Cardan Greenbriar - Príncipe Cruel

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Pedido: W1nchesterAnna

Alguém manda um Cardan pra minha vida, por favor.

Boa leitura!...

Conto de fadas

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Conto de fadas.

Isso era algo que eu sempre admirei quando criança, mesmo sentindo que tudo que era contado, sempre fora uma pura invenção de alguém que procurava o bem em algo cruel e imortal. As histórias e contos eram inocentes demais, sempre escondendo a verdade em suas mentiras fantasiosas. E quando cresci, fui forçada a ver através do véu entre mundos.

E no fim, eu estava certa, as fadas e seres mágicos podem ser maus, afinal. Mas eu posso ser pior.

A violência sempre esteve em minhas veias, mas com o tempo de convívio no mundo das fadas, aprendi a me portar como elas, a pensar como elas, a agir como elas. E posso dizer que houve um grande estrago nisso, uma consequência, mesmo que esse mundo só tenha sido um pequeno empurrão para o'que eu sou hoje.

A consequência de tudo isso foi algo desastroso para este reino, mas para mim, foi como uma pequena e deliciosa vingança esperada por séculos. Pois aqueles que me atormentaram durante anos por não ser deste mundo, por não ser como eles, agora devem se ajoelhar e clamar por misericórdia a mim, a coroa que hoje sou eu. Eles juram lealdade a alguém que chamavam de bastarda, mas o jogo virou para eles, pois devem dobrar seus joelhos e me chamar de sua Alta-Rainha. E se não o fizerem, as montanhas irão tremer com o ódio de seu rei, e irão morrer por minhas mãos. E posso dizer que seu rei, meu marido, não irá se importar de me ver banhada no sangue de seus iguais, pelo contrário...ele irá se juntar a mim.

Cardan pode não ter uma espada em mãos sempre, mas ele com certeza não se importará de tirar alguns de nosso caminho com apenas um movimento limpo de sua lâmina. E como rei, muitos vezes ele tem de fazer alguns sacrifícios, como por exemplo, me obrigar gentilmente a ir a festa das fadas com ele está noite.

Claro, fora um sacrifício para ele me convencer a ficar ao seu lado na festa que ocorrerá em algumas horas, mas não posso mentir que gosto da nostalgia e clima das festas em que já presenciei. E hoje, aparentemente, não era só uma festa normal que eles fazem por motivo nenhum — se beber até cair não for um motivo —. Hoje era a Lua de Sangue. Uma Lua em que festas se estendem por dias, até que o astro que eles tanto admiram, volte ao branco prateado de sempre.

E aqui estou eu, me arrumando para essa festa. O vestido que me foi dado era longo e solto, mas apertado firmemente por um espartilho azul escuro, detalhado por linhas e desenhos prateados. As saias do vestido eram longas as minhas costas, estás que se encontravam abertas devido ao corte do tecido. Meus braços estavam cobertos levemente por um véu fino azul escuro, repleto de estrelas por sua superfície. O vestido em si era em um lindo negro opaco, deslizando sobre minha forma como uma nuvem.

Mesmo que eu prefira uma calça de couro e uma camisa branca, confesso que gostei do vestido, só falta fechar o espartilho em minhas costas.

Estava colocando meus anéis e brincos de correntes quando a porta de meus aposentos e de Cardan se abriu, revelando o mesmo com suas roupas pretas, anéis e brincos idênticos aos meus, e sua coroa posta desleixada em seus cabelos cacheados.

O olhei pelo espelho do quarto, vendo sua forma se desencostar do batente da porta e caminhar em minha direção com um sorriso de lado.

— Olá, minha esposa. — ele ronronou em meu ouvido, passando seus longos braços ao redor de minha cintura.

— Olá, querido. — o respondi, deitando minha cabeça para trás, e a descansando em seu peito ao terminar de por meus brincos.

— Mesmo que eu ame suas vestes normais do dia a dia, posso dizer que você está com o mesmo brilho das estrelas neste vestido. — ele me olhou através do espelho, passando seus olhos escuros por todo o meu corpo até chegar a meus olhos. — A celebração começará em uma hora, é melhor irmos agora para pegarmos os melhores vinhos.

O encarei de volta, sentindo um pequeno sorriso se formar no canto de meus lábios ao respondê-lo.

— Já podemos ir, só tenho de fechar o espartilho.

Com a menção do espartilho aberto, ele desceu seus olhos por minhas costas e agarrou as fitas cruzadas do acessório azul, as puxando com um aperto firme e murmurando em seguida.

— Oh, não seja por isso, eu o fecho.

Com um puxão, ele cruzou as fitas entre os dedos e apertou o espartilho, o ajustando em meu corpo até que estivesse de seu agrado. Senti seus dedos se mexerem no final das fitas, as entrelaçando uma na outra, e formando um laço no final. Suas mãos deslizaram sobre minha cintura, apertando por cima do acessório e as descansando ali.

— Vamos ver se aguenta o comportamento agitado do povo na Lua de Sangue, querida. — ele zombou, me puxando para seu peito e nos olhando novamente pelo espelho.

— Vamos ver se você aguenta me ver tomando todas as garrafas de vinho sozinha, se tendo preso por uma adaga no meio de sua garganta.

Cardan apertou os olhos, descendo o olhar para minhas pernas escondidas pelo vestido, e sabendo que eu havia adagas presas em minhas coxas para tornar isso realidade.

— Você não ousaria... — ele desafiou, me virando de frente para ele e olhando diretamente em meus olhos, observando quando um sorriso caiu em meus lábios.

— Quer apostar? — rebati, lhe retirando uma risada sarcástica enquanto ele balançava a cabeça, e o fazendo segurar minha mão, me levando junto a si a porta do quarto.

— Vamos a festa, minha doce e cruel rainha.

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|𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐋𝐈𝐓𝐄𝐑𝐀𝐑𝐈𝐎𝐒|Onde as histórias ganham vida. Descobre agora