12 - the Montgomery's

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Neil forçou entrada empurrando a porta contra mim, me fazendo ir para trás e bater levemente a cabeça na parede, ele entrou na minha casa.

— Max, vá para o carro — ele ordenou.

— a Max é minha esta noite — falei com a voz levemente alterada

Max deu passos para trás, ficando atrás do irmão, que continuava parado no mesmo lugar, em frente seu quarto.

— Billy, pegue suas coisas, vamos para casa

— eu tô em casa, pai — respondeu — não vou voltar com você.

— você vai voltar comigo agora — disse bravo

— não, eu não vou. — falou no mesmo tom.

Caminhei em direção o homem, furia nos olhos, os poderes inplorando para lançar ele na parede, mas a consciência falando mais alto.

— Neil, por favor se retire da minha casa — falei

— não sem o Billy — segurou o braço do garoto abruptamente  — você vem comigo agora.

Billy alternava o olhar entre a mão que apertava seu pulso e eu. Apertei o braço de Neil no mesmo momento, ele me olhou furioso, pronto para me acertar. Ele virou o braço e segurou minha mão, a girando, me fazendo sentir dor.

— solte os garotos, Neil — ouvi a voz de meu pai

Olhei para a porta, meu pai e meu tio estavam entrando, fiquei surpresa, mas aliviada. O homem sorriu irônico para os dois, mas não nos soltou.

Billy arrancou a mão de Neil de seu pulso e atingiu a outra que me segurava, me libertando, o homem o olhou furioso.

— se ficou a marca no pulso dela eu juro que te quebro.

Meu pai parecia furioso, fuzilava Neil com os olhos, tio Gael estava do mesmo jeito.

— afinal o que faz aqui? — Neil perguntou

— não lhe diz respeito, apenas saia da casa da minha filha agora mesmo, antes de eu ligue para o Hopper e ele te prenda por agredir um menor.

— Ashley é de maior. — respondeu calmamente

— mas seu filho não, e tem uma marca no pulso dele.

Olhei para o pulso de Billy, realmente havia uma marca ali, ele escondeu o braço de imediato.

Neil não duvidou, apenas bufou e caminhou em direção a saída, finalmente saindo da minha propriedade. Me aproximei de Billy

— tudo bem? — perguntei, ele forçou um sorriso

— acostumado com coisa pior.

Sorri, mas era triste. Toquei seu pulso levemente avermelhado, as marcas dos dedos do Hargrove

— Aly — Max disse animada

Só então eu percebi, Alysson e Harry estavam bem ali, parados ao lado do tio Gael, nos observando em silêncio, mas com um leve sorriso em seus lábios. Sorri animada

— oi, mini cenourinha — ela disse ao abraçar a garotinha

Caminhei até eles, abracei Harry, ele balançava meu corpo para o lado e para o outro, em um loop eterno. Sentia meu coração sendo preenchido outra vez, a dor da saudade indo embora aos poucos. Soltei Harry e fui até Alysson, que me olhava com um largo sorriso e os braços abertos.

Alysson e Harry sempre foram como irmãos para mim, eram as únicas crianças com quem eu brincava desde que eu me lembre, mas não consigo lembrar deles antes dos dez anos, o que é estranho.

𝒂 𝑴𝒂𝒚𝒇𝒊𝒆𝒍𝒅 𝑴𝒂𝒊𝒔 𝑽𝒆𝒍𝒉𝒂Onde as histórias ganham vida. Descobre agora