🐫 Capitulo 08 🐫

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— Amiga, você vai amar essa boate. Ela foi inaugurada agora, e só quem a frequenta é a elite carioca.

— Por isso você me arrumou esse vestido chique? Para não passar vergonha comigo?

A família da Laura tem boas condições financeiras. Sua mãe é dona de uma butique chiquérrima de roupas. Imagino que esse vestido é de lá e que nem o meu salário do mês daria para comprar uma peça tão linda como essa. A mãe dela é um pouco esnobe com quem é da classe inferior, mas ela puxou ao pai, que é um homem culto e educado que não liga para status ou bens materiais. Minha amiga sabe da nossa dificuldade financeira e até tenta ajudar como pode, mas eu não quero a meter em nossos problemas.

— Claro que não, Layla. Foi só um presente. Você quase não sai, nem se arruma, mesmo sendo uma mulher linda. Desse jeito, você me ofende. — Notei seu tom magoado.

— Desculpa, amiga! Eu que sou uma ingrata. — Abraço-a.

— Tudo bem. Agora, vamos! A noite é nossa. — falou toda animada.

Entramos no seu carro, um lindo sedã branco. O percurso não dura muito e logo chegamos à tal boate. Quase caio para trás quando vejo a magnitude do lugar. Com certeza, se Laura não tivesse arrumado as entradas, eu nunca teria dinheiro para entrar nesse clube. Acho que não vou conseguir comprar nem um copo d’água lá dentro. O lugar exala poder e ostentação.

Na entrada, já não tinha quase ninguém, apenas alguns seguranças espalhados pelo recinto, assegurando o local. Mas em compensação, o ambiente está lotado do lado de dentro. Há várias pessoas dançando na pista exclusiva para a dança e outras nos andares de cima, no camarote. É onde consigo observar muitas delas se esfregando umas nas outras, parecendo que estão fazendo sexo. Será que fariam isso em público? Fico chocada com tamanha ousadia.

Músicas altas ressoam, preenchendo o recinto, desde um pop até um funk de Anitta.

— Vamos, amiga! Gingue esses quadris! Eu sei que você sabe fazer isso bem. — Puxa-me para a pista de dança.

No início, fico meio travada. Por mais que eu ame dançar, não gosto de aglomeração de pessoas.

— Amiga, eu estou te notando meio dura. Vamos! Pode se soltar mais. — Leva-me em direção ao balcão de bebidas. — Vem! Não se preocupe! Eu pago.

— Mas eu não quero beber. Sabe que não sou acostumada com bebidas alcoólicas.

— Não se preocupe! Uma dose não pode fazer mal. Tem um coquetel que é uma delícia. — Faz os pedidos para o barman.

O coquetel vem em uma linda mistura de cores. É uma delícia. Tem gostinho de leite condensado e morango. Tomo rápido demais.

— Calma, Layla! Apesar de ser saboroso, é alcoólico.

— Eu estou bem. — afirmei já sentindo o meu corpo relaxar.

— Nossa! Olhe aqueles gatinhos do outro lado nos encarando! Que delícia! O meu é o moreno. — Pisca para eles.

Olho na direção deles e posso ver dois homens: um moreno e um loiro. O moreno chega primeiro na Laura e fala alguma coisa em seu ouvido. Ela ri manhosa. Conheço esse sorriso. Já vi que vou segurar vela.

— Amiga, eu vou dançar um pouquinho. Fica aqui! Tá? Não sai! Volto daqui a pouco. — avisou.

— Ah! Claro. — Até parece que eu tenho outra alternativa.

Logo vejo ela se agarrando com o cara, aos beijos, no meio da pista de dança. Peço outro coquetel ao barman enquanto a espero.

O rapaz loiro que estava com o moreno se aproxima de mim.

Sob O Domínio do sheik Where stories live. Discover now