𝙖 𝙜𝙤𝙤𝙙 𝙛𝙧𝙞𝙚𝙣𝙙𝙨𝙝𝙞𝙥 (Segunda Temporada)

com uma condição!

Com Kanao:

Já era por volta das 21:46...

Eu estava no meu horário de trabalho faltando quase 1 hora para eu ir embora, Shinobu já tinha ido para casa a algum tempo, então os pacientes que ela cuidou, agora são minha responsabilidade.
Eu fiquei sabendo sobre o Shinjuro, pai de Rengoku.
É, realmente não espero o melhor para esse homem, não que eu não goste dele, não é isso, mas é pela ficha dele, a saúde dele é bem precária e seu estado agora não é dos melhores.
Eu imagino que só por um milagre ele melhore de forma rápida.
Ele é um paciente difícil de lidar, e tem problemas psicológicos. Isso é um problema na recuperação dele, pois a saúde mental influência, querendo ou não.
Eu decido ver como ele está, ele está na sala de pronto socorro, até agora eu ainda não tinha o visto, mas soube algumas informações através de Shinobu e Obanai. Parece que eles acham que pode ser câncer de estômago, por causa dos sinais. Isso realmente faz sentido...
Eu entro no setor de pronto socorro e o Shinjuro estava desacordado na maca, eu decido o olhar mais de perto e vou em direção a ele. Ele tinha olheiras, parecia que não dormia a dias, mesmo desacordado ainda tinha uma expressão de raiva ou tristeza, eu não sei bem diferenciar.
Eu estava com uma prancheta na mão anotando se ele tinha algum comportamento estranho ou suspeito de alguma doença. Eu não estava muito afim de ficar muito tempo ali, aquele ambiente estava horrível, mas eu não sei explicar em que sentido.

Shinjuro: de novo vieram ficar me observando?

Ele disse ainda de olhos fechados, como ele sabia que eu estava ali sendo que ele não me ouviu chegar?... esse homem pela aparência, eu diria que passou por um treinamento pesado.

Eu: Boa noite senhor Shinjuro.

eu falei de forma gentil tentando demonstrar respeito, mas pela sua expressão, Shinjuro não gostou muito da minha visita.

Shinjuro: de novo essa palhaçada? Quem é você agora?

Ele abriu os olhos e me encarou, apenas com aquele olhar, dava de sentir os sentimentos dele de cansaço, tristeza e raiva.

Eu: Sou Kanao Tsuyuri, eu sou médica.

Shinjuro: espera... Esse broche de borboleta? Ah pelo amor! Vai fincar uma agulha com calmante no meu braço igual a outra idiota?

Ele disse se referindo ao broche no meu cabelo, ele estava falando de Shinobu?

Eu: não, senhor. Eu estou anotando seu comportamento, caso tiver algo suspeito.

Shinjuro: como assim? Isso só pode ser brincadeira mesmo!

Ele disse se levantando e tentando me alcançar com os braços.

Eu: sabe, isso não iria adiantar nada. Pois qualquer coisa que seja considerada crime que você fizer dentro do hospital, sendo agressão física ou verbal, você será julgado assim que sair do hospital. Quer ser preso de novo, Shinjuro?

Eu disse sorrindo fraco e me afastando da maca dele, eu falei calma para exalar tranquilidade. Ele parou de tentar me alcançar e ficou sentado na maca olhando para baixo.

Shinjuro: e daí? Ser preso novamente não vai mudar nada, eu vou continuar vivendo um inferno de qualquer forma.

ele falou calmo dessa vez, porém de forma melancólica.

Eu: uma pena, você poderia sair daqui e passar por uma avaliação psicológica e fazer sessões de terapia! Mas como o senhor não quer nem fazer os exames direito para o seu diagnóstico. Quem dirá sair daqui não é mesmo?

Eu disse anotando o seu comportamento na prancheta e rindo um pouco no final da minha frase, o que acho que foi um erro. Esse homem quase surtou quando eu disse isso. Ele retirou o soro que estava na sua veia com força e foi para cima de mim tentando me dar um chute, isso era um golpe de karatê, eu reconheci pois eu já fiz algumas aulas. Ele tinha uma velocidade e tanto, era sobrehumano, esse homem mesmo nesse estado, era veloz e forte desse nível. Eu consegui me defender com os braços com um golpe defensivo de karatê por pouco do chute dele, mas eu caí em cima de uma mesa de metal onde tinha alguns equipamentos hospitalares, como bisturis, agulhas, injeções, alguns algodões e álcool.