❆ | 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐌𝐀𝐋 𝐒𝐇𝐎𝐂𝐊 ♯ 𝐉𝐚𝐜𝐤 𝐟𝐫𝐨𝐬𝐭

𝟎.𝟗

𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑𝐋𝐘 𝐁𝐔𝐑𝐍𝐄𝐑

Acordei com o peso no meu coração; na verdade, com o peso no meu corpo inteiro, como se algo ou alguém estivesse-o esmagando pedacinho por pedacinho, rasgando a pele fiapo por fiapo até que restasse apenas o esqueleto.

Eu suava frio, a respiração ofegante como se tivesse corrido uma maratona de quilômetros, meus dedos trêmulos e a testa úmida que deixava pequenos fios laranjas grudadas na mesma, e tudo o'que eu pensava era: onde estavam todos? Frost ? Norte? Fada? Sand-

— Sandy, — Eu disse como se tivesse proclamado uma das piores maldições do mundo, e talvez eu tenha mesmo, afinal eu sabia que não tinha como, era impossível sobreviver ao breu imenso quando ele te consome. Ao menos se você for filha do bicho papão.

Eu soluçava, chorando em meus joelhos suplicando que aquilo tivesse sido apenas um sonho ruim, que a última coisa que eu teria visto não era sandy sumindo junto do preto exuberante de papão. E eu gritei, gritei com todos os meus pulmões o quanto doeu, o quanto eu era culpada e o quanto odiava breu com todas as forças.

— Eu preciso.. eu- que dia e hoje? Eu dormi por quanto tempo? — Me levantei, os pés descalços tropeçando em meio aos lençóis da cama que pensava ser de norte, hipótese dada graças aos enfeites natalinos ao quarto, procurando qualquer coisa que indicasse tempo,horário, dia.

Até que encontrei, o calendário em cima de algum dos brinquedos pendurados nas paredes, com a data tendo seu desenho característico do dia especial.

— Páscoa.