[06] • ALGO • [ BadBuddy | PatPran ] ):)

r o u n d | 03

Pran está deitado sem se mexer por tempo demais.

"Pran, o que está acontecendo, estou fazendo algo de errado?"

Pran nega com a cabeça enquanto acaricia o cabelo de Pat com ternura. Pat está tão confuso agora, tanto por dentro quanto por fora.

"Pat, você nunca está errado." Ele encara os olhos confusos de Pat com carinho. "Acho que sou viciado em controlar as coisas." Pran suspira e cobre o rosto com as mãos um pouco antes de continuar. "Quando namoramos escondidos, tínhamos uma agenda pra seguir. Eu sabia exatamente a hora e o local onde nos encontraríamos. Mesmo que a distância me causasse momentos de desespero, eu poderia simplesmente ligar para você. Ninguém precisava saber. Ninguém poderia interferir. E nós tínhamos apenas que nos concentrar um no outro." Ele se senta no tapete macio, recostando-se no sofá enquanto Pat cruza as pernas na frente dele, seus olhos captando cada sentimento não dito. "Agora, todo mundo sabe, e todo mundo está bem com a informação, e honestamente, eu não sei o que fazer com tudo isso. Tudo está seguro demais, mas ainda assim, tudo parece uma ameaça."

"Oh baby, por que você pensa tanto?" Pat chega mais perto do rosto doce, pensativo e confuso do namorado, o segurando em suas mãos, acariciando as bochechas — sem covinha, agora — com os polegares. "Você está preocupado que algo ruim aconteça com a gente?"

"Talvez. Eu não sei. E se a gente estivesse muito focado naquela sensação emocionante de esconder, cheios de adrenalina? E agora a correria acabou. E se você se cansar de mim? E se você perceber que eu sou entediante?"

"Pran, eu quero bater na sua cara. Por que você está sendo tão burro, baby? Você é o inteligente aqui!" Ele acaricia o rosto de Pran onde uma covinha aparece e precisa respirar. "Honestamente? Eu estava tão cansado de me esconder, sabe? Eu acabaria morando aqui com você com ou sem o apoio da nossa família. Eu te amo, Parakul. Pare de ser bobo, agora é você que está agindo como eu. "

Pran se assustou com a frase de Pat. Ele está certo. Pran está sendo tão burro. As inseguranças são tão estúpidas. "Eu te amo tanto, Pat."

Pat acaricia seu cabelo, como se ele fosse a coisa mais preciosa do mundo. E ele é.  "Você ainda quer lutar comigo? Oh -hm, você ainda quer que eu lute com você?"

"Hm, eu não sei? Eu acho que só esse meu hábito irritante de ter que estar no controle de tudo ao meu redor. Hm. Eu acho que –merda. Eu só queria sentir que você consegue estar no controle também, e então, quando eu perder o controle como o que aconteceu agora, você poderia "me resgatar" ou algo assim — eu acho? Estou meio envergonhado agora, Pat. Isso é tão idiota." Pran fala, coçando a cabeça, desajeitado, fugindo do olhar cuidadoso de Pat.

"Como você pode ficar envergonhado sendo tão gostoso assim?" Pran sorri e as duas covinhas estão ali. Não, as quatro — as duas do queixo apareceram também. Pat entendeu o que ele quis dizer, mas ele sabe que a melhor maneira de cuidar da cabeça de seu namorado que pensa demais é simplesmente: colocar algo mais em sua pequena e preciosa mente para pensar. Coisas que importam.

"Você é patético." Pran protesta, mas as covinhas resistem, mesmo que ele tente esconder aquele sorriso bobo que Pat sempre consegue arrancar dele.

"Eu sei! E não me importo." Pat puxa Pran pelos braços para que ele sente em seu colo. E ele senta de frente, com joelhos no tapete. "Eu nem ligo que você está com cheiro de outro homem agora."

"Aposto que você gosta." Pran desafia, sentindo Pat apertando os dedos em suas nádegas.

"Eu odeio! Mas eu adoraria te bagunçar até que você só tenha meu cheiro em sua pele." Pran estremece. Esse é o controle que ele estava falando. "Você quer que eu esteja no comando? É isso?"