𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚?

Start from the beginning
                                    

- Eu peço perdão, não tive escolha!

- Você tem muitas escolhas para fazer, mas não fez a certa.

- Eu precisava de dinheiro, só fiz um trabalho fácil!

- Um trabalho fácil que poderia ter me matado, idiota.

- Desculpa! Eu não queria!

- Mentira.

- Eu juro!

- Quem jura, mente. - John veio até mim.

- Precisa fazer algo com ele.

- Não posso só matar?

- Pode, mas aí seria sem graça.

- E o que eu tenho que fazer?

- O que quiser, a tortura é sua.

- Mas isso vai demorar, e eu ainda pretendo dormir.

- Pode dormir até a hora que quiser amanhã.

- Eu ainda estudo, sabia?

- Faça como quiser. - Ele suspirou.

   Agora eu preciso torturar mesmo que seja desnecessário?

- Eu apenas sugeri, pode fazer o que quiser com ele, eu não dou a mínima na verdade. - Ele apenas arrumou o bigode enquanto saía da sala.

- Me empresta sua arma? - Olhei para ele.

    John apenas regrediu alguns passos e colocou a arma na minha mão.

- É automática, é só...

- Puxar o gatilho, eu sei.

- Bom. - Ficou quieto.

   Me aproximei do capanga e apontei a arma para a testa dele, suspirei e apertei o gatilho, ele parou de tentar se explicar e chorar, já que a bala atravessou a cabeça dele. Matar agora é mais fácil do que pensar.
    Suspirei e entreguei a arma para o John, apenas dei as costas e saí andando para fora.
  Cruzei os braços, sentindo o clima ficar frio e uma brisa passar, a minha roupa é "curta", já que eu só iria ficar no hospital.
   Senti John por o casaco dele sobre mim.

- Lembre de trazer sobretudo quando vier, aqui é sempre muito frio. - Assenti com a cabeça, andando para saída.

   Olhei as horas e me virei para ele, antes que eu dissesse algo, ele falou.

- Seus remédios estão no carro, ou pode usar os que estão na sua bolsa. - Me olhou. - E tem água no carro.

- Isso é assustador. - Fiz careta.

- Eu saber que você parece uma velha com pressão alta?

- Adivinhar o que eu estou pensando. E você que é o velho, só que sem problemas de pressão.

- Nem a Íris tem problemas desse jeito, velhota.

- Ei, eu não sou velhota. - Ri, ele me empurrou de leve pro lado.

    Empurrei ele de volta, ficamos nisso até chegarmos no carro.
  Mas em um desses empurrões, acabei ficando tonta, ele precisou me segurar antes que eu caísse no chão, já que minha pressão baixou sem permissão.
    Abriu a porta do carro e eu me sentei, ele pegou um comprimido da cartela e pôs na minha mão, coloquei na boca enquanto ele pegava a garrafa de água e abria para mim. Só saímos dali quando o remédio fez efeito e eu já não estava mais tonta.
   Ele me deixou deitar o banco, disse que me acordaria quando chegássemos em casa. Cochilei e acordei 45 minutos depois, esse é o caminho sem atalhos rápidos.
   Sai do carro com ajuda do John, já que eu estava sonolenta e prestes a cair. Do banco do carro diretamente para a minha cama, fofinha e quente, suspirei de alívio.
   Abracei um travesseiro e me virei pro lado, Asterin está na caminha dele. Tudo está completamente silencioso. Dormi como um anjo, quase que literalmente.

Marriage of ConvenienceWhere stories live. Discover now