Rainha Vermelha

Capítulo Um

°• Sansa pov •°

Nas escadas do Septon de Baelor, Joffrey falava alto para que toda a multidão pudesse ouvi-lo. Suas palavras eram doces sobre como eu, sua adorável noiva, implorei pela vida de meu pai traidor e como ele ficou comovido pelas minhas palavras junto com as de sua mãe. Então ele disse a frase que fez meu coração parar de bater.

Joffrey - Mas o coração das mulheres são fracos, enquanto for rei não deixarei a traição sair impune, Sor Ilyn, traga-me a cabeça do traidor! - A multidão gritava em êxtase

Começei a gritar e a implorar pela vida de meu pai, o homem que me criou com todo o amor do mundo olhou para mim por um breve momento antes de mudar seu olhar para os pés da grande estátua, eu esperneava enquanto os guardas me seguravam. A rainha Cersei tentava fazer o filho mudar de ideia mas ele não se deixou ser convencido.

O homem levantou a espada - Que reconheci ser Gelo, a espada encestral de minha família - Antes que a lâmina entrasse em contato com o pescoço de meu pai um grito de guerra é escutado na multidão. Mesmo com os olhos embaçados pelas lágrimas vi homens - Aliados de meu pai provavelmente - correrem em nossa direção.

Os guardas pareciam confusos e assustados demais para tentar reagir de forma adequada, o grupo de rebeldes pegou meu pai e a espada ancestral das mãos do manto branco - Que caiu com o chute que recebeu - E saíram em disparada tentando fugir o mais rápido possível.

Nedd - Esperem! Minha filha, ARYA! - Ao ouvir o nome de minha irmã é os olhares desesperados que o protetor do norte lançaram em direção a estátua consegui ver uma coisinha, que reconheci como minha irmã mais nova

Eles conseguiram alcançar Arya no meio do tumulto e o grupo conseguiu fugir enquanto gritavam "O NORTE SE LEMBRA!" . Sim, se o Norte se lembra por que não me levaram? No fundo sei que provavelmente é porque eu estou muito perto do rei e da maioria dos guardas, mas a sensação de abandono dói.

Fui arrastada pelos guardas para um "lugar seguro" longe da multidão assustada, Joffrey era defendido junto de sua mãe dos cidadãos loucos que tentavam alcançá-los. Quando conseguimos entrar dentro da Fortaleza Vermelha o jovem rei de cabelos dourados parecia furioso por ter sua "demonstração de força" interrompida.

Cersei estava pálida de horror com a burrice de seu filho primogênito, ela se apoiava nas paredes firmes tentando recuperar a compostura. Quando finalmente se recuperou do ocorrido ela olhou para mim e com um sorriso duro mandou que me mandassem de volta aos meus aposentos na Torre da Mão.

Quando fui deixada em meus aposentos comecei a chorar de forma desamparada, tanto de alívio pelo meu pai não ter sido executado quanto de medo por mim mesma, agora eu estou sozinha na capital. O que eles fariam com ela agora? Joffrey não é o cavalheiro que demonstrava ser, o que ele faria com ela?

Entre lágrimas e soluços eu encontrei consolo no sono, quando acordei Cersei estava em meu quarto com empregadas ao seu lado, com um sorriso predatório a mulher de olhos felinos verdes tirou as minhas cobertas de forma rude e cruel. Rapidamente as servas que a acompanhavam me vestiram e pentearam meus cabelos vermelho Tully.

Cersei - Pombinha querida, é hora de se levantar. O rei quer sua presença no tribunal de hoje, então devemos ir rapidamente. - Seu sorriso não transmitia nenhum calor ou emoção

Enquanto andávamos podia ver os rostos tensos dos servos e guardas, isso é um mal sinal. Ao abrir as gtandes portas da sala do trono pude ver Joffrey imponente sentado no Trono de Ferro com suas roupas nos tons da Casa Lannister. Seu sorriso era cruel e demonstrava sadismo em ver todas aquelas pessoas com olhares medrosos.

Joffrey - Minha querida noiva! Como tem estado? Feliz pelos seu pai traidor ter fugido impune? - Agora que me aproximei vi que ele tinha uma espada em mãos

Me ajoelhei na sua frente e fiz minha melhor cara para tentar apaziguar o ódio que crescia em seu interior, me rastreio um pouco e tentei conter minhas lágrimas.

Sansa - Sua Graça, me entristece que o homem que tentou fazer mal ao senhor tenha saído impune. O traidor manchou o nome Stark e meu sangue com sua falta de caráter. - Minha resposta pareceu ter agradá-lo assim como todos na corte

Joffrey - Minha pobre noiva... Levante-se doce e amável Sanya, eu não a culpo pela traição de seu pai. - Um apelido... Deveria ficar feliz com isso? - Meu amor por você é grande, por isso fico feliz em te dizer que nosso casamento acontecerá assim que você sangrar.

Casamento... Nosso noivado ainda estava de pé mesmo depois de tudo? Eu nem sei se ainda o amo depois dele ter tentado matar o papai. Mas que escolha eu tenho nesse momento? Ser a rainha dos Sete reinos sempre me agradou, agora eu só tenho que abraçar a chance que foi dada.

Sansa - Sua Majestade... Você me honra com tamanha bondade, meu poderoso leão é tão bom para mim. - Novamente dei a resposta certa, ela me ajudou a me levantar e beijou minha mão de forma suave

Depois que o tribunal acabou pude me retirar. Enquanto andava escutei dois servos falando que meu irmão chamou os estandartes para recuperar meu pai, mas agora que ele está a salvo junto da filha mais nova ele agora luta pela independência do Norte.

Se passaram meses desde que meu pai fugiu e me deixou para trás, as batalhas vêm acontecendo e sempre que meu irmão vence sou espancada na frente da corte. Stannis e Renly se declararam reis dos Sete Reinos e os Greyjoys querem a independência das Ilhas de Ferro.

A Guerra dos Cinco Reis está progredindo rapidamente, Joffrey exigiu minha presença no tribunal de hoje, não escutei nenhuma notícia de meu irmão depois da captura do regicida... Quando entro sou instruída a ficar ao lado dele um pouco abaixo de sua mãe.

Joffrey - Fico feliz em anunciar que o idiota das Ilhas de Ferro, Eron Greyjoy, está morto! - Todos os nobres parabenizaram o pequeno rei - Não só isso, seu irmão também se foi e as Ilhas de Ferro são nossas!

Em pouco tempo, um dos cinco reis está morto e enterrado. Volto para meus aposentos e tento tirar um cochilo, mas o Cão de Caça bate em minha porta e diz que Joffrey quer me ver, me levanto e caminho com ele em silêncio até os jardins.

Sansa - Sua Graça, seu escudeiro disse que o senhor queria me ver - Faço uma reverência enquanto mostro minha melhor cara de apaixonada

Joffrey - Sim, sim. Eu lhe trago grandes notícias minha querida, seu amado pai mandou uma carta para mim - Ele joga a carta para mim e antes que pudesse começar a ler ele me para - Leia em voz alta

Os outros nobres presentes - Incluindo o pequeno concelho - pareciam nervosos e curiosos com o que tinha na carta.

" Joffrey Waters

Venho aqui por meio dessa carta fazer minhas exigências para que essa guerra chegue ao fim de uma forma pacífica. Quero de volta os corpos de todos os que vieram comigo e do professor de dança de Braavos, não só isso, queremos também que o Norte seja reconhecido como um reino independente.

Nós não nos envolveremos na briga pela sucessão do Trono de Ferro, porém deixamos claro que preferimos um verdadeiro Baratheon sentado no trono e governando os Seis Reinos. Caso nossas exigências não sejam atendidas a guerra irá continuar e apoiaremos Stannis Baratheon.

Rei do Norte, Eddard Stark "

Quando terminei de ler a carta um silêncio mortal se instalou no jardim, todos me olhavam e pareciam se fazer a mesma pergunta que eu: E quanto a mim? Não há nenhuma menção sobre me devolverem ao Norte nessa carta, é o selo e a escrita de meu pai, posso não ser a filha preferida mas ainda tenho seu sangue.

Joffrey começou a rir e tomou a carta da minha mão e mostrando para todos, ele então olhou para mim e apontou para o meu vestido.

Joffrey - Parabéns querida noiva, você agora é uma mulher - Olho para baixo e vejo que está manchado de sangue.

Eu já posso me casar com Joffrey e lhe dar herdeiros. Sou tirada às pressas do lugar enquanto escuto meu noivo falar " Fique feliz Sanya, iremos nos casar em breve! ".

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eu irei mudar vários eventos então não estranhem