𝕺 𝖋𝖎𝖔 𝖖𝖚𝖊 𝖓ã𝖔 𝖘𝖊 𝖗𝖔𝖒𝖕𝖊 - 𝖕𝖆𝖗𝖙𝖊 2

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꧁༺քʀóʟօɢօ༻꧂

Sião - 1782


                       " As telas do rei são estratégias?" — O pensamento de Hook tentavam se adaptar a nova realidade.   

                         O homem à sua frente era nada mais nada menos que o Falcão Negro. Todos conheciam sua existência, mas não imaginavam sua face. Até que fosse uma amante do rei já tinham ventilado. Nunca um artista! Um jovem e famoso artista que circulava livremente entre os reinos.

                         Piongchantaron leu o recado e o  reescreveu em mandarim.

                         Rak sorriu.

                         —      Se eu soubesse que conhecia o idioma teria escrito direto. Seria mais seguro circular por aí com algo em uma língua que os comuns desconhecem.

                         —        Com o afastamento do outro mensageiro, eu virei buscar os quadros do monarca.

                          —       Trarei as mensagens em mandarim, senhor.

                         Piongchantaron se sentiu desconfortável. Ficariam pouco juntos em uma próxima vez... 

                        Seu pensamento foi quebrado pelo jovem.

                       —       Vamos pintar um quadro seu. Assim, sua presença será justificada.      —      Olhe a prévia que tenho.

                      Era seu rosto. O mesmo que ele tinha entre oito e dez anos atrás. O general ficou intrigado.

                     —       Como chegou a esse resultado, senhor Fiat?

                      —       Rak, general. Por favor. Não sei exatamente como cheguei a esse rosto. Se eu disser que o vi quando o toquei, o senhor entenderia?

                     —      Não. Mas é como meu rosto era, antes das guerras...

                    —       Quando não estou em sua frente, é assim que o vejo, senhor.

                    O que Rak não contou é que esse rosto o persegue em sonhos muito antes do encontro deles. Ao tocá-lo, ele soube que o havia encontrado. E que o perderia de novo por mil anos e mais.

                    Dizem que um fio vermelho...

                    As visitas ao escritório do artista, com e sem a presença do assistente, eram frequentes.  Aquele lugar era o lugar especial de Rak.  Aquela visita, sua alegria.  E um dia ele soube que era a alegria do visitante também.

                   Nesse diam eles estavam sentados, bebericando um vinho, quando seus olhos se encontraram mais uma vez sem máscaras. E Rak suspirou desolado. Aquele homem já fazia parte de seu sangue.    Era melhor se afastar. " "Não somos iguais."     —    pensava o jovem.

                  O outro sussurrou a mesma frase, inconsciente do pensamento alheio. Rak não resistiu e perguntou:

                   —      Por que, não somos iguais,  senhor   Piongchantaron?

                 O general retesou. Eles eram agentes do rei. Se ele falasse algo que o outro não concordasse, seu segredo se tornaria público.

O Fruto Proibido 3    #ChanRakOnde as histórias ganham vida. Descobre agora