Twist | VegasPete

capítulo vinte e dois. [conclusão]

De madrugada, as vezes, ele repara que Pete permanece uma porção de minutos com o rosto muito próximo ao seu peito, ou seu pescoço, e as vezes ele põe a mão para garantir que está tudo funcionando como deveria. Que seu coração está batendo e Vegas está respirando. É adorável.

"Venha aqui" Chama, envolvendo todo o corpo de Pete em um abraço confortável. Ele rapidamente o abraça de volta, as mãos firmes e macias em suas costas nuas enquanto Vegas acaricia com carinho sua nuca. "Talvez você precise de ajuda. E eu sinto não poder fazer isso."

"Eu não estou surtando." Rebate Pete. Ele não está, mas as vezes acontece. Principalmente durante o sono, quando os pesadelos começam e ele fica tão apavorado que mesmo dormindo, Pete chora. Ele treme e chora e Vegas apenas o mantém perto, onde é seguro, e garante a ele que tudo vai ficar bem, embora esteja claro que nada está bem dentro dele. "E eu não preciso de ajuda."

"Pete" Insiste outra vez. "Você não— Você não está bem, eu vejo isso."

Vegas fecha os olhos quando Pete beija suavemente sua bochecha, e depois desliza os lábios por toda faixa de pele até um ponto abaixo de sua orelha. Ele move as mãos sensualmente por suas costas, pressionando as pontas dos dedos nos lugares certos enquanto beija seu pescoço.

"Pete" Vegas chama, sentindo-se cheio. "Pete."

"O que?" Ele rosna, interrompendo seus beijos para olhar em seu rosto. Pete morde o lábio e depois beija sua boca. "Eu quero transar."

"Não."

Vegas balança a cabeça e o afasta. Todas as malditas vezes que quis conversar sobre isso, Pete o arrastou para cama, e Vegas cedeu porque ele entende. Ele entende melhor do que qualquer outra pessoa que ele não quer falar, que ele não quer aceitar, e distraí-lo com sexo parece bom. Mas Pete está sofrendo e vê-lo machucado sem poder fazer nada dói mais do que qualquer dor que já tenha sentido na vida. Vegas pegaria mais mil balas no peito se isso significasse livrar Pete dos traumas.

"Não?" Ele ergue as sobrancelhas e sorri, quase como uma provocação, depois levanta ambas as mãos para longe. "Está bem."

"Conversa comigo" Pede Vegas, segurando o braço dele quando Pete se afasta. "Por favor."

Vegas tem sido distante nas últimas semanas e ele reconhece isso, no entanto, há trabalho que precisa ser feito e embora Korn não o tenha nomeado para nada, as responsabilidades tem estado diretamente sobre seus ombros. O sumiço de Kan deixou tudo mais fácil, contudo, ainda é como uma ameaça silenciosa saber que um dia ele pode voltar e destruir tudo e qualquer coisa que Vegas tenha lutado para conseguir.

Ainda sim, Pete nunca deve pensar que está sozinho.

"Eu estou conversando com você." Pete diz, desviando o olhar.

"Pete." Chama. Por que ele não está ouvindo? "Você precisa de ajuda."

Pete continua sorrindo, vestindo a máscara. Vegas apenas gostaria que ele pudesse dar um tempo a si mesmo, parar de fingir e ser sincero sobre seus sentimentos.

"Eu estou bem." Garante.

"Você acha que eu não reparo em você?" Vegas questiona, encarando-o. "Você treme de ansiedade, fica aflito com barulhos altos e..."