𝐏𝐚𝐫𝐚𝐛𝐞́𝐧𝐬

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 Constantine

     Continuei puxando até estar a uma distância boa da mesa, então troquei o cabelo pela gola da camisa e comecei a socá-lo. Soco atrás de soco, segurando a gola tão forte que impossibilitasse a respiração. Ninguém iria me parar, a não ser que quisesse ser socado, Morgan também não levantou um dedo para impedir, acho que espera que eu espanque ele e Caleb.
      Continuei até não conseguir diferenciar se o sangue era da minha mão ou da cara dele. E quando minhas mãos cansaram, o chutei, quando minhas pernas cansaram, eu o soquei de novo. Ele só tentava se defender, nunca atacava, mesmo sabendo que as suas tentativas de defesa eram falhas.

- Você não encosta mais na minha mulher, seu filho da puta! - Disse quando decidi soltá-lo de uma vez e levantar.

     Ele continuou no chão, se levantando devagar, está fraquejando por causa da surra que levou, otário.
     Esqueci de falar uma coisa, como pude esquecer isso? Fui até ele novamente e me aproximei o suficiente para que só ele conseguisse ouvir.

- Não preciso de uma arma para acabar com você, na próxima vez que eu te ver, vou te matar. Pode estar onde estiver. - A única resposta que recebi foi uma risada, como se tivesse acabado de ouvir uma piada.

     Levantei e voltei para a mesa. Vou acabar na diretoria por isso, mas quem realmente liga?
Morgan me deu alguns guardanapos, para eu conseguir limpar minhas mãos, sujas de sangue.

- É nojento comer com as mãos assim. - Fez careta, disfarçando o que aconteceu alguns segundos atrás.

- Poxa, pensei que assim conseguiria que me desse comida na boca.

- Nos seus sonhos, Tine. - Uma ou duas vezes, talvez.

- Aí, eu choraria depois dessa, na moral - Mason disse e os outros riram.

      Para a infelicidade dele, realmente consegui ganhar comida na boca, mas ainda tive que limpar minhas mãos, antes que levasse uma surra da minha esposa. Continuamos a conversa como se nada tivesse acontecido.
      Depois do intervalo fui lavar as mãos, os nós dos meus dedos estão cortados, mas nada demais. Fui chamado na diretoria, porém a parte boa de ser um bom aluno e adorado pela diretora, me dá a vantagem de o evento de hoje ser tratado como uma besteira. Meu pai não foi avisado disso.
      Morgan me esperou no carro, já que fui chamado no final da aula. Oliver também estava na diretoria, reclamando de dor. O levaram para a enfermaria e eu fui para o carro, meu dia melhorou 200% agora.

- Já podemos ir? - Ela me olhou, quase sorrindo pelo que eu fiz. - Precisa cuidar da sua mão.

- Claro que podemos - Digo quando entro no carro, dei um selinho nela.

- Os aparelhos já estão em casa?

- Sim senhorita.

- Vamos rápido então!

      Fomos para casa rapidamente. John riu quando contei o que aconteceu, esse idiota pega as minhas dores, estava esperando o Oliver ser surrado tanto quanto a Morgan. Assim que chegamos, ela saiu correndo do carro, indo atrás dos aparelhos e do bolo de chocolate de sempre, os dois estavam em cima da mesa.
      Eu parei na frente da porta, Asterin queria sair da casa, mas não vai porque tomou banho hoje! Peguei-o no colo e ri quando lambeu o meu rosto.

- Que nojo cara! - Deixei ele no sofá.

      Nós dois levamos um susto quando escutamos a Morgan descer as escadas correndo e cantando animada, está tocando uma música no celular dela também. Careless Whisper. Continuou cantando e dançando, bem alto e com a voz desafinada, chega a ser engraçado.

Marriage of ConvenienceWhere stories live. Discover now