Capítulo 9: Arthur Launder

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Ser o primogênito da família Launder não é fácil, nunca foi na verdade, quando pequeno era responsável por André, quando Amanda nasceu, a minha responsabilidade apenas aumentou, mas, isso sempre foi a única coisa boa em ser o primogênito dos Launder cuidar de meus irmãos, meu pai sempre me dizia:

"Arthur filho, para ser um bom empresário primeiro deve saber como cuidar da família."

Cresci acreditando nisso e como era novo demais para ter minha própria família cuidava dos meus irmãos como se fossem meus filhos, André sempre foi obediente e estudioso, defensor dos mais fracos, por isso estudou direito, tinha o tino para brigar com a razão, ou seja sem sair na briga, Amanda, a mais ela me deu trabalho, sempre foi de uma beleza marcante por onde passava, haviam tantos urubus ao seu redor e eu completamente diferente de André, vivia saindo aos socos com adolescentes "badboys".

Vivia uma vida plena, papai me fez optar por fazer faculdade de gestão empresarial tinha um plano para que eu assumisse a empresa, comecei até fazer estágio na empresa, confesso que admirava isso, saber que uma empresa toda, dependia de minha competência para sobreviver, saber quais acordos deveria assinar, fazer cálculos junto a parte administrativa para manter o dinheiro entrando, ser respeitado pelas pessoas as vezes até mais velhas que eu. O problema é que eu sempre gostei de balada e mulheres e isso foi minha perdição.

Me apaixonei, maior erro que cometi em minha vida, me apaixonar, ela era linda, confesso seu rosto delicado, traços perfeitos seus olhos azuis, cabelo loiro pouco abaixo do ombro, seus lábios perfeitos, seus lábios macios, carnudos, não consigo esquecer, quando fecho meus olhos vejo o rosto dela perfeitamente, mas toda essa beleza só foi usada para me destruir, ela arrancou meu coração, jogou no chão e pisou com salto fino.

Como isso aconteceu? Emily Albuquerque, uma argentina, com um sotaque espanhol que era percebido mesmo quando dizia o inglês, ela veio para Nova Iorque através de um intercambio, era muito inteligente, flertamos diversas vezes, até que consegui ter ela para mim, ela passou para a mesma faculdade que eu, só que o visto dela não foi autorizado, então a pedi em casamento, com meu nome e o pedido oficial e transmitido em toda a mídia ela conseguiu uma prolongação em seu visto por um ano, o motivo do noivado ser para prolongar o visto era um segredo meu, dela e do meu advogado, nos dávamos muito bem, éramos o casal dos tabloides de Nova Iorque, cada ida em um evento beneficente ela estava ao meu lado, cada casamento de celebridades, ela estava ao meu lado, acreditei que ela me amava, estávamos comprando nossa casa, mas ela quis construir ela estava estudando arquitetura então fez questão de desenhar a casa e ela queria ver o sonho dela sair do papel, com toda certeza apoiei ela, eu já a amava também e queria vê-la feliz, nunca mais fiquei com outra mulher desde que dei o primeiro beijo nela, fui fiel, um idiota, porque?

Fui corno, sim isso mesmo Arthur Launder é corno e o pior descobri em uma notícia que vi, quando chegava de viagem, todo feliz porque ia ver a mulher da minha vida, olho para o telão da Time Square e vejo ela tentando se esconder das câmeras, onde? Hahaha, na obra de nossa casa, ela estava tendo um caso com o engenheiro da obra, Donald Keller, um homem mais velho que ela uns 30 anos, já com cabelos brancos na cabeça, Donald já era avô, assim como eu, era muito conhecido no mundo dos negócios, fui direto para casa, peguei cada roupa dela, cada joia, tudo que dei a ela, e fui até a casa dela, joguei tudo na porta e claro a mídia fez questão de registrar minha atitude impulsiva.

Não quis voltar para casa estava cheia de repórteres, então fui para a empresa, chegando lá, a Emily estava lá na maior cara de pau, se escondendo da mídia, ao ver ela, antes que ela me visse me escondi na sala de reuniões, como possui acústica, gritei e chorei muito, assim me acalmei, peguei o celular e vi a repercussão que estava tendo das roupas de Emily sendo jogadas na casa de Donald a esposa dele saindo com malas e malas xingando ele, acho que ela só estava esperando um atitude minha, me sento e penso no que fazer com Emily e decido ligar para o agente da imigração que estava segurando a deportação dela, não quero mais ela aqui.

O Viúvo e a Secretária VirgemWhere stories live. Discover now