Capítulo I

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C O N C R E T I Z A Ç Ã O

D E
A C O R D O S

Quando o sol se pôs, dizendo adeus para a vida de um lado da Terra, a igreja abriu as portas. Suas luzes foram acendidas e iluminaram centenas de mosaicos estruturalmente arquitetados nas janelas, estas que possuíam desenhos de anjos proclamando o nome do seu senhor, Jesus Cristo. Alguns haviam folhas e frutas de cores vibrantes; outros a Virgem Maria rodeada de animais e crianças com auréolas e mantas claras cobrindo apenas o que os olhos perversos e maliciosos não devem ver.

Mãos ásperas e calejadas agarraram com força a fibra grossa da corda que pendurava o sino ao alto. Os músculos se moveram com força para frente e para trás de forma ágil, acostumados com a rotineira atividade. O badalo oscilou dentro do sino, o pêndulo atingiu o bronze, fazendo o barulho ecoar.

O altar estava cercado por um arco coberto de flores de lírio entrelaçadas uma na outra, perfeitamente volumosas e pomposas. Dois vasos gigantescos com desenhos de arabesco verde oliva enfeitavam a porta da entrada com mais flores. O lustre se destacava no centro, sua iluminação amarelada era agradavelmente sutil e seus diamantes brilhavam.

O templo se encontrava organizado para uma cerimônia de união. Haviam duas fileiras de bancos de madeiras, uma para cada parentesco familiar dos noivos.

Algumas pétalas espalhadas pelo chão dançavam com a brisa fraca que entrava pela porta da frente, acompanhando os convidados. E gradualmente, a deslumbrante igreja foi se enchendo de pessoas importantes, dos lupinos mais antigos aos lupinos mais novos, que fielmente protegiam o seu povo.

O coral se organizou na parte superior da igreja. Os jovens, vestidos com túnicas verdes e apropriadamente enfileirados, entoam melodias leves com delirados agudos macios. O pianista acompanhava requintado, não desgastando a harmonia.

O alfa lúpus, Jeon Jeongguk, quase mordia as próprias orelhas de tão ocioso que se encontrava. Seus fios escuros impecáveis e sedosos cobriam toda a sua testa e um pouco das suas sobrancelhas. O seu blazer parecia um pouco pequeno agora que estava com calor. Por mais que a lã fria francesa de tonalidade escura caísse muito bem em seus braços e pernas malhados, ele se sentiu apertado. Com certeza era a pressão desse casamento pesando em suas costas e no seu consciente.

Jogou os ombros para trás, precisava relaxar. Era um dia importante, todos os seus parentes exigiam no mínimo uma postura inabalável de si. Não estava disposto a decepcionar ninguém.

Mesmo que sua mão segurasse o próprio pulso para manter-se firme, os seus pés lhe deduravam descaradamente, batendo rapidamente sobre o piso de porcelanato branco.

Quanto tempo vai demorar? - pensou. Cochichou algumas lamúrias desconexas, mas diferente de si, o seu lado lupino estava calmo, indiferente e nenhum pouco animado.

- Se acalme, vai acabar infartando. - Jeon Tzuyu, sua gêmea mais velha, disse ao se aproximar do irmão. Seus lábios abriram um sorriso caloroso ao ver seu dongsaeng embrulhado igual uma boneca. - Gguk-ssi, nunca imaginei que você se casaria primeiro. - Seu lábio inferior inchou com a pressão que fez sobre ele para formar um bico.

- Todo mundo aqui sabe que você vai ser a encalhada da família Jeon. - A mais velha abriu um sorriso curto e cínico, desacreditada com a ousadia do lupino. - Hoje isso só se torna oficial, irmãzinha - terminou, vendo a morena morder a parede as bochechas com uma cara nada agradável.

Alliance, union of souls | Taekook Where stories live. Discover now