31 | Effacé

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— Você que é o profissional de resolver tudo entre nós dois. Eu não consegui nem entender qual é o problema do que aconteceu.

— Ah...

Jimin murchou. E, ao ver sua resistente flor-do-asfalto de ombros caídos, Jungkook enlaçou um braço pelo corpo alheio e complementou:

— Docinho... Realmente queria ter entendido. Me desculpa. Se quiser tentar contar de novo e de outro jeito pra mim, eu sou todo ouvidos, tá? Mas também não quero te cansar.

— Tudo bem, gracinha. Concordo que não é sempre que a gente vai entender os sentimentos um do outro... Obrigado por ouvir.

— Mas eu falei sério, tá?

— O quê?

— Que você é o profissional de resolver tudo entre nós! Tenho certeza que, pensando um pouco, você vai conseguir resolver!

— Ah... Espero. É que sinto que tem uma muralha enorme entre eu e o Taehyung. E você é o cara, entre nós, que sabe passar por muralhas. Você passou pela minha, mas não consigo derrubar o outro lado.

— Hm... Não sei bem o meu mérito nisso, de verdade. Eu acho que você no máximo jogou sua muralha em mim e, como minha cabeça é dura, ela quebrou.

Jimin, enfim, foi capaz de gargalhar; uma gargalhada espontânea, nascida do fundo dos pulmões e do âmago do coração. Jungkook derreteu-se ao ouvi-la.

— Você anda muito metafórico — Jimin pontuou, em um tom desafiador. — Está lendo meus livros de poesia?

— Talvez. Você dorme muito rápido, Belo Adormecido. E ama dizer que sou uma pedra dormindo, mas você nem nota quando me mexo na cama.

— É verdade... Você é um bobo, sabia?

— Óbvio.

— Te amo.

— Te amo. Mas enfim... O que eu quero dizer é que você que veio atrás de mim, me ajudou e depois deixou eu ver seu lado de florzinha cheirosa. Não sei se qualquer ser humano seria capaz de resistir a todo esse charme. Era como se você quisesse me conquistar desde o começo.

— Nem ouse! — retrucou Jimin, desafiador. Estendeu um dedo em uma ameaça que pairou, pairou, pairou e perdeu o sentido. — Se você não fosse um anjo, eu... Eu nem sei o que faria, na verdade. Todas minhas ações eram meio sem sentido. Eu não queria fazer bem, mas não queria fazer mal também... Então não sei como me livraria da responsabilidade de te apoiar se você não tivesse virado meu amigo...

— Seria esse o poder do destino? — Jungkook gargalhou e, ao olhar as horas pelo visor do celular, inclinou-se na direção de Jimin e deixou um beijo longo em sua bochecha. — Preciso ir pra aula, mas só concluindo meu pensamento: você também trabalhou pra quebrar sua muralha, então não é como se fosse algo desconhecido pra você. E, além disso, você e o Taehyung foram amigos durante todo esse tempo, não é? Apesar de ser diferente da sua amizade com o Hobi e comigo... você já fez parte dessa amizade. Acho que, se tiver alguma forma melhor de se aproximar do Taehyung, você que tem chances de saber qual é.

— Hm... Verdade. Vou pensar. Boa aula, gracinha.

Jungkook encarou o semblante pensativo e um pouco perdido de Jimin. Com um estalo, agarrou sua mão e o puxou para se levantar, com um sorriso enorme no rosto.

— Faz muito tempo que você não me assiste fazendo aula, meu docinho estudioso — Jungkook disse, entrelaçando seus dedos aos do namorado, cheio de cumplicidade. — As meninas e a professora tão com saudades, vivem perguntando de você. Faz tempo que você não é o Chim do meu Jey. O que acha de ir?

Uma suposta facção de balé • jikookOù les histoires vivent. Découvrez maintenant