Da Janela Para a Vida [HIATUS]

Capítulo Dois

Julie

1 semana atrás.

— Panquecas com chocolate e morango? — pergunto para Alice, minha filha.

— Sim! A melhor coisa do mundo! — abre os braços e sorrio.

Descobri que estava grávida umas semanas antes da formatura. Alice tem nove anos e é fruto de um relacionamento que me arrependo. Não me arrependo dela, jamais! Ela foi e é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Mas não posso dizer a mesma coisa do pai dela, que no dia que fui contar para ele que estava grávida, ele pediu que eu abortasse. Afinal:

"Eu acabei de fazer 18 anos. Não posso deixar que essa coisa atrapalhe meu futuro. Se os meus pais souberem disso, eles me matam!"

Foi isso que ele disse. Os pais dele ficaram sabendo. E não foi por mim. Os burburinhos começaram na escola e chegou até eles. Como? Não sei. Mas ameaçaram a mim e a minha mãe, se não sumisse de Los Angeles. Foi o que fizemos. Viemos para Nova York.

— Mãe? As panquecas estão queimando. — minha avisa e espirro ao aspirar o cheio de queimado.

* * *

— Julie, essas flores chegaram para você. — o fotógrafo diz me entregando um ramos de flores.

— Não! — Mia grita e empurra as flores para bem longe de mim. — Ela é alérgica!

Olho para as flores caídas no chão. Orquídeas.

Agradeço a minha amiga e assessora por tê-las colocado para longe de mim.

— Desculpa, Julie. Não sabia! — Max diz.

— Não, tudo bem. Pode ter sido um fã. — digo.

— Impossível, Julie. Seus fãs te conhecem mais do que você mesma.

— Tem um cartão... — Max diz e o pega no meio das flores e me entrega.

"Estou mais perto do que você imagina"

Leio em voz alta o que diz no cartão.

— Não tem remetente? — Mia pergunta, mas estou em choque para conseguir responder alguma coisa. Então, pega da minha mão. — Não tem. — responde para si mesma. — Julie, deve ser uma brincadeira de mal gosto.

E ela estava errada. Todo dia comecei a receber ramos de orquídeas e sempre havia um cartão com novas frases. Cada vez mais ameaçadoras.