epílogo. here comes the sun

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De volta para a cozinha, ele notou que não havia nem sinal de cafeteira ligada ou de xícaras dispostas na mesa redonda com a toalha de girassóis.

Jeongguk suspirou feliz, seu ambiente sagrado estava intacto. Apesar de simples, era lá onde ele criava suas receitas, dando pequenos pedaços na boca de Taehyung que, desde então, havia se tornado seu principal crítico gastronômico.

A vida era boa.

Ele finalmente reabriu seu restaurante, mas com outra proposta dessa vez: comida simples e bem feita, com um toque francês, claro, porém com um preço acessível e tempero popular. As pessoas gostavam, faziam fila do lado de fora para conseguirem lugar. Jeongguk também contratou um barista sensacional, que fazia os melhores cafés e drinks do mundo. Ele se chamava Hoseok e, de vez em quando, mimava Taehyung até demais.

Seus pais também amavam Taehyung.

Como não amariam?

Era Taehyung em uma roupa fofa, com as bochechas vermelhas, sendo simplesmente o ser mais adorável do planeta Terra.

Era seu namorado.

Finalmente seu namorado.

A aliança que Taehyung escolheu, na verdade, era um colar em formato de sol e lua. Jeongguk estampava seu sol no peito com orgulho e felicidade, porque era uma forma de manter Taehyung com ele, do lado do coração que, completamente e verdadeiramente, o pertencia. Jeongguk o amava tanto que beirava a insanidade. Casaria com ele, adotaria crianças, o que Taehyung quisesse, e no tempo certo.

Caminhou pelo apartamento e entrou no quarto deles, vendo a cama arrumada, mas cheia do restante das roupas que Taehyung tirou do corpo. O chuveiro, no entanto, havia acabado de ser desligado. A água que caía parou de ressoar e Taehyung saiu de lá se secando, todo lindo.

Deslumbrante.

O vapor da água quente saiu logo atrás dele e Jeongguk notou, pelo chão não estar encharcado, que Taehyung não usou a banheira.

Eles tinham boas memórias dentro dela também, enquanto se amavam em pouco espaço, cheios de espuma e molhando todo o piso no processo. O corpo molhado de Taehyung era a parte favorita de Jeongguk de se estar vivo. Taehyung nunca deixou de fazer seu coração disparar, mesmo depois de tanto tempo.

Jeongguk tirou o casaco e o abraçou, mesmo molhado, mesmo pingando, porque, céus, era Taehyung, era seu lar e tudo que ele mais amava.

— Oi, lindo.

Taehyung sorriu. Jeongguk o abraçou pelas costas, deixou que a toalha caísse sobre seus pés, o puxou para perto, apertando a pele e permitindo que a água de Taehyung molhasse sua camisa de linho.

— Oi, amor — Taehyung respondeu, abraçando Jeongguk também.

Amor.

Jeongguk beijou as gotas de água que acumularam no pescoço de Taehyung em adoração. E, ainda com a boca nele, completou. — Você 'tá muito gostoso, sempre gostoso.

O cheiro do sabonete inundava seu olfato e as curvas suaves de Taehyung faziam maravilhas com a sua mente.

— E você é sempre bobo. — Taehyung sussurrou, perdido com os beijos e com o toque agressivo de Jeongguk em sua bunda, a apertando.

— Como foi a aula? — Jeongguk perguntou, sem nunca deixar de tocá-lo.

Taehyung agora cursava artes na faculdade de Seul. Sexto semestre, e ele era brilhante.

— Boa — respondeu. — Mas fiquei com saudades. Saiu mais cedo do restaurante?

Jeongguk se afastou um pouco, olhou dentro dos olhos de Taehyung e o beijou na ponta do nariz antes de prosseguir.

— Estou tentando delegar.

Taehyung lhe deu esse conselho, quando o trabalho com o restaurante começou a ficar turbulento e estressante demais. Jeongguk relutou em aceitar, porque ele não era o tipo de homem que realmente aceitava ajuda. Mas, por Taehyung, ele faria isso, para ter mais tempo de qualidade e saúde com ele.

Taehyung beijou Jeongguk no rosto e sorriu.

— Meu bom menino.

Jeongguk sorriu e o beijou rapidamente nos lábios.

— Sim?

Taehyung soltou uma risadinha gostosa.

— Uhum.

— Então me dá um beijinho. — Jeongguk fez um biquinho com os lábios e Taehyung rapidamente soube, pelo olhar faminto em seu rosto, que Jeongguk queria bem mais que isso.

Mas Taehyung tinha trabalho hoje e metas a cumprir.

— Ei, não, senhor! — Taehyung riu, tentando se desvencilhar. — Eu preciso terminar meu projeto e você sabe!

Jeongguk suspirou, insatisfeito, mas conformado. Assim como Taehyung o apoiava, ele faria o mesmo.

— Certo, certo.

— Vou colocar roupa. — Taehyung puxou Jeongguk pelo pescoço e lhe deu um selinho longo e demorado. Jeongguk o seguiu com a cabeça, quase cedendo a vontade de agarrá-lo, mas se segurou, fechou os olhos e contou até três.

Taehyung seria sua morte.

— Quer um drink? — perguntou, sabendo que Taehyung gostava de drinks antes de pintar.

Taehyung assentiu enquanto terminava de pôr a camisa.

— Um-

— Cosmic Child, eu sei — Jeongguk acertadamente apontou.

Taehyung sorriu, seus olhos brilhantes formando a visão que Jeongguk queria observar dali em diante, até o fim de seus dias.

— Eu te amo pra sempre — foi o que conseguiu dizer.

— Eu te amo pra sempre — e foi o que Jeongguk conseguiu responder.

.

Meu amor, eu sinto que o gelo está lentamente derretendo e parece que faz anos desde que esteve claro.

Lá vem o sol, e eu digo, está tudo bem.

☀ FIM ☀

You Are A Cosmic Child | taekookحيث تعيش القصص. اكتشف الآن