— Nem eu imaginei, pai. — a frase soou bem sincera. — Mas tudo aconteceu muito rápido e o Jordan quis vir. — menti.

Para meu pai eu não gostava de mentir, mas dizer a verdade depois de que todos estavam completamente convencidos do meu namoro não era uma boa ideia.

Terminei o café e voltei para meu quarto, onde precisava organizar algumas coisas na mala. Ouvi meu celular tocar e coloquei sobre a cama, podendo ver o nome de Grace bilhar. Arrastei o ícone verde e coloquei no alto-falante.

Aposto que se eu não te ligasse, você não iria nem lembrar que eu existo. — ela reclamou do outro lado da linha.

— Sem dramas, Grace. — pedi, enquanto abria a mala para colocar algumas roupas. — Como está Liverpool?

A mesma coisa. Sinto falta de você todas as manhãs no café, mas eu não liguei para expor minha carência por sua presença aqui. — resmungou. — Quero saber como está Helsinque, sua família e seu namorado?

Ri um pouco.

— A cidade é a mesma, às vezes sinto falta de morar aqui. Minha família está a mesma, Jordan é o novo queridinho dos Larsen. — ela riu. — Meu irmão me trocou por ele, os dois estão pra cima e pra baixo, sempre juntos.

Senti um tom de ciúmes…

— É óbvio. Jordan tomou o meu irmão. Eu nem falei com Dawson direito. — dobrei as roupas e coloquei na mala.

Tá bom. Vou fingir que acredito. — suspirou. — Como vocês estão fazendo para dormir? — perguntou como se tivesse planejado o que iria dizer.

Grace era assim, sempre sabia o que perguntar, o que dizer e o que fazer para conseguir o que queria saber.

— Estamos dormindo na mesma cama. — ela balbuciou palavras desconexas. — Mas não estamos fazendo nada que sua cabecinha está pensando. — disse antes que ela dissesse alguma besteira.

Eu não pensei nada. — disse em defesa. — Aposto que ele é cheiroso.

— Quando voltarmos para Liverpool, você cheira o pescoço dele. — afirmei, sentando-me na cama. — Preciso desligar. — peguei o celular e desativei o alto-falante. — Diga a todos que estou com saudades e que vou visitá-los sempre que puder.

Só você mesmo para querer visitar os ex-colegas de trabalho. — eu apostava que ela revirava os olhos.  — Me deixe a par das novidades e abrace o Jordan quando dormir… — imediatamente desliguei, antes que ela dissesse mais alguma besteira.

Terminei de ajeitar as roupas na mala e desci novamente. Minha mãe já tinha voltado do mercado e estava com a mesa repleta de alimentos que ela nem gostava, mas que eu apostava serem para Jordan. Ela sorriu para mim, desejou bom dia e eu fui ajudá-la a guardar aquilo tudo.

Nesse meio tempo, Dawson e Jordan chegaram. Meu irmão finalmente teve a educação de me cumprimentar, deixando um beijo no topo da minha cabeça e bagunçando meu cabelo.

Jordan se aproximou um pouco sem graça. Ele beijou minha bochecha e me fez corar com aqueles olhos azuis que me desconcentravam.

— Dawson te sequestrou. — ele deu uma risadinha. — Acho que ele gosta mais de você do que de mim. — sacudiu a cabeça.

— Nah, seu irmão te ama, falou de você o tempo todo, pediu para que eu não machuque seu coração e caso aconteça algo, ele vai deixar de ser meu amigo e será meu pior inimigo. — rimos. — Os Larsen são bons de ameaça. — mexeu as sobrancelhas.

— Você não imagina o quanto. — respondi.

— Vem. — ele estendeu a mão para mim. — Preciso te dar uma coisa. — segurei sua mão e deixei a cozinha, o seguindo para o quarto.

RUMORS | JORDAN HENDERSONWhere stories live. Discover now