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capítulo 1

Virei a página do  livro, faltava pouco para acabar mais meus olhos doia. Suspirei apertando  meus olhos  com força, e bebi um gole do meu chá.

Entre os meus devaneios pousei os olhos nela. Ela estava como todos os dias sentada no mesmo lugar,lendo o mesmo  livro ,vestida com o mesmo detalhe de vestido, porém com a cor diferente , e bebia sempre a mesma  coisa. sua expressão era agradável.  Quando sentia algo engraçado ela sorria , mais não um sorriso como os outros. Esse era diferente. Era bobo. Inocente.  Quando si concentrava  demais ,acabava por esquecer algo na messa e sair correndo. O qual eu sempre  entregava para a mulher da livraria.

Alguém bateu no vidro chamando a atenção dela e mais de algumas pessoas ,que olharam feio na direção do vidro. Era um cara,ele ascenou para ela sorrindo. Seria o namorado dela? Min pergunto,já que sempre quem a vem pegar é uma mulher loira bonita.

Quando voltei os olhos para o vidro o cara mim encarava. Abaixei a cabeça quebrando o contato entre nós. Quando ela passou ,sentir o seu perfume  de lirio entrando por minhas narinas e o sininho  da porta tocou alertando que alguém tinha saído.

Eu sabia que ficar observando ela de segunda a sextas, reparando em tudo que ela fazia ,ou vendo detalhes ,não era normal. Mais eu não Conseguia parar. Na minha rotina monótona e cansativa, esse era um dos momentos em que não pensava nos problemas.

___ vai ficar até mais tarde Martin? ___ senhora Ellen pergunta.

___não, senhora Ellen !

Ela balança a cabeça concordando  e sai. Seria um convite para eu ir embora ," saia logo que quero  fechar, você é o único aqui ainda ,todos já foram embora " sua  cara demonstrava  exatamente assim.

Min levanto e vou em sua direção.  Como bem pensado seus olhos focam em min com alegria imensa.

___ obrigado pelo chá senhora Ellen___ digo colocando a xícara em sua frente. Ela assente. Pego minhas coisas e deixo o local . Caminho em direção ao ponto de ônibus fazendo o mesmo caminho.

___estar nevando!___ uma garota fala rindo. Finjo não ouvi-la___ você não estar com frio? O que você  estar ouvindo?___ a garota pega um dos meus  fones colocando o mesmo no ouvido. Paraliso.  Olho para ela ,ela min encara irritada e solta ele com força si afastando .

Suspiro fundo  a ignorando.  É isso que acontece, por isso sempre ando com fones fingindo ouvir música.O ônibus chega e  eu min levanto. A viagem pra  casa é longa ,minha mente vaga nas imagem de prédios passando pela janela rapidamente enquanto o frio bate no meu rosto. Mais não sinto frio.

___ ho! Você chegou,a sua vó está deitada ,fiz uma sopa de beterraba para você comer,você estar  muito  magro garoto.

Ela da alguns tapinhas em minha costa, mais para quando eu a olho.

___obrigado pelo seu trabalho!___ coloco a mão no bolso e tiro algumas notas  de  100, seus olhos brilham e um sorriso amarelo explode em seu rosto envelhecido . Dinheiro. Dinheiro compra tudo. Um dos fatores  que destrói esse mundo é a ganância.

Tranco a porta quando  ela vai embora. Talvez  eu estivesse exagerando ,talvez não seria ganância da parte dela, talvez  a alegria fosse por motivos familiares.

___martin!

Uma voz fraca chamou meu nome min tirando  de meus pensamentos. Andei rápido para o quarto e ela estava encostada no batente da cama. Sua pele  era pálida e já  por grande  sofrimento acabada e engiada,seu cabelo era um branco prateado e seus olhos já não abriam mais .

Min ajoelhei ao lado da cama pegando em suas mãos frias. 

___oi vó! Estar desconfortável nessa posição?___ela fez que não com a cabeça. Embrulhei mais seu  corpo.

___ estar sem agasalho nesse frio? Venha deixe-me pegar no seu rosto.

Min afasto de leve,abaixo minha cabeça mordendo os lábios inferiores. Forço um sorriso.

___ como a senhora  sabe que sair sem jaqueta?___ dei um riso falso___tirei quando entrei em casa vó ,portanto não si preocupe! Durma um pouco___ apertei suas mãos as colocando em cima da cama e as cobrir com o edredom.

Ela abriu e fechou a boca ,casando força para continuar a conversar, mais o remédio a venceu. Sento na cadeira ao lado a observando dormir.