Medo

1.2K 246 18
                                    

Nathan

Passo a mão pelos cabelos molhados de água do mar e vou contando os meninos enquanto eles entram correndo nos corredores. Kiara vai dando ordens para eles enquanto vejo no relógio que horas são e se Palmer ainda está aqui para eu encontrá-lo quando vejo uma coisa estranha.

Amelia está falando com ele perto da porta e Dakota parece preocupada enquanto Amelia fala sobre algo. Começo a andar rapidamente até eles e Palmer olha para mim como se eu fosse um fantasma, Amelia olha por cima do ombro e seus olhos parecem assumir um certo alívio.

-Graças a Deus você tá bem.- Palmer murmura.- Weber está na cidade.

-O que aconteceu?- olho para Amelia.

-Ele me mandou algumas mensagens.- diz calma.- Achei que podia ter acontecido o pior.- me observa.

-Não vi nada demais.- balanço a cabeça.

-Ele está na cidade.- Amelia insiste.- Tenho certeza.

-Então por que mandou mensagem logo para você?- pergunto.- Não faz sentido.

-Não, não faz, por isso temos que pensar em tudo.- Dakota segura o braço da filha.- Acho melhor você ficar lá no condomínio essa semana, mandei arrumarem seu quarto.

-Ok.- Amelia olha para mim.

-E você vai ficar aqui.- Dakota me encara.- Não vamos fazer como da última vez, assim que eles se comunicarem com qualquer um de vocês, vão me avisar.

-Sim.- respondemos na mesma hora.

-Só sai com os seguranças.- Dakota entra na sala depois de falar para Amelia.

-Ok, eu só tenho que pegar alguns papéis aqui para levar para casa.- ela diz passando por mim e seu braço toca o meu.

-Nathan, eu preciso falar com você.- Palmer se aproxima.- Sobre aquilo...

-Só um minuto.- vejo que Amelia sumiu.- Eu preciso pegar algo nos carros...

Começo a andar pelos corredores e vejo que tem uma porta meio aberta, respiro fundo e entro no armário fechando a porta atrás de mim. Meus olhos demoram para de adaptar e antes de eu ver qualquer coisa, Amelia pula em cima de mim com um abraço forte.

Agarro sua cintura e levo minha mão até sua nuca enquanto ela respira rápido contra meu peito. Viro meu rosto para tocar meus lábios na sua bochecha e coloco ela no chão para conseguir conversar melhor.

-Eles falaram o que?- pergunto.

-Eles sabem sobre a gente.- sussurra.

-Como sabem?- franzo as sobrancelhas.

-Não sei, só sei que depois que você saiu ele me mandou uma mensagem.- ela morde o lábio.- Acho que vai acontecer uma merda grande, Nathan, de verdade.

-Ele não pode entrar nessa cidade com tanta gente, estão em minoria...

-Não precisam de muito, você sabe.- ela se afasta e estrala os dedos.- Odeio não saber o que ele tá planejando.

O Primeiro Erro - 5° Geração Onde as histórias ganham vida. Descobre agora