Quadragésimo Quarto

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- Sim, o Don e eu sempre tínhamos umas ideias estranhas para brincadeiras - Martina ria ao mostrar a foto em que eles pulavam em poças - qual foi aquela dos guerreiros palitos mesmo? - ela fingia lembrar.

- Aquela em que com certeza você e o Don fez a gente fazer uns palitos fincados na terra como se fosse o exército de vocês , da famiglia - George ria mostrando a foto.

- Verdade, ela me fez de serva número um - Pansy ria, Astoria vinha se aproximando ao longe, assim como Astrid que vinha correndo para perto dela, prevendo algo não tão agradável.

- O que eu era mesmo? Eu nem me lembro - Martina buscava em sua memória ao passar a foto.

- Ah sim, pelo que eu me lembro - Pansy iria dizer em inocência.

- Titia - Astrid gritava da onde ela estava enquanto vinha correndo.

- Você com certeza era - os olhos assustados tentavam avisar a morena.

- TITIA - Astrid se aproximava nervosa em cumprir o que sua mãe havia a pedido.

- O que era mesmo? Eu esqueci completamente, já faz tanto tempo - Martina ria ao tomar de seu café.

- Ah você era a signora - Pansy completa ao mesmo tempo em que o grito de Astrid se torna mais potente, todos engolem em seco.

- MAMÃE PANSY - a Parkinson se vira de imediato para a sua pequena criança que subia em seu colo, mamãe...ela havia a chamado de mamãe - a mamãe disse pra eu falar pra você que você tem que calar a boca, agora mesmo - Pansy cora ao olhar para Astoria, que negava com a cabeça, completamente decepcionada.

- O que disse? - Tom se volta para Martina que ria com o álbum, mostrando a foto em que Tom a pedia em casamento quando eram crianças - já chega - ele ordena em seu tom mais potente, seus olhos em brasa viva, Hope tinha sangue vivo saindo da palma de sua mão, ela comia seu pão misturado ao próprio sangue.

- Bem - ela se força a dizer com um sorriso nos lábios - o sol está tão brilhante, acho que vou tomar um banho de piscina, muito obrigada pelo café maravilhoso - a morena se levanta do colo de Tom, dando um beijinho no mesmo, assim se afastando em passos lentos.

Quando Hope já estava longe da visão do homem, ele se volta para a mulher cujo o álbum estava em suas mãos.

- Não quero isso em minha casa, não quero nunca mais ver algo assim em minha frente, entende, Colombo? - Tom se levantou da mesa, se afastando ao jogar seu guardanapo com força sobre a mesa.

Hope se senta no banheiro da casa, respirando, estava sendo infantil, completamente irracional, não deveria, era uma família, eles sempre foram uma família, não desfaça uma família pelo seu ciúmes, isso irá magoar Maria, Maria é a mãe dele, ela o criou, você não pode brigar com ela por simplesmente mostrar um álbum, Hope, não pode.

Olhando a palma de sua mão, sangue escorria por onde suas unhas estiveram fincadas com tanta força, ela...ela nunca havia feito algo assim, ela nunca sentiu algo tão doentio dentro de si...ela queria matar aquela mulher, queria que ela nunca tivesse existido na vida de Tom, queria que ele...bem, ela havia sido contratada para ser a signora, não era? Por mais que ele diga coisas bonitas, ele a contratou...tudo era parte do acordo, tudo.

- Amore mio, está aí? - Tom a questiona de fora do banheiro, preocupado.

- Oi, estou sim, precisa de algo, Tommy fofinho? - Hope limpava as lágrimas de seus olhos com pressa.

- Você está bem, bebê? Sabe que pode me dizer qualquer coisa, eu... - Hope o corta, não queria, não queria o dizer, não queria o dizer que se sentia doentemente enciumada por uma amiga de infância.

- Não, eu só estou usando o banheiro, me deixe usar o banheiro pelo amor, me deixe, Don Riddle - Lágrimas desciam enquanto dizia coisas tão malvadas para ele, segurando seus joelhos.

- Está bem, minha signora, tudo o que deseja eu o farei - Tom a responde, seus passos se afastam, apenas para que ela acreditasse de que ele havia desistido.

Ela chorava nervosamente ao puxar seus cabelos em um tique nervoso, ela não tinha motivos, não tinha motivos para chorar, ela estava ficando louca e pegajosa...ela não deveria, se sentia tão culpada, tão culpada, tão asquerosa.

Tufos de cabelo eram puxados de seu couro cabeludo, Tom ouvia tudo agachado do outro lado do banheiro, em silêncio, Pansy se aproximava nervosa, ele a faz um sinal para que pausasse seus movimentos, assim Pansy se mantém em silêncio ouvindo soluços tão baixos que achou que estivesse ouvindo coisa.

- A próxima vez - Tom movia seus lábios em palavras mudas para a mulher - a próxima vez que minha mulher chorar dessa forma, eu vou matar qualquer um em que estiver envolvido, não me importo se o sangue do meu sangue também estiver envolvido, eu vou matar da pior forma em que se possa imaginar - Pansy acena positivamente com a cabeça entendendo cada palavra moldada pelos lábios dele.

• Vish...só tristeza pessoal •

• O que acharam? •

• Beijos da mamãe Nicole e até o próximo •

Like a Little Baby - Tom RiddleDonde viven las historias. Descúbrelo ahora