"lutando por nós dois." -Ashtray

I'm willing to fight for it again.

Faziam duas semanas depois do acontecimento da escola, Lexi e eu ainda mantemos contato mas eu sentia que não eta a mesma coisa.

Agora eu estava deitada na minha cama olhando para aquele teto cinza e sem cor, nada e ninguém para conversar, na maioria das vezes eu estaria olhando meu celular mas como minha mãe o tirou de mim não tenho nada para fazer.

A escola ligou para minha mãe dizendo que eu não estava frequentando mas as aulas por dias, e isso a abalou muito.

Flashback On.

— Você não tá entendendo! Porque você não consegue fazer nada que seje útil?! — A mais velha segurou o copo de vidro em sua frente com força, dando para ver o estresse acumulado pela força que segurou o copo.

— Me desculpa, eu não queria... — A Perez mais nova se assustou com o tom de voz da mais velha, fazendo assim a mesma apertar firme suas mãos.

— Porque você é assim Malina? Eu não te eduquei o suficiente? Eu não te dou o amor suficiente não é? Você é uma ingrata, isso que você é! Só sabe se lamentar por aqueles traficantes de merda, não é? Porque não se lamenta pela sua família ou pelo seu futuro? Você ainda vai estragar essa sua vidinha de merda, eu sinto isso!

A mulher derramou lágrimas, lágrimas de raiva com a mistura de ódio, seus olhos expressava decepção e estava evidente isso.

Malina escutava cada palavra daquela mulher se segurando para não chorar, a mais nova olhava para seu pai e ele se mantia concentrado em sua comida. Maddy não estava em casa, estava em uma festa de aniversário de um colega de Classe.

— Vá para seu quarto agora, Malina. — A mulher fechou os olhos com força, o pai da garota finalmente levantou o rosto para olhar oque estava acontecendo.

— Mas... Eu nem terminei de comer.

— Eu não ligo.

— Mãe, porfavor...

— Malina! Dá para escutar sua mãe porra?! Você só sabe comer e comeu o dia inteiro, você é apenas uma adolescente de merda que está virando rebelde! — O homem deu uma pausa para respirar. —  Agora, suba a porra daquela escada e entre naquele chiqueiro que você chama de quarto e fica trancada lá como sempre faz, e vê se para de ser uma decepção para nós.

A garota jogou os talheres no prato e se alevantou da cadeira com agressividade, ela apertou ainda mais suas mãos e a sentindo latejar.

Ela subiu as escadas sem soltar uma palavra, tudo oque o homem disse era mentira, ela não havia almoçado, nem tomado café da tarde e muito menos da manhã. Cada refeição que ela pulava, ela sentia como se tudo estava rodando, e a verdade era que ela não tinha mais apetite e se esquecia de comer, fazendo assim seu corpo ficar sem suprimentos. Malina realmente estava morrendo.

A garota chegou no quarto trancando a porta, ela abriu as mãos as encarando. O sangue escorrendo, ali estava um machucado feio pra caralho.

As lágrimas que estavam acumuladas em seus olhos agora escorriam livremente pelo seu rosto.

E em sua cabeça apenas se passava uma coisa, Ashtray.