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Olho ao redor em busca de uma possibilidade para fugir desse lugar. Meu ar está preso sobre minhas narinas mal consigo raciocinar direito ponho minha mão sobre o zíper da bolsa lateral que carrego procurando meu telefone com pressa disco o número de Chloé, mas nada de resposta em outra tentativa disco o número de Adam, contudo, o mesmo vai para caixa postal pareço tão perdida quanto uma bala sem mira. O que farei agora? Poderia ligar para Caled, mas isso seria demais, mal conversamos durante esses dias não posso me comunicar com ele apenas nos momentos que me sinto péssima ou em situações críticas.
— Por que tanta pressa? — Ouço a voz de quem menos espero. — Não podemos conversas de modo civilizado? — Sorrio com sarcasmos. Estou me segurando, Jesus, juro que estou.
— É engraçado como você consegue ser tão cínico e falso. Sabe, Andrew você é tão fingido quanto todo mundo e em achar que eu podia confiar nas coisas que me disse. — Molho os lábios antes de falar qualquer outra coisa. — Me pergunto até onde todo esse seu egoísmos vai porque desde que crescemos você só pensou em si mesmo enquanto eu dava o meu melhor, como qualquer outra pessoa você se tornou alguém que esqueceu de moldar um caráter de verdade sua falta de compreensão é algo tão inadmissível, agora tudo que sinto é repulsa de você. — Meus olhos lacremejam e minha voz por sua vez não ajuda, pois estão tão tremulas quanto minhas mãos.
— Achou mesmo que eu estava apaixonado por você, Kim? — Gargalha com tamanha ousadia. — Me poupe, jamais gostaria de alguém tão infantil e bobinha quando você, é uma ótima amiga eu diria, mas como você acabou de dizer, sou egoísta demais para colocar outras pessoas a minha frente.
— Tão incrédulo e egocêntrico, — murmuro. — Espero nunca mais ter você por perto, Andrew, jamais irei perdoar todas as coisas que me fez passar espero que esteja satisfeito com as porcarias de palavras que fez o favor de esfregar na minha cara. Aliás, de onde te conheço mesmo? Ah! É, nem lembro mais. — Saio pisando firme sobre a calçada caminhando destinada a caminhar sem direção, mas antes que meu plano funcione, sinto meu braço sendo puxado bruscamente. — Me larga! — Rosno.
— Não vire as costas para mim isso é feio. — Reviro os olhos, — E, nós temos um contrato a zelar ou irá envergonhar seus pais como sempre? — Sinto meu sangue ferver.
— Eu já falei para me soltar, não estou nem aí para o que vão pensar, me esquece. — Puxo meu braço e saio andando dessa vez nada me impede.
O que você faria se estivesse sozinho(a) na rua em meio a noite escura? Você correria ou ligaria para um táxi talvez? Eu com certeza escolheria a última alternativa, a questão é, meu celular acaba de descarregar, e meus pais não estão nem aí. Péssimo dia eu posso dizer. Já estou bem distante de onde poderia estar, mas esse local parece semelhante mais um problema é que eu só acho, só acho mesmo que estou perdida.
— O que você faz aqui fora, e sozinha? — Meu coração gela.
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