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A claridade. É a primeira coisa que eu me lembro.
Estava claro, e estava quente; E Eu estava com medo. Do que? eu não sei, e o por que muito menos.
Mas aí eu vi a lua, tão grande e tão brilhante, que me fez lembrar de que respiro, soltando o ar que me prendia os pulmões dentro da casa cinzenta.
Por alguns minutos eu apenas observei, as madeiras que por outrora deveriam ser em tons amadeirados sendo encapuzadas com um preto crescente que acompanhava os resíduos de um incêndio.
Madeiras essas que eu estava sentada agora; ainda despertando do meu sono que parecia terem durado décadas.
Pela unica janela que ali se formava, a lua se esgueirava perfeitamente, espairecendo seus luminosos raios em todas as direções; clareando a neve que naquele ponto se tornava tão brilhante quanto o próprio céu estrelado.
Eu não sabia por que estava ali, não sabia como não sabia aonde; apenas sabia que eu era EMBERLY BURNER, nada mais.
Era estranho, eu me sentia tão quente mas não sentia calor, me sentia tão fervente mas não havia um se quer raio de sol, apenas a leve brisa do inverno junto dos flocos tão bem desenhados que enfeitavam o ar.
