi-lo até um beco perto, chamando Nora com o olhar. A garota o seguiu, segurando aquela arma na mão, sem entender nada.
O de cabelos azuis começou o seu plano, começando a despir o rapaz embriagado, dando beijos quentes nele, até que simplesmente enfia a faca no pescoço dele, fazendo o sangue espirrar no rosto dele.
— Atira Nora.
— Mas Kai..
— ATIRA PORRA!
A mulher mira na cabeça da vítima e atira, sorte que a arma tinha silenciador. Kai deixa o corpo no chão e olha a irmã, que estava assustada.
— Agora não tem mais volta- Pegou na mão dela e saíram correndo.

Psyco - Kai AndersonWhere stories live. Discover now