Live by The Hand, Die by The Hand

Ch.1 Sent to another world, getting a Stand, and getting registered.

"Então deixa eu entender direito, eu morri mesmo?" Um garoto usando um uniforme escolar pergunta, seus olhos [cor] vasculhando o vazio negro em volta de si, não contendo nada além de seus dois ocupantes e a cadeira/trono em que eles estão sentados. "Isso aqui é o purgatório ou algo assim? Você vai me julgar por meus pecados e decidir se eu devo ir pro Céu ou Inferno?" Ele pergunta pra garota de cabelos azuis na frente dele.

Ela parece confusa com a indiferença dele com sua própria morte. "N-não exatamente. Você foi morto quando a loja de conveniências na qual você estava foi assaltada." Ela explica pra ele. "O problema é que você estava com fone de ouvido no volume máximo, e não ouviu nada do que estava acontecendo ao seu redor. O assaltante decidiu fazer de você um 'exemplo' pras outras pessoas que estavam lá e lhe deu um tiro na cabeça."

O garoto parece pensativo por um momento, antes de dar os ombros. "Foi uma combinação de estar no lugar errado na hora errada e da minha própria estupidez." Ele conclui, antes de coçar sua nuca. "Pelo menos foi uma morte rápida."

A garota pisca confusamente por alguns segundos antes de reganhar sua compostura. "Bom, isso não importa mais." Ela diz, colocando uma mão no peito. "Eu sou Aqua, a deusa que guia os humanos que morrem jovens na vida após a morte." Ela se apresenta. "Agora escuta bem por que você tem duas escolhas. A primeira é que você recomece do zero com uma vida nova, e a segunda é que você vá pro Céu e viva que nem um velho em um lar de idosos."

"Lar de idosos? Eu quero ler o contrato completo antes de assinar qualquer coisa. Cautela nunca é demais." O garoto diz, cruzando os braços e dando os ombros. Aqua parece ignorar ele. "Pra ser bem sincera com você, o Céu não é um lugar fantástico como vocês humanos imaginam. Você não precisa comer depois de morrer e obviamente não dá pra cozinhar, não tem ingredientes nem necessidades para você usar de qualquer jeito. Desculpe se eu te decepcionei, mas não tem nada lá em cima. Não tem televisão, nem mangá e nem jogos, só outras pessoas que morreram antes de você. Além disso, já que você está morto, você não pode fazer nada sexual, já que você não tem corpo físico. A única coisa que você pode fazer é tomar banho de sol com seus ancestrais e conversar, por toda a eternidade."

"... Se esse é o Céu, eu não quero nem saber como é o Inferno." O garoto de cabelos [cor] diz depois de uma breve pausa. "Se bem que reencarnar como um bebê também não parece muito legal, a não ser que eu ficasse com minhas memórias e pudesse assustar todo mundo fazendo cálculos avançados com 5 anos de idade."

"Como esperado, você não quer ir pra um lugar chato que nem o Céu não é?" Aqua diz, entrando no espaço pessoal do garoto, fazendo ele inclinar sua cabeça pra trás. "Mas começar do zero também não é lá grande coisa. Por sua sorte eu tenho uma ótima notícia pra você!"

"..." Ele só olha pra ela. "E-ei, por que está me olhando assim?" Ela gagueja. "Eu só te conheci há alguns minutos atrás, mas eu já tenho certeza que não temos a mesma noção de 'ótimas notícias'." Ele diz em um tom inexpressivo. "Bom, logo logo você vai mudar sua opinião de mim. Me diz, você gosta de jogos?"

O garoto fica em silêncio por um momento, antes de inclinar-se para frente, apoiando seu queixo em suas mãos entrelaçadas.

"Prossiga."

-------------------------------------------------------------------------

"Um mundo paralelo sobre a ameaça de um Rei Demônio, com magia, monstros e tudo mais?" O garoto questiona. "Exatamente! O problema é que as pessoas que foram mortas pelo exército do Rei Demônio ficaram com tanto medo que elas não querem voltar e serem reencarnadas." Aqua explica. "O que eventualmente vai fazer com que aquele mundo acabe, já que a população vai continuar diminuindo. Foi aí que a gente teve uma ideia, por que não mandar pessoas que morreram em outros mundos pra lá com seus corpos e memórias intactos? Problema resolvido!"