A coroação de Eros

1.3K 215 552
                                    


ESSE É UM DOS MEUS CAPÍTULOS FAVORITOS EU AMO DEMAIS ELE, AMEM DEMAIS ELE TAMBÉM, TCHAU! AMO VOCÊS! ATÉ SABADO QUE VEM!

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

MIN YOONGI

HADES

A existência de espíritos era, em parte, fascinante. Alguns deles tinham formas de animais, outros eram apenas pontos de luz sem um corpo, e havia aqueles que pareciam tão reais quanto qualquer um de nós. Os espíritos bons serviam ao submundo, tinham uma vida aqui tão normal quanto se poderia conseguir, porém entre os de sua raça, bons espíritos eram os mais fracos.

Espíritos fortes eram quase sinônimos para espíritos ruins. O deus em mim se lembrava bem de galáxias habitadas serem destruídas por eles, logo após a titanomaquia, quando havia magia demais livre no universo. Depois da guerra contra eles, quando quase todos foram presos no Tártaro, o único contato que mantínhamos partia de mim, já que bons ou maus, todos moravam no submundo.

E eram espíritos que naquela noite estavam na sala do trono, vendo a coroação de Eros.

A história de como Park Jimin era herdeiro do submundo seria uma ótima narrativa se o cupido não tivesse tanta aversão a ter herdado o domínio de Perséfone. A guerra tinha chegado ao fim e Namjoon decidiu nos dividir em grupos e nos mandar para lugares diferentes, aguardar em segredo até a tensão aliviar. Seokjin e Hoseok estavam na França, negociando tratados, enquanto Taehyung e Namjoon estavam em Hong Kong, que no momento era o território neutro entre os dois lados da guerra.

Jimin e eu fomos enviados juntos para o Alaska, uma vila minúscula no litoral, numa casa tão pequena quanto. Foi o primeiro lugar que vivi ao seu lado, apesar de evitarmos um ao outro o tempo todo. Ele trabalhava na vila, foi fácil conseguir um trabalho sendo tão conquistador, então ele fornecia o dinheiro e eu era pai em tempo integral. Ficamos meses juntos nessa relação de ausência até a primavera chegar e Jimin ficar... estranho.

Na manhã do primeiro dia de primavera, nossa pequena casa virou um grande jardim, e o domínio de Perséfone parou em suas mãos.

Gavera era um dos grandes espíritos, que lutou ao lado dos deuses para parar seus irmãos durante a Skianomaquia, a guerra dos espíritos. Ela conseguia assumir formas distintas, mas dessa vez era somente um corpo de luz azul, brilhando na entrada do salão. O caminho até o trono, onde eu aguardava, estava cheio de espíritos, Holly, meu cão infernal estava em sua versão menor, o poodle marrom que dormia o dia inteiro. Ele dormia aos meus pés naquele momento, depois da coroação ele teria de deixar o submundo por um tempo também.

— Apresento a todos, Park Jimin. Eros, senhor do amor, dos campos além do Elísios, das flores acima da terra e das rosas dos sete infernos — Gavera anunciou, e as portas se abriram para que Jimin entrasse. Não me surpreendeu que Jimin quisesse uma coroação, ele nunca abriria mão de me fazer colocar uma coroa em sua cabeça. Ele estava vestido como deus do amor, havia voltado até ao seu cabelo curto e loiro, como uma alfinetada a mais.

Seu manto era num tom de rosa claro e dourado, uma fenda em V grande mostrava seu tórax quase que por inteiro. O tom do rosa próximo demais a cor de sua pele fazia parecer que estava nu. O cinto com a fivela em forma de um coração atravessado por uma seta segurava a peça principal no lugar. Ao menos usava calças, correntinhas de ouro estavam enroladas em suas pernas e braços, tilintando umas nas outras. Mesmo os espíritos estavam encantados por ele. Com exceção dos campos elísios e as casas de principados, o submundo era escuro e cinza... Jimin era como ver o sol depois de viver toda a vida nas trevas.

Bringer of DeathOnde as histórias ganham vida. Descobre agora